No fundo: a igreja de Saint-Etienne du Rouvray, cenário do sacrílego crime islâmico.
Na frente: crucifixo na igreja de St-Vincent em Baux-de Provence.
Roberto de Mattei (1948 - ) professor de História, especializado nas ideias religiosas e políticas no pós-Concilio Vaticano II.
O primeiro mártir do Islã em terra da Europa tem um nome.
É o padre Jacques Hamel, assassinado enquanto celebrava a Santa Missa no dia 26 de julho, na igreja paroquial de Saint-Etienne-du-Rouvray, na Normandia.
Dois muçulmanos exaltando o Islã invadiram a igreja, e depois de tomar alguns fiéis como refém, degolaram o celebrante e feriram gravemente outro fiel.
Sobre a identidade dos agressores e o ódio anticristão que os moveu não pairam dúvidas.
Em sua agência de notícias Amaq, o Estado Islâmico definiu os dois assaltantes de “nossos soldados”.
O nome de Jacques Hamel se soma ao de milhares de cristãos que todos os dias são queimados, crucificados, decapitados em ódio à sua fé.
Mas o massacre de 26 de julho marca uma guinada, porque é a primeira vez isso que acontece na Europa, lançando uma sombra de medo e consternação nos cristãos do nosso continente.
Obviamente não é possível proteger 50.000 edifícios religiosos na França, e um análogo número de igrejas, paróquias e santuários na Itália e em outros países.
Cada sacerdote é objeto de eventuais ataques, destinados a se multiplicarem, sobretudo após o efeito emulativo engendrado por esses crimes.
“Quantas mortes são necessárias, quantas cabeças decepadas, para que os governos europeus compreendam a situação em que se encontra o Ocidente?” – perguntou o cardeal Robert Sarah.
Escritor, jornalista,
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Vivamente impactados pelo brutal e sacrílego assassinato do Pe. Jacques Hamel, oferecemos a nossos leitores uma tradução livre do inteligente e vibrante comentário de Antoine Burckhardt publicado em seu blog Civilisation Chrétienne.
O martírio do Pe. Hamel: o tormento dos cristãos orientais agora é o nosso
A ameaça se realizou. Um padre foi degolado por muçulmanos enquanto celebrava a missa. Isso não aconteceu no Iraque, na Nigéria ou no Paquistão, mas numa pequena cidade da Normandia, sob o céu macio da nossa França como diz a canção.
Alguns estão atônitos face ao horror e se perguntam: por que nós? Por que um padre? Por que um homem de 86 anos?
E eles não saem do atordoamento: o padre Hamel mantinha relações amigáveis com a comunidade muçulmana. A mesquita de Saint-Etienne du Rouvray foi construída num terreno oferecido pela paróquia da cidade, informou “Le Point”.
O medo é legítimo e atinge a todos nós, mas a surpresa é no fundo uma grave falta nossa.
Durante anos, nós, os cristãos ocidentais, vínhamos sendo avisados pelos nossos irmãos orientais que conhecem o furor islâmico há séculos.
Em 10 de agosto de 2014, o arcebispo de Mosul, Iraque, Mons. Amel Nona advertiu os europeus numa entrevista ao “Corriere della Sera”:
Policial diante da prefeitura de Saint-Etienne du Rouvray após o crime anunciado.
D. Amel Nona: “vós vos tornareis vítimas do inimigo que recebestes em vossa casa”
“Nosso sofrimento hoje constitui o prelúdio daquele que os europeus ocidentais e cristãos vão sofrer no futuro próximo (...) vós acolheis em vossos países um número crescente de muçulmanos. (...) Vós deveis assumir posições fortes e corajosas (...) vossos valores não são os valores deles (...) Se vós não percebeis em tempo, vós vos tornareis vítimas do inimigo que recebestes em vossa casa”.
Mas, a Europa e o mundo cristão adormecido ficaram surdos às previsões do arcebispo Nona. Agora elas se tornaram realidade.
A agradável esplanada do restaurante, o belo passeio à beira-mar e agora uma pequena igreja provincial: já não há na França refúgio para se proteger do ódio dos islâmicos.
O arcebispo de Rouen apelou para a fraternidade e as mais altas autoridades do Estado invocaram a unidade nacional. Mas esses apelos humanistas não vão ajudar.
Os nossos algozes, escreve Burckhardt, querem nos apresentar sua própria interpretação da palavra “Islã”. E, em verdade, é uma versão única de arma na mão pingando nosso sangue. É claro que eles acham que em parte já ganharam.
O nosso hino nacional já não é cantado com vibração. A hierarquia eclesiástica descreve também como “vítimas” àqueles que vêm de assassinar brutalmente um de seus ministros, como diz o comunicado do arcebispo no site da diocese “Rouen Catholique”.
As sociedades doentes batem em aqueles que identificam a doença e receitam o remédio. Cantam as doçuras do “viver juntos”, mas falam com virulência sem precedentes contra os fabricantes de “ódio” e os semeadores de “divisão”, leia-se contra você e eu, que não aguentam mais tanta felonia.
Fim do Ramadan intercultural na igreja de Saint-Jean-Baptiste em Molenbeek,
presidida pelo pároco e os imames do bairro dos terroristas
Abre-se as igrejas para a comemoração do Ramadã, como fez a igreja de São João Batista, no bairro de Molenbeeck, Bruxelas, bairro de onde tinham saído os assassinos que poucos meses antes ceifaram dezenas de vidas no aeroporto e no metrô da capital belga. O ágape ecumênico foi noticiado pelo site da Igreja Católica na Bélgica.
Não há lugar para famílias cristãs mas sim para famílias muçulmanas no avião papal. Veja-se a notícia do “Le Journal du Dimanche”.
Saudamos como libertadores dos nossos “vícios” consumistas e capitalistas aqueles que vêm para tomar posse da terra de nossos antepassados. Ver por exemplo.
