sábado, 30 de outubro de 2010

Vocação e missão providencial do Brasil

No anoitecer em São João d’El Rei, o imponderável das ruas evoca um Brasil que deveria ter sido, um Brasil que não podemos admitir que nunca venha a ser.

Traz uma saudade de um Brasil tão diferente disso que hoje presenciamos, que até parece um sonho.

Mas não é um mero sonho, é uma promessa:

É a promessa da Providência Divina, que chamou o Brasil para uma missão especial.

Qual é essa missão providencial?

O que diz essa promessa?

Ei-la:

“Talvez não fosse ousado afirmar que Deus colocou os povos de sua eleição em panoramas adequados à realização dos grandes destinos a que os chama.

“E não há quem, viajando por nosso Brasil, não experimente a confusa impressão de que Deus destinou para teatro de grandes feitos este País, cujas montanhas trágicas e misteriosas penedias parecem convidar o homem às supremas afoitezas do heroísmo cristão, cujas verdejantes planícies parecem querer inspirar o surto de novas escolas artísticas e literárias, de novas formas e tipos de belezas, e na orla de cujo litoral os mares parecem cantar a glória futura de um dos maiores povos da Terra.

“Quando nosso poeta cantava que "nossa terra tem palmeiras onde canta o sabiá, e as aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá”, percebeu, talvez confusamente, que a Providência depositou na natureza brasileira a promessa de um porvir igual ao dos maiores povos da Terra.

“E hoje, que o Brasil emerge de sua adolescência para a maturidade, e titubeia nas mãos da velha Europa o cetro da cultura cristã que o totalitarismo quereria destruir, aos olhos de todos se patenteia que os países católicos da América são na realidade o grande celeiro da Igreja e da Civilização, o terreno fecundo onde poderão reflorir, com brilho maior do que nunca, as plantas que a barbárie devasta no velho mundo.

“A América inteira é uma constelação de povos irmãos. Nessa constelação, inútil é dizer que as dimensões materiais do Brasil são uma figura da magnitude de seu papel providencial.

“Tempo houve em que a História do mundo se pôde intitular Gesta Dei per francos. Dia virá em que se escreverá a Gesta Dei per brasilienses — as ações de Deus pelos brasileiros.

“A missão providencial do Brasil consiste em crescer dentro de suas próprias fronteiras, em desdobrar aqui os esplendores de uma civilização genuinamente católica, apostólica, romana, em iluminar amorosamente todo o mundo com o facho desta grande luz, que será verdadeiramente o lumen Christi que a Igreja irradia.

Video: Vocação e missão providencial do Brasil



“Nossa índole meiga e hospitaleira, a pluralidade das raças que aqui vivem em fraternal harmonia, o concurso providencial dos imigrantes que tão intimamente se inseriram na vida nacional, e mais do que tudo as normas do Santo Evangelho, jamais farão de nossos anseios de grandeza um pretexto para jacobinismos tacanhos, para racismos estultos, para imperialismos criminosos.

“Dái a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

“Se algum dia o Brasil for grande, sê-lo-á para bem do mundo inteiro.

“Explorai, senhores do poder temporal, as riquezas de nossa terra.

“Estruturai todas as nossas instituições civis segundo as máximas da Igreja, que são a essência da civilização cristã.

“Auxiliai a Santa Igreja de Deus, quanto em vós estiver, e plasmai a alma nacional na vida da graça, para a glória do Céu.

“Fazei do Brasil uma pátria próspera, organizada e pujante, enquanto a Igreja fará do povo brasileiro um dos maiores povos da História.

“Na harmonia desta mesma obra está a predestinação de uma íntima cooperação entre dois poderes.

“Deus jamais é tão bem servido como quando César se porta como seu filho.

“Senhores, em nome dos católicos do Brasil, eu vo-lo afianço: César jamais é tão grande como quando é filho de Deus.

“Nessa colaboração está o segredo de nosso progresso, e nela vossa parte é verdadeiramente magnífica.

“Trabalhai, senhores, trabalhai neste sentido.

“Tereis a cooperação entusiástica de todos os nossos recursos, de todos os nossos corações, de todo o nosso fervor.

“E quando algum dia Deus vos chamar à vida eterna, tereis a suprema ventura de contemplar um Brasil imensamente grande e profundamente cristão, sobre o qual o Cristo do Corcovado, com seus braços abertos, poderá dizer aquilo que é o supremo título de glória de um povo cristão.