Finalmente, se nos inocula tranquilizantes confeccionados com argumentos ridículos: todos os muçulmanos não são terroristas, alguns deles estão entre as vítimas...
Sim, nem todos os muçulmanos são terroristas, mas todos aqueles que atualmente proclamam agressivamente o Islã, o são sem sombra de exceção.
Terão os jihadistas necessidade de uma insurreição geral da população muçulmana na Europa para atingir seus objetivos numa guerra civil?
Passeata de muçulmanos no Reino Unido
Não. Eles só precisam do silêncio benevolente mas cúmplice – inclusive discreto – de sua comunidade e da passividade da nossa.
Alguns europeus exasperados pela incapacidade dos nossos governos poderão se envolver por sua vez em abusos visando muçulmanos.
Então surgirá entre eles a “necessidade” de uma unidade entre “moderados” e radicais de todas as arestas.
Aqueles que atualmente são 15% da nossa população serão tratados como se fossem a metade.
Para o retorno da “paz civil”, os muçulmanos serão sistematicamente aceitos em “diálogos de paz” que irão moldar o futuro dos nossos filhos.
O contador populacional vai continuar fazendo seu trabalho, o afluxo de “refugiados” prosseguirá, e então nós nos abaixaremos para agradecer a tolerância que os “mais moderados” vão mostrar para nós.
O rei muçulmano Boabdil entrega as chaves de Granada à rainha Isabel
e ao rei Fernando de Aragão, seu esposo.
Francisco Pradilla y Ortiz (1848–1921).
Se quisermos evitar esse cenário dantesco, é em Isabel a Católica expulsando os mouros de Granada que devemos procurar inspiração tão rapidamente quanto possível.
Caso contrário, a Europa em breve conhecerá o destino das cristandades outrora florescentes no Norte de África: em algumas décadas ela irá integrar o sinistro mundo regido pelo Corão e pela cruel lei islâmica, a Sharia.
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Neste blog reproduzimos pronunciamentos de fontes católicas avalizadas – Santos, Doutores e mestres reconhecidos pela sua ortodoxia e fidelidade à Igreja – que falaram no mesmo sentido das profecias de Nossa Senhora em La Salette, segundo ficou registrado em documentos de verificada autenticidade.
A continuação, no mesmo sentido, reproduzimos excertos da primeira encíclica do Papa São Pio X (1903-1914), a E Supremis (Do alto desta cátedra), de 4 de outubro de 1903 (AAS, vol. XXXVI, 1903-1904, pp. 129-139).
Nela o santo pontífice ensina sobre a corrupção e apostasia que corrói o mundo moderno e arrastra à destruição das sociedades humanas.
A crise universal é de tal maneira grande que o Papa julgava necessário atrair a atenção dos fiéis de estarmos assistindo à iminente chegada do Anticristo.
“Do Anticristo, escreve São Pio X, o homem, com uma temeridade sem nome, usurpou o lugar do Criador, elevando-se acima de tudo o que traz o nome de Deus”.
Isto ele ensinava em 1903, 57 anos após a mensagem de La Salette e antes mesmo de Nossa Senhora aparecer em Fátima para lançar um derradeiro apelo.
Uma encíclica tem para os católicos uma autoridade muito superior à das revelações privadas, mesmo as aprovadas pela autoridade eclesiástica ou bafejadas pelos Pontífices Romanos.
Sacerdote da Igreja do
Imaculado Coração de Maria
Cardoso Moreira (RJ)
O dia 13 de maio de 2017 — do qual apenas um ano nos separa — revestir-se-á de invulgar importância.
Será o centenário de um acontecimento histórico que marcou profundamente o século XX e continua a marcar o século XXI: uma Senhora de aspecto deslumbrante aparece em Fátima (Portugal) a três crianças na Cova da Iria, e lhes revela uma Mensagem destinada ao mundo inteiro.
Era a Santíssima Virgem, que abria assim ao mundo contemporâneo o caminho da conversão e de radiosas esperanças, o que devia dar-se através da oração, da penitência, da mortificação e da mudança de vida.
Bastou que Nossa Senhora lhes aparecesse para que as crianças levassem a sério o que a Mãe do Céu lhes dissera.
Lúcia, Jacinta e Francisco — assim se chamavam — procuraram meios de se oferecer a Deus como vítimas pelos pecados do mundo, a fim de consolar o Coração Imaculado de Maria.
Caso a humanidade atendesse aos pedidos de Nossa Senhora em Fátima, converter-se-ia a Rússia, evitar-se-iam as duas guerras mundiais, e seria afastada a crise sem precedentes que grassou na Igreja.
Mas, como tal não se deu, a Rússia espalhou seus erros pelo mundo subvertendo a sociedade, sobretudo a família e a religião. A humanidade foi flagelada por duas grandes guerras que ceifaram milhões de vidas.
O Saque de Roma em 1527. Autor italiano do século XVII.
Roberto de Mattei (1948 - ) professor de História, especializado nas ideias religiosas e políticas no pós-Concilio Vaticano II.
Neste blog postamos muitas visões e revelações, conferidas por autoridades da Igreja, que falam de avisos divinos sobre futuros castigos e perdões.
O artigo que apresentamos a continuação é de natureza estritamente histórica e se refere a um fato trágico passado de grande relevância: o Saque de Roma acontecido em 1527.
Ele é um exemplo da importância dos avisos providenciais, das consequências tremendas que decorrem de não ouvi-los e, também, das grandes misericórdias que a Providência oferece aos homens inclusive na hora de puni-los justamente por seus pecados.
A Igreja vive uma época de desvio doutrinário e moral. O cisma é deflagrado na Alemanha, mas o Papa não parece dar-se conta do alcance do drama.
Um grupo de cardeais e de bispos propugna a necessidade de um acordo com os hereges. Como sempre acontece nas horas mais graves da História, os eventos se sucedem com extrema rapidez.
No domingo, 5 de maio de 1527, um exército descido da Lombardia entra no Gianicolo [uma das sete colinas de Roma]. O Imperador Carlos V, irado pela aliança política do Papa Clemente VII com o seu adversário, o rei francês Francisco I, tinha feito avançar um exército contra a capital da Cristandade.
Naquela noite, o sol esvaneceu-se pela última vez sobre a beleza deslumbrante da Roma renascentista. Cerca de 20.000 homens, italianos, espanhóis e alemães, entre os quais os mercenários Landskchnechte, de fé luterana, estavam se preparando para atacar a Cidade Eterna.
A destruição de Jerusalém foi prefigura de crises trágicas da História. David Roberts (1796 – 1864)
Roberto de Mattei (1948 - ) professor de História, especializado nas ideias religiosas e políticas no pós-Concilio Vaticano II.
O ano do centenário de Fátima (2016-2017) foi aberto no dia de Pentecostes com uma notícia rumorosa.
O teólogo alemão Ingo Dollinger referiu ao site OnePeterFive que após a publicação do Terceiro Segredo de Fátima, o cardeal Ratzinger lhe teria confiado: “Das ist noch nicht alles!” — “Isto ainda não é tudo”.
A Sala de Imprensa do Vaticano interveio com um desmentido imediato, no qual se diz que “o Papa emérito Bento XVI comunica ‘não ter falado com o Prof. Dollinger sobre Fátima’.
E afirma claramente que as frases atribuídas ao Prof. Dollinger sobre este tema ‘são puras invenções, absolutamente não verdadeiras’ e reitera decididamente: ‘A publicação do Terceiro Segredo de Fátima é completa’.”
O desmentido não convence aqueles que, como Antonio Socci, sempre sustentaram a existência de uma parte não revelada do segredo, que falaria do abandono da fé por parte dos líderes da Igreja.
Antes das aparições de Nossa Senhora, Lúcia, Francisco e Jacinta — Lúcia de Jesus dos Santos, e seus primos Francisco e Jacinta Marto, todos residentes na aldeia de Aljustrel, freguesia de Fátima — tiveram três visões do Anjo de Portugal, ou da Paz.
Primeira aparição do Anjo
A primeira aparição do Anjo deu-se na primavera ou no verão de 1916, numa loca (ou gruta) do outeiro do Cabeço, perto de Aljustrel, e desenrolou-se da seguinte maneira, conforme narra a Irmã Lúcia:
“Alguns momentos havia que jogávamos, e eis que um vento forte sacode as árvores e faz-nos levantar a vista para ver o que se passava, pois o dia estava sereno.
Então começamos a ver, a alguma distância, sobre as árvores que se estendiam em direção ao nascente, uma luz mais branca que a neve, com a forma de um jovem transparente, mais brilhante que um cristal atravessado pelos raios do sol.
À medida que se aproximava, íamos-lhe distinguindo as feições: um jovem dos seus 14 a 15 anos, de uma grande beleza. Estávamos surpreendidos e meio absortos. Não dizíamos palavra. Ao chegar junto de nós, disse:
As aparições do Anjo de Portugal prepararam a Mensagem de Fátima.
“As revelações de Fátima sobrepujam tudo quanto a Providência tem dito aos homens na iminência das grandes borrascas da História”
“O Império Romano do Ocidente se encerrou com um cataclismo iluminado e analisado pelo gênio de um grande Doutor, que foi Santo Agostinho. O ocaso da Idade Média foi previsto por um grande profeta, São Vicente Ferrer.
“A Revolução Francesa, que marca o fim dos Tempos Modernos, foi prevista por outro grande profeta, e ao mesmo tempo grande Doutor, São Luís Maria Grignion de Montfort.
“Os Tempos Contemporâneos, que parecem na iminência de se encerrar com nova crise, têm um privilégio maior. Veio Nossa Senhora falar aos homens.
“Santo Agostinho não pôde senão explicar para a posteridade as causas da tragédia que presenciava. São Vicente Ferrer e São Luís Grignion de Montfort procuraram em vão desviar a tormenta: os homens não os quiseram ouvir. Nossa Senhora a um tempo explica os motivos da crise e indica o seu remédio, profetizando a catástrofe caso os homens não a ouçam.
“De todo ponto de vista, pela natureza do conteúdo como pela dignidade de quem as fez, as revelações de Fátima sobrepujam pois tudo quanto a Providência tem dito aos homens na iminência das grandes borrascas da História.
“Os diversos pontos das revelações relativos a este tema constituem propriamente o elemento essencial das mensagens. O mais, por importante que seja, constitui mero complemento.”
Plinio Corrêa de Oliveira
A mensagem de de Fátima, essa grande desconhecida
Antonio Augusto Borelli Machado
Não é fácil discernir o que há de mais central na Mensagem de Fátima.
Revelada aos poucos por desejo expresso de Nossa Senhora ou por determinações humanas, é tão rica em aspectos relevantes que, conforme o feitio próprio de alma de cada um, ele se deterá ora num, ora noutro desses aspectos, sem fixar-se em nenhum como o seu substrato fundamental.
Ora, quando num assunto qualquer não se discerne o ponto essencial, sua compreensão fica gravemente prejudicada. Nessas condições, pode-se dizer que a Mensagem de Fátima é desconhecida do grosso do público, mesmo do público devoto, no que ela tem de mais próprio a mover as almas.
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Uma imagem de Nossa Senhora de Monserrate emergiu intacta das ruínas da torre de uma igreja a ela consagrada na cidade de Montecristi, no Equador, durante o terremoto de abril, emocionando os fiéis.
Não só a imagem, mas também seu vestido de ouro e sua pequena coroa – símbolo de sua realeza – saíram totalmente intactos.
Nossa Senhora de Monserrate chegou a Montecristi no século XVI, trazida por missionários espanhóis e já tinha sobrevivido a assaltos de piratas e a investidas de governos anticlericais.