“Executai um programa de governo, que consista em procurar antes o reino de Deus e sua justiça, pois todas as coisas serão dadas por acréscimo.

“Em um Brasil imensamente rico, vereis florescer um povo imensamente rico, vereis florescer um povo imensamente grande, porque dele se poderá dizer:

“Bem-aventurado este povo sóbrio e desapegado, embora no esplendor de sua riqueza, porque dele é o reino dos céus.

“Bem-aventurado este povo generoso e acolhedor, que ama a paz mais do que as riquezas, porque ele possui a terra.

“Bem-aventurado este povo de coração sensível ao amor e às dores do Homem-Deus, às dores e ao amor de seu próximo, porque nisto mesmo encontrará sua consolação.

“Bem-aventurado este povo varonil e forte, intrépido e corajoso, faminto e sedento das virtudes heróicas e totais, porque será saciado em seu apetite de santidade e grandeza sobrenatural.

“Bem-aventurado este povo misericordioso, porque ele alcançará misericórdia.

“Bem-aventurado este povo casto e limpo de coração.

“Bem aventurada a inviolável pureza de suas famílias cristãs, porque verá a Deus.

“Bem-aventurado este povo pacífico, de idealismo isento de jacobismos e racismos, porque será chamado filho de Deus.

“Bem-aventurado este povo que leva seu amor à Igreja a ponto de lutar e sofrer por Ela, porque dele é o reino dos céus.”

(Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, discurso no IV Congresso Eucarístico Nacional — 7 de setembro de 1942, “O Legionário” de 7-9-1942).


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sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Santa Teresinha e a “infância espiritual” (3)

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs









CONCLUSÕES: A infância meditativa

Ela tinha o costume de subir a uma parte mais alta da casa, para ver as estrelas à noite, etc.

E a “História de uma alma” ‒ que equivale a suas Memórias” ‒ fala das infinitudes que havia no pensamento dela.

Santa Teresinha tinha em si toda a doutrina contrarrevolucionária, mas não tinha a missão de explicitá-la.

Ela tinha a missão de morrer pelos contrarrevolucionário, de viver, de traçar a Pequena Via que torna a Contra-Revolução acessível ao grosso dos que a seguem.

Mas havia todo um firmamento de ideias nela, o qual já desde essa idade se prenuncia.

Era uma criança altamente meditativa. No fim da vida, quando estava madura para o Céu, e portanto quando tinha atingido a santidade a que a havia destinado o desígnio da Providência, ela contava que quando tinha por volta dos dez anos ‒ quer dizer, um pouquinho mais velha do que está aqui ‒ ia com a irmã a um belvedere lá dos Buissonnets, e tinham conversas em que ela recebia tantas ou mais graças do que as que receberam Santo Agostinho e Santa Mônica no famoso colóquio da hospedaria de Óstia, pouco antes de Santa Mônica morrer. Portanto, quando a santidade de Santa Mônica estava consumada, e ela estava para ir para o Céu.

No fundo, nota-se isso no olhar dela. Não se pode descrever um olhar.

Se se perguntasse a São Pedro o que lhe disse o olhar de Nosso Senhor, o que poderia ele responder? Responderia:

“Ele disse algo por onde eu chorei a vida inteira. As lágrimas mais amargas e mais doces que jamais se choraram, depois das de Nossa Senhora, chorei-as eu”.

E não teria outra coisa para dizer, pois o olhar é algo de inefável. Ou se vê aqui esse olhar e se sente, ou não se o vê, e não posso fazer nada.

A um só olhar estava reservado algo que é supra-excelente: ver, olhar com as pálpebras descidas.

Este é o olhar do Santo Sudário. Ali Nosso Senhor está com as pálpebras descidas, mas Ele olha.

E que olhar! Nós só não choramos porque não somos São Pedro.

A principal etapa da vida

Santa Teresinha morreu aos 24 anos. A sua infância marcou tão profundamente os rumos de sua vida, que é a mais ilustrativa para se conhecer o seu espírito.

Tenho impressão de que na vida de Santa Teresinha os pontos culminantes são a sua infância e o fim, às vésperas da morte.

Quando ela escreveu sob obediência seus “Manuscritos Autobiográficos”, não falou quase nada de sua vida no convento. Só mais tarde, para atender sua Priora, é que falou de sua vida de freira.