Agora, o jornal “The New York Times” conta que ela está atraindo mais fiéis que os milhares que nos meses de novembro vão venerá-la em sua festa.
A imagem de Nossa Senhora de Monserrate tornou-se um símbolo da proteção divina que nunca desfalece.
“Ela é a mãe que cuidou de nós no terremoto”, dizia o pároco Pe. Ángel Toaquiza. “E que ela tenha ficado intacta foi necessário nada menos que um milagre”, acrescentou.
Da igreja nada ficou e o número dos mortos atingiu várias centenas.
Voluntários nos escombros da torre da Basílica em Montecristi
O ofício pelos defuntos era rezado na rua, aos pés da imagem inexplicavelmente salva.
Ela teria sido enviada pelo imperador Carlos V e deveria ter seguido para Lima, no Peru.
Mas Nossa Senhora teve outros planos.
O navio inexplicavelmente não conseguia sair do porto, até que o capitão decidiu deixar a imagem na cidade.
Muitos milagres lhe eram atribuídos antes do terremoto.
Incontáveis testemunhos da proteção de Nossa Senhora de Montserrate a seus devotos no colossal abalo telúrico falam apenas dos mais recentes.
Durante o mesmo terremoto, na cidade de Playa Prieta, a 200 km de Guayaquil, a superiora das Siervas del Hogar de la Madre, Irmã Estela Morales, de 40 anos, não pensou em salvar sua vida, mas em resgatar o Santíssimo Sacramento presente no sacrário da capela da comunidade, noticiou ACI Prensa.
E foi precisamente isso que a salvou. Esqueceu-se de si e pensou sobretudo em Jesus Cristo, presente verdadeiramente nas Sagradas Espécies. E Jesus cuidou dela.
Assim ficou o convento das irmãs 'Siervas del Hogar de la Madre' de Playa Prieta.
Sor Estela saiu viva das ruínas com o Santíssimo Sacramento
“Quando ela já tinha o Senhor entre suas mãos – conta um relatório da comunidade – tudo desabou em volta dela, e ela mesma foi cair no andar de baixo. Ela pensou em resgatar o Senhor antes que salvar sua própria vida, e o Senhor a resgatou”.
Outras 10 religiosas ficaram presas entre os escombros. As irmãs Merly, Guadalupe e Mercedes ficaram desaparecidas durante muito tempo sob o entulho.
O socorro demorou pelo acúmulo de ruínas. Elas se animavam entre si rezando e cantando, sobretudo quando parecia que a morte tinha chegado e se sentiam afogadas pela falta de oxigênio.
Mas no terremoto faleceu a Irmã Clare Crockett, bem como as noviças Jazmina, Mayra, Maria Augusta, Valeria e a postulante Catalina.
A imagem de Nossa Senhora da Luz, em Tarqui, Manta,intocada pelo terremoto.
Na paróquia de Tarqui, em Manta, uma das zonas costeiras mais afetadas pelo sismo, a imagem de Nossa Senhora da Luz também permaneceu intacta em sua redoma de vidro depois do funesto terremoto de 7,8 graus de 16 de abril, segundo informou a agência ACI Digital.
A urna da Virgem Maria, padroeira das Oblatas de São Francisco de Sales, não sofreu qualquer dano, apesar de a escola em que estava ter ficado totalmente destruída.
A Irmã Maria del Carmen Gómez, da comunidade de Manta, explicou que
“não foi somente a Virgem que permaneceu intacta dentro da sua urna, mas também Jesus Sacramentado. Estava num pequeno oratório na entrada do colégio e foi sepultado.
Os paramentos litúrgicos usados para a celebração eucarística e outra imagem menor de Nossa Senhora da Luz ficaram intactos”.
Fato análogo aconteceu na paróquia da Virgem do Rosário, na mesma localidade. O templo foi gravemente atingido, mas a imagem de Nossa Senhora que estava na entrada permaneceu em seu lugar.
O fato fez com que os habitantes da cidade refletissem muito.
Também em Tarqui, na paróquia da Virgem do Rosário,
a imagem entronizada na fachada
ficou em seu lugar enquanto tudo caía.
Ainda hoje, como talvez nunca antes, os inimigos da Fé na Presença Real de Cristo na Eucaristia estrebucham, desrespeitando-a e entregando- a para pessoas indignas. Também o inferno ruge contra a devoção a Nossa Senhora.
Até quando durará esta ofensiva satânica?
Será preciso que o mundo caia em ruínas, como nessas cidades equatorianas, para que os homens reconheçam a majestade de Jesus Cristo e de sua Mãe, a Corredentora, que é também a Medianeira de todas as graças e a onipotência suplicante?
Se essa hora tremenda chegar para a humanidade, os exemplos da proteção do Céu àqueles que no Equador foram seus filhos fiéis na adversidade se verificarão em maior escala e de modo surpreendente.
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Quanto mais se avizinha o centenário das aparições de Fátima, mais cresce o sentimento de que se aproxima o cumprimento das terríveis advertências feitas por Nossa Senhora em 1917 caso o mundo não obedecesse ao seu apelo à penitência.
É de toda evidência que esse apelo não foi atendido. A partir de então os costumes morais se degradaram até atingir um ponto inimaginável, e a corrupção invadiu todas as esferas oficiais, civis e eclesiásticas.
Nossa Senhora fez também um pedido muito específico e incontornável, com condições claramente definidas: além da penitência e emenda dos costumes, a consagração nominal da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, a ser feita pelo Papa com o concurso de todos os bispos do mundo.
Esse pedido não foi atendido, como aliás observou, entre outros, o Pe. Gabriele Amorth, exorcista oficial de Roma, a diocese do Papa.
É claro que o centenário de Fátima não significa necessariamente o cumprimento dos castigos anunciados, mas é uma circunstância que convida a pensar neles e no meio de afastá-los mediante a penitência e a efetivação da consagração da Rússia nas condições fixadas por Nossa Senhora.
Neste contexto histórico e moral, o Santuário de Fátima, em Portugal, registrou em 2015 a maior afluência de peregrinos desde que iniciou a contagem do número: 6,7 milhões.
Soror Patrocínio viu um grande acontecimento futuro que faz lembrar as palavras de Nossa Senhora em La Salette.
Tratava-se de uma batalha universal da qual a Igreja Católica sairia brilhante vencedora, não sem antes passar por grandes castigos e enfrentar formidáveis assaltos e enfrentamentos.
A anotação é da confidente e biógrafa da santa religiosa, Soror Maria Isabel de Jesus, concepcionista franciscana:
Segundo a visão, numa guerra que seria como que definitiva entre o bem e o mal dar-se-ia um fato surpreendente que precipitará a queda dos maus.
A visão da religiosa tem também grandes analogias com a profecia de Ezequiel, cap. 37, 1-14.
Diz Ezequiel:
1. A mão do Senhor desceu sobre mim. Ele me arrebatou em espírito e me colocou no meio de uma planície, que estava coberta de ossos.
2. Ele fez-me circular em todos os sentidos no meio desses ossos numerosos que jaziam na superfície. Vi que estavam inteiramente secos.
3. Disse-me o Senhor: filho do homem, poderiam esses ossos retornar à vida? Senhor Javé, respondi, só vós o sabeis.
4. Ele disse-me então: Profere um oráculo sobre esses ossos. Ossos dessecados, dir-lhes-ás tu, escutai a palavra do Senhor:
5. Eis o que vos declara o Senhor Javé: vou fazer reentrar em vós o sopro da vida para vos fazer reviver.
6. Porei em vós músculos, farei vir carne sobre vós, cobrir-vos-ei de pele; depois farei entrar em vós o sopro da vida, a fim de que revivais. E sabereis assim que eu sou o Senhor.
Visão de Ezequiel dos ossos que ressuscitam. Mosteiro franciscano de Washington D.C.
7. Profetizei, pois, assim como tinha recebido ordem. No momento em que comecei, um barulho se fez ouvir, em seguida um ruído ensurdecedor, enquanto os ossos se vinham unir aos outros.
8. Prestando atenção, vi que se formavam sobre eles músculos, que nascia neles carne e que uma pele os recobria. Todavia, não tinham espírito.
9. Profetiza ao espírito, disse-me o Senhor, profetiza, filho do homem, e dirige-te ao espírito: eis o que diz o Senhor Javé: vem, espírito, dos quatro cantos do céu, sopra sobre esses mortos para que revivam.
10. Proferi o oráculo que ele me havia ditado, e daí a pouco o espírito penetrou neles. Retornando à vida, eles se levantaram sobre seus pés: um grande, um imenso exército.
11. Então o Senhor me disse: filho do homem, esses ossos são toda a raça dos israelitas. Eles dizem: nossos ossos estão secos, nossa esperança está morta; estamos perdidos!
12. Por isso, dirige-lhes o seguinte oráculo: eis o que diz o Senhor Javé: ó meu povo, vou abrir os vossos túmulos; eu vos farei sair deles para vos transportar à terra de Israel.
Em 1878, quatorze anos antes da perda das colônias espanholas de Cuba e Filipinas, a Serva de Deus, Soror Patrocínio, enquanto falava com Soror Desamparados, disse: “Depois de Cuba e Filipinas serem perdidas, virão grandes acontecimentos”.
Segundo a religiosa biógrafa, ninguém pode duvidar do acerto dessa profecia. Basta mencionar a Primeira Guerra Mundial que semeou ruínas por toda Europa.
Mas, falando com a biógrafa, a Serva de Deus acrescentou:
“Operar-se-á uma tão grande maravilha, que encherá o mundo inteiro de assombro (...)
“Os homens estão muito relaxados... e o Homem de Deus se aproxima; já não demora: àqueles que pegue relaxados não lhes irá bem...
“Estou pensando e me faz abençoar a Deus o fato de que Sua Divina Majestade se sirva de um punhado de pó para fazer tudo o que há de maior.
“Quem haveria de imaginar como vai ser feito esse prodígio?
Soror Patrocínio exercia muito grande influência sobre a rainha da Espanha Isabel II.
A rainha tinha como confessor a Santo Antonio Maria Claret.
Mas era muito fraca diante de seus ministros, em geral liberais, anticlericais
e até republicanos e socialistas. Na foto: a religiosa à esquerda e a rainha à direita.
“Uma sepultura com um punhado de pó e uns ossos, que pela voz de Deus voltam a ser o que eram antes diante do olhar de todos!...
“Ninguém pode imaginá-lo, e assim será grande o assombro do mundo.
“Ninguém nem nada será capaz de adiantar o momento ou a hora...
“– Então, Madre, perguntei-lhe, tem dia fixo ou só é condicional?
“– É vontade expressa de Deus, tem ano, mês, dia e hora fixa. Mas, antes desse triunfo de Deus e de sua Igreja têm que vir grandes castigos”...
“Ela me falou também da sucessão dos Sumos Pontífices que viriam após o Santo Padre Pio IX, chamando Leão XIII de lumen in coelo e distinguindo mais dois ou três com as características com que vão aparecendo no firmamento da Santa Madre Igreja”, acrescentou Soror Maria Isabel de Jesus.
Fim dos excertos
(Fonte: Soror María Isabel de Jesús, “Vida Admirable y ejemplarísimas virtudes de la mística sierva de Dios, Reverenda Madre María de los Dolores y Patrocínio, Fundadora y Reformadora en su Orden de la Inmaculada Concepción de María Santísima”. Prólogo del lltmo. Sr. Dr. D. Narciso Estenaga, Obispo-Prior de las Ordenes Militares. Segunda Edicion, Guadalajara. Ediciones Pontón, S.A. D.L Gu 215/91, ISBN 84-604-0572-9).