A infância, para ela, foi tudo. Por quê? Porque foi uma infância profundamente consciente, meditada e raciocinada.

Aqui está um elemento precioso para o conceito de infância espiritual.

Não é bobeira, não é tolice, muito menos irreflexão.

É, de dentro de uma alma pequena, de uma alma de criança, ser capaz das maiores coisas; com uma apresentação amável, afável e autêntica, não a pura apresentação do espírito de uma criança.

Aqui, a meu ver, está a nota: Santa Teresinha poderia repetir que as nossas cogitações e as nossas vias não são as dela.

Mas não é o que ela nos diria. A sua missão é a de, pela sua presença, e como num “flash”, apresentar a via dela e atrair, arrastar para a sua via. E isso com o afável, com o pequeno, o acessível, o encantador que a infância tem.

Mas que infância meditativa! Que infância fecunda! Uma infância que se pode comparar ao fim da vida de Santa Mônica! É uma santa falando de si mesma.

Aí se vêem os tesouros de maturidade, de meditação, de profundidade, e, se necessário for, de atividade, que cabem dentro da verdadeira infância espiritual.

Foi ela quem disse: “Para o amor nada é impossível”. Em nossa linguagem isso se traduz: “Para o enlevo, para o zelo do verdadeiro católico, nada é impossível”.

Aqui está Santa Teresinha do Menino Jesus, com todo o tesouro de meditação que tinha, e que pode existir numa alma de criança, como a que ela conservou até o summum de sua maturidade. É preciso ver bem: viveu a infância fiel a si mesma, sendo ela mesma até o apogeu de sua maturidade. É uma coisa magnífica.

(Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, conferência proferida em maio de 1968)

Vídeo: Santa Teresinha do Menino Jesus: datas da vida (3/3)



quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Santa Teresinha e a “infância espiritual” (2)

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
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Continuação da postagem anterior: Santa Teresinha e a “infância espiritual” (1)




5ª) O sorriso

Numa parte mais delicada da análise, percebemos que a boca é reta, com os lábios finos e muito firmes. É uma firmeza na qual não existe uma gota de amargura.

Pelo contrário, há um certo sorriso indefinível. Falam tanto do sorriso da Gioconda, mas isto é que é sorriso! Ela não está nem um pouco sorridente, mas há um sorriso indefinível nos lábios dela. Há qualquer coisa nela que sorri, sem que se possa propriamente dizer que ela está sorrindo.

Tem-se a impressão de que o fotógrafo disse a ela para sorrir, e ela, para não desatender a ele, esboçou qualquer coisa vagamente à maneira de sorriso.

Há algo de sorriso espalhado no rosto dela: está um pouco nos olhos, um pouco nos lábios, está numa afabilidade geral da pessoa. Ela está numa posição muito afável e muito acolhedora, numa posição de muito boa vontade em relação a todo mundo.

No entanto, é uma atitude risonha que indica ao mesmo tempo força de alma e caráter, no sentido próprio da palavra.

É o contrário dessas imagens sulpicianas de Santa Teresinha que se encontram por aí: derramando rosas, e sorrindo não se sabe de que jeito. Não têm nada deste sorriso.

Aquele é um sorriso de boneca de louça, mas esta aqui não tem nada da boneca de louça.

É um sorriso por detrás do qual há um pensamento. E é o lado pensamento que propriamente se deve atingir.

6ª) O nariz, a boca e a testa

O nariz tem uma forma um pouco proeminente, tem um pouco de combate, um pouco de luta.

Os lábios, apesar do sorriso, são finos e firmes, de quem tem verdadeiro caráter.

Analisando-se a testa, vê-se que é ligeiramente bombeada e, aliás, muito alta. A pessoa que a penteou, até puxou o cabelo para baixo, para disfarçar isso. Vê-se que ela tinha até muito cabelo.

Eu vi no museu de Lisieux a trança dela, uma trança loura magnífica, de cabelos abundantes. Mas a nascente era um pouco alta.

7ª) Os olhos

Considerando agora os olhos, observa-se que é sobretudo neles que reside aquele sorriso.

Notem que a expressão de fisionomia, a expressão do olhar, tem um pouco do que o francês chama de espiègle ‒ um pouco de esperteza, um pouco de graça ‒ na expressão do olhar.