Em 1835, Soror Patrocínio viu um imenso combate vindouro entre o catolicismo e seus inimigos.
Ambos os lados são representados por dois leões. O católico tem uma Cruz na testa.
Assim escreve sua confidente e biógrafa Soror Maria Isabel de Jesus:
“Na festa de Santo Agostinho do ano 1835, à noite, na hora em que a Comunidade ia se recolher, deixando a minha venerada Madre em sua cama no chão, ela teve um êxtase admirável, uma visão muito misteriosa, no juízo da Revda.
“Madre Pilar que a presenciou, por algumas palavras soltas que lhe ouviram e pelo que a própria Madre [Abadessa] conseguiu tirar dela, obrigando-a a falar.
“Parecia-lhe ver uma grande batalha; a Rainha dos Anjos sentada com seu Divino Filho na forma de Menino dormindo, os quatro Doutores da Igreja e muitos outros personagens, dois deles atrás de um leão que aparecia sentado e com uma cruz na testa.
“A luta era contra outro leão, que depois se converteu em serpente.
“O leão marcado com a cruz estava como quem não pode se mover e, de início, só mexia a cauda e alguma pata, mas sempre permanecia imóvel, apesar dos esforços de seu adversário.
“Quando o leão da cruz tomava coragem e se voltava para o Menino Deus, segurado pela Virgem Santíssima em seus braços, Ele acordava e então o leão ganhava novos brios e pelejava com mais força.
“Por fim, a Senhora pegou seu Doce Menino que dormia e O pôs sobre o leão da Cruz; e então aconteceu a vitória; e os dois personagens que estavam atrás do leão, um deles também com uma cruz, se uniram e tudo foi gáudio e louvor de Deus.
“Este êxtase ou visão durou de dez da noite a uma da madrugada, momento em que a Serva de Deus voltou um pouco a si e falava coisas tão altas e com tanta gravidade, que deixava entender bem a vida superior que então gozava.
“Durante todo esse tempo ela parecia formosíssima e como quem presenciava uma batalha.
“Certas vezes seu rosto se acendia e mostrava grande regozijo; outras vezes era como quem escutava com grandíssima atenção e depois dizia alguma palavra.
“Quando o leão tomava coragem e acordava o Menino, ela dizia: Ai! dando a entender que as orações dos fiéis davam coragem ao leão. E assim em toda a série do êxtase.”
A religiosa biógrafa acrescenta que a Madre Abadessa quis saber o que Soror Patrocínio tinha visto e conhecido.
Mas ela respondeu que uma coisa são as visões e outra é a sua interpretação. E que ela não falaria sem consultar antes o seu diretor ou superior.
A Abadessa achou que seria imprudente insistir. (pág. 100).
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Uma imagem ligada a uma célebre aparição de Nossa Senhora , voltou a ser venerada publicamente em Madri, informou o site católico Cari Filii.
A aparição foi para Soror Maria de los Dolores y del Patrocínio O.I.C.(1811-1891), nascida María de los Dolores Quiroga y Capopardo num lar da mais alta aristocracia espanhola.
O fato místico aconteceu no dia 13 de agosto de 1831 e foi reconhecido como sobrenatural pelo Papa Gregório XVI.
Como consequência da aparição de Nossa Senhora e obedecendo às indicações da Mãe de Deus na própria aparição foi procurada e achada no convento uma imagem ignorada ou desconhecida por todas as religiosas.
Tratava-se da imagem de Nossa Senhora do Olvido, Triunfo e Misericórdias, que agora está sendo venerada na cidade da aparição, Madri. Mais precisamente no mosteiro de São José, Jesus, e Maria da calle [rua] Caballero de Gracia, das religiosas Concepcionistas franciscanas, pertencentes à mesma Ordem das religiosas do mosteiro da Luz de São Paulo.
A fama de santidade de Soror Patrocínio, sua influência no século XIX e sua devoção a Nossa Senhora sob essa invocação, suscitaram vendavais de perseguição contra ela, atiçados por grandes políticos revolucionários da época.
Destacou-se notadamente Salustiano Olózaga (1805-1873), liberal anticatólico e antimonarquista que temia a influência de Soror Patrocínio sobre a Rainha Isabel II e o povo.
O anticatolicismo em suas diversas fórmulas – liberal, socialista, comunista e anarquista – tremia diante das multidões de madrilenos que iam em massa rezar no convento das concepcionistas.
Os revolucionários detestavam especialmente a influência contrarrevolucionária da religiosa sobre a hesitante rainha Isabel II, que era fraca de caráter e sofria violentas pressões de seus ministros.
Soror Patrocínio quando jovem religiosa.
Mas a influência combinada de Soror Patrocínio e o confessor da Rainha, o grande Santo Antonio Maria Claret, frustrou os planos anticatólicos.
Passeatas revolucionárias exigiam a expulsão de ambos e do Beato Pe. Palau OCD, que fazia grande apostolado contrarrevolucionário na Catalunha.
No dia 9 de novembro de 1835, Olózaga, líder do partido liberal dito “exaltado” ou também “progressista”, combinou a prisão de Soror Patrocínio, acusando-a de “impostura artificiosa e fanática, e da tentativa de subverter o Estado favorecendo a causa do Príncipe rebelde”, Dom Carlos Maria Isidro [Carlos V na cronologia carlista] irmão do falecido rei Fernando VII.
Por fim, em 25 de novembro de 1836, Soror Patrocínio foi condenada sem provas a nove anos de exílio.
No mesmo ano, por ordem do presidente de governo Juan Álvarez Mendizábal (1790-1853), desatou-se um processo dito de “desamortização” dos bens eclesiásticos.
Tratou-se de um confisco sumário de milhares de prédios e propriedades da Igreja Católica. O botim do saque jurídico foi repartido entre os correligionários “liberais” ou “progressistas” do governo.
Criou-se assim uma nova casta de proprietários ilícitos que arrancou o poder econômico que a Igreja herdara após séculos de obras caritativas e sábia administração.
Uma das comunidades roubadas foi a das concepcionistas franciscanas da calle Caballero de Gracia.
O professor Javier Paredes, catedrático de História Contemporânea da Universidade de Alcalá de Henares, compulsou os inventários redigidos pelos fiscais do Estado confiscador, mencionando “três panelas, quatro frigideiras, vinte garfos de ferro, quinze cobertores, dois colchões…!”
As religiosas, que praticam em ato grau a virtude da pobreza, tiveram até esses mínimos objetos confiscados.
As obras de arte do convento foram saqueadas e o prédio vendido “a preço de banana” em 1838 a um estrangeiro de nome Pedro Adolfo Deville, que o demoliu.
Soror Patrocínio com roupas civis, condenada ao exílio.
Desapareceu assim a devoção popular a Nossa Senhora do Olvido, Triunfo e Misericórdias.
Mas Soror Patrocínio levou consigo ao exílio na França a imagem de Nossa Senhora do Olvido, Triunfo e Misericórdias que foi achada miraculosamente no convento após a aparição, como foi acima dito.
De volta a Madri em 1844, ela refundou a comunidade em outro endereço.
Soror Maria Isabel de Jesus, que foi durante muitos anos secretária de Soror Patrocínio, conta no livro “Vida Admirável da Serva de Deus Madre Patrocínio”, publicado em 1925, que a imagem aparecida miraculosamente no convento, “tornou-se companheira de viagem da Madre Patrocínio” até sua morte no convento de Guadalajara (Espanha).
Nesse mesmo livro lemos algumas das visões extraordinárias que teve a virtuosa religiosa. Elas nos falam de um imenso embate vindouro entre o catolicismo e seus inimigos. Ambos os lados são representados por dois leões. O católico tem uma Cruz na testa.
O que é que a santa religiosa viu? É o que reproduziremos nos próximos posts em todos os seus detalhes.
Em face do drama em que se encontra a Santa Igreja, muitas almas procuram, então, assumir uma posição de indiferença, parecida com a de numerosos contemporâneos de Nosso Senhor, que acreditavam que Ele era Homem-Deus, mas que, durante a Via Sacra, vendo-O passar, em vez de se compadecer por seus lancinantes sofrimentos, achavam entretanto melhor não considerá-los, mas pensar em outras coisas.
A evidência dos fatos deixa patente que a partir do Concílio Vaticano II penetrou na Igreja, em proporções impensáveis, a “fumaça de Satanás”, de que falou Paulo VI, a qual se foi dilatando dia a dia mais, com a terrível força de expansão dos gazes.
Para escândalo de incontáveis almas, o Corpo Místico de Nosso Senhor Jesus Cristo entrou no sinistro processo da como que autodemolição, a que aludiu aquele mesmo Pontífice, em Alocução de 7 de dezembro de 1968.
A História narra os inúmeros dramas que a Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana sofreu nos vinte séculos de sua existência.
Oposições que germinaram fora dEla, e de fora mesmo tentaram destruí-La.
Tumores formados dentro dEla, extirpados, contudo, pela própria Esposa de Cristo; mas que, já então de fora para dentro, tentaram destruí-la com ferocidade.
Quando, porém, viu a História, antes de nossos dias, uma tentativa de demolição da Igreja, já não mais articulada por um adversário, mas qualificada de como que autodemolição em altíssimo pronunciamento de repercussão mundial?
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Os recentes atentados de Nice e Bruxelas, como os do fim do ano passado em Paris e as tentativas massivas de violação de mulheres em cidades da Alemanha e do norte da Europa no Réveillon obedecem a um objetivo: erradicar o cristianismo do mundo apagando seus últimos restos já tão diminuídos.
Nos casos citados da Europa o caráter estritamente religioso da ofensiva de crimes não aparece tão claramente, pois os atentados visam o comum dos cidadãos indiscriminadamente.
No Oriente Médio, o motor religioso islâmico se mostra por inteiro.
O mosteiro de Santo Elias, o mais antigo do Iraque, foi destruído pelo Estado Islâmico, o grupo terrorista que em nome de Maomé visa extinguir o cristianismo e qualquer vestígio de cultura do passado, inclusive pagão.
O padre católico Paul Thabit Habib, responsável pela igreja, atualmente exilado em Erbil, disse: “nossa história cristã em Mossul está sendo barbaramente aniquilada. Estamos testemunhando uma tentativa de expulsar-nos do Iraque e eliminar nossa existência neste país”, informou o “O Estado de S. Paulo”.
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A poucos quarteirões da famosa Piazza di Spagna, bem no centro histórico de Roma, e ao lado da sede da Congregação para a Evangelização dos Povos, encontra-se a igreja de Sant'Andrea delle Fratte.
Neste santuário deu-se um fato extraordinário: Nossa Senhora apareceu a um rico e famoso judeu, Afonso Ratisbonne, o qual portava uma Medalha Milagrosa não por devoção, convertendo-o a Cristo.
No altar em que a Virgem Santíssima (la Madonna) lhe apareceu, havia um quadro de São Miguel Arcanjo golpeando o demônio, que hoje pode ser venerado em outro local da igreja.
Foi no mesmo altar da Aparição que São Maximiliano Kolbe, falecido no tristemente famoso campo de concentração nazista de Auschwitz, celebrou sua primeira Missa no dia 29-4-1919.
O quadro da Madonna del Miracolo (Nossa Senhora do Milagre) aparece com a fronte encimada por uma coroa e por um resplendor em forma de círculo de 12 estrelas.
Nossa Senhora do Milagre, igreja de Sant'Andrea delle Frate, Roma
A fisionomia é discretamente sorridente, com o olhar voltado para quem estiver ajoelhado diante d’Ela. Muito afável, mas ao mesmo tempo muito régia.
Pelo porte, dá impressão de uma pessoa alta, esguia sem ser magra, muito bem proporcionada e com algo de imponderável da consciência de sua própria dignidade.
Tem-se a impressão de uma rainha, muito menos pela coroa do que pelo todo d’Ela, pelo misto de grandeza e de misericórdia.
A pessoa que a contempla tende a ficar apaziguada, serenada, tranquilizada, como quem sente acalmadas as suas más paixões em agitação.
A meu ver o elemento mais tocante desta imagem é este aspecto apaziguador. Como se Ela dissesse:
“Meu filho, Eu arranjo tudo, não se atormente, estou aqui ouvindo a você que precisa de tudo, mas Eu posso tudo, e o Meu desejo é de dar-lhe tudo.
“Portanto, não tenha dúvida, espere mais um pouco, mas atendê-lo-ei abundantemente. Eu para você não tenho reservas, não tenho recusas, não tenho nem recriminações pelos seus pecados.
“Eu lhe estou olhando num estado de alma, numa disposição de ânimo, por onde você de Mim consegue tudo o que você pedir, e muito mais ainda”.
A pintura tem um certo ar de mistério, mas um mistério suave e diáfano. Seria como o mistério de um dia com um céu muito azul, em que se pergunta o que haverá para além do azul.
Mas não é um mistério carregado, é um mistério que fica por detrás do azul e não por detrás das nuvens. Um mistério como quem diz o seguinte:
Imagem do arcanjo São Miguel que estava no altar do milagre
“Se você conhecesse o dom de Deus, se você soubesse quanta coisa Eu tenho para lhe dar, e que maravilhas há em Mim, aí é que você compreenderia.
“Eu estou notando essas maravilhas e transbordo do desejo de as dar a você. Como você compreenderia bem o que Eu sou se você quisesse abrir os olhos para essas maravilhas”.
E esse apaziguamento que Ela comunica é uma espécie de primeiro passo para a pessoa que queira se deixar maravilhar, para a pessoa, recebendo esta misteriosa ação da graça, começar a admirar e procurar perguntar o que há nEla, o que Ela está exprimindo, o que Ela diz.
Diante deste altar ocorreu, no dia 20 de janeiro de 1842, a miraculosa conversão ao catolicismo do judeu Afonso Ratisbonne
Notem a impressão de pureza que o quadro transmite. Ele comunica algo do prazer de ser puro, fazendo compreender que a felicidade não está na impureza, ao invés do que muita gente pensa. É o contrário.
Possuindo verdadeiramente a pureza, compreende-se a inefável felicidade que ela concede, perto da qual toda a pseudo felicidade da impureza é lixo, tormento e aflição.
Notem também a humildade. Ela revela uma atitude de rainha, mas fazendo abstração de toda superioridade sobre a pessoa que reza diante d’Ela.
Trata a pessoa como se tivesse proporção com Ela; quando nenhum de nós tem essa proporção, nem mesmo os santos.
Nossa Senhora do Milagre, igreja de Sant'Andrea delle Fratte, Roma
Entretanto, se aparecesse Nosso Senhor Jesus Cristo, Ela ajoelhar-se-ia para adorar Aquele que é infinitamente mais. Ela tem a felicidade inefável da despretensão e da pureza.
Diante de um mundo que o demônio vai arrastando para o mal, pelo prazer da impureza e do orgulho, a Madonna del Miracolo comunica-nos esse prazer da despretensão e da pureza.
É um chamar a Si suavíssimamente, sem pito nem recriminação, mas como quem diz:
“Meu filho, você se lembra dos tempos primitivos de sua inocência? Você não se lembra antes de você ter pecado como você era? Você não se lembra que havia coisas dessas em você?
“Eu lhe ofereço isso. Eu o restauro! Abra-se para Mim, olhe para Mim. Eu lhe dou isso. Venha! No caminho que conduz a Mim só existe perdão, bondade e atração. Venha logo!”
Não é difícil a gente estabelecer uma relação desses traços apresentados aqui não no aspecto militante de Nossa Senhora enquanto esmaga a cabeça da serpente, mas no seu aspecto materno, enquanto Ela procura tirar – pelo sorriso – das garras da impiedade, aqueles que o materialismo e a sensualidade moderna vão vitimando.
Busto do hebreu Ratisbonne, convertido e tornado sacerdote
E, dessa maneira, fazendo uma altíssima obra de em sentido contrário, i. é, de conversão para a Igreja Católica em toda sua beleza hierárquica e sacral.
É ou não é verdade que o espírito que se deixa impressionar por essa imagem, que se deixa influenciar por essa imagem, fica sumamente propício à admiração?
Fica sumamente propício a admirar a hierarquia das coisas mais altas sobre ele, sumamente propício – pela sua própria dignidade – a querer que todas as coisas abaixo dele estejam em hierarquia também?
Debaixo desse ponto de vista,o quadro é de altíssima expressão quanto a um dos aspectos de Nossa Senhora: sua permanente ação contra a revolta igualitária e sensual, até chegar o fim do mundo.
Isso seria um pouco de comentários com alguma vantagem para nossas almas.
Pelo menos, talvez essa: explicar um pouco aos mais jovens como analisar uma imagem, o que procurar quando se vê uma imagem, qual é o bom efeito que ela pode produzir em nós, e o estado de alma que uma imagem – simplesmente por existir – pode comunicar às nossas almas.
(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, 20 de janeiro de 1976. Sem revisão do autor. pliniocorreadeoliveira.info)
Nossa Senhora apareceu em La Salette.
Ela chorava pela crise da Igreja e do mundo.
Ela falou para nossos dias. Ela acenou para a iminência do castigo divino. O que Ela disse? - Clique na foto e veja