Concentrando-se a atenção nos olhos, acaba-se percebendo que há nesse olhar todo um firmamento, um mundo de reflexão, de início de reflexão.

8ª) A contemplação

Para quem é que esse olhar está mirando?

Ele não olha para nada definidamente. Mira um ponto vago, indefinido, mas com uma espécie de enlevo, de consideração, de contemplação enlevada, afetuosa, respeitosa.

Em última análise, é o próprio de um espírito possantemente contemplativo. Na sua aurora, na sua primavera, é verdade, mas possantemente contemplativo, meditativo, interior, próprio a olhar as coisas do espírito, a olhar as coisas metafísicas, a olhar horizontes mentais mais ou menos infinitos.

É um olhar que paira no infinito, numa esfera completamente diferente daquela onde paira comumente o pensamento dos homens.

Santo Agostinho disse de si, nas “Confissões”, a respeito da sua infância: “Tão pequeno menino eu era, já tão grande pecador”.

Dela se poderia dizer: “Tão pequena menina era, e já uma tão grande santa”. Porque o seu olhar tem qualquer coisa que me custa exprimir adequadamente, mas que é aquela impostação da alma em coisas que são inteiramente superiores. Não indiferentes, nem hostis, nem alheias, mas superiores ao concreto, ao contingente, ao transitório, ao passageiro, ao individual.

Não é uma pessoa preocupada consigo. Ela aqui não se importa com o efeito que vai causar no fotógrafo; está de pé, do modo como ela é.

Disseram a ela que fosse posar para uma fotografia, e ela foi, obediente como os meninos do Evangelho, que Nosso Senhor acariciou, e aos quais é reservado o Reino dos Céus (Mat. XVIII, 3).

Não é uma menina filósofa, nem um pouco. Seria uma caricatura. Ela não é vesga, está numa pose e prestou atenção na máquina fotográfica, mas é como numa parte do rés-do-chão da alma dela.

Por cima desse rés-do-chão, que funciona perfeitamente bem, há toda uma outra construção.

Nessa idade, ela poderia dizer a nós aquilo que Nosso Senhor disse, pela boca do profeta Isaías, e que é uma das frases mais tristes, uma das suas queixas mais bonitas, onde a divina superioridade dEle se afirmou do modo mais magnífico: “As minhas cogitações não são as vossas cogitações, nem as vossas vias são as minhas vias” (Is. LV, 8).

É magnífica essa ligação das ideias de cogitação e via: a cogitação do homem como que dirigindo a sua via, e sendo prenúncio de todas as harmonias da via. E a elevação das cogitações dEle!

Pensem um pouco no Santo Sudário. Que cogitações! Aquilo é cogitar! Que vias! Aquela face do Santo Sudário não poderia dizer para nós as mesmas palavras de Isaías? Poderia, perfeitamente.

Santa Teresinha aqui também poderia nos dizer ‒ Christianus alter Christus ‒ que “as minhas cogitações não são as vossas cogitações, nem as vossas vias são as minhas vias”.

Caberia que ela o dissesse. Por quê? Porque ela está numa impostação de alma supinamente meditativa, pouco comum.

Ela aqui é toda sacral (“sacral” é aqui empregada no sentido do sagrado posto na ordem temporal ou profana). Não é a meditação de uma filósofa ou de uma teóloga, mas de uma santa.

É a oração ‒ que propriamente é o convívio da alma com Deus ‒ que está posta aí.



Vídeo: Santa Teresinha: lembranças da infância




(Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, conferência proferida em maio de 1968)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Santa Teresinha e a “infância espiritual”(1)

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A família Martin foi uma das muitas famílias católicas que se inscreveram nas confrarias de oração para atender os pedidos de reparação e penitência feitos por Nossa Senhora em La Salette.

Santa Teresinha do Menino Jesus também fez parte delas.

No inicio de outubro, a festa desta grande santa que quis se fazer “pequena” é ocasião propícia para estas postagens em dias sucessivos.

A personalidade de Santa Teresinha numa fotografia

A esta magnífica fotografia de Santa Teresinha do Menino Jesus falta apenas o relevo, para se dizer que ela está viva.

Para comentar essa alma, procurarei explicitar as a impressões que esta fotografia produz.

Primeira impressão

A primeira impressão, ao olhar para ela, é a seguinte:

Que menina! A primeira explicitação, o primeiro jorro, deve ser assim.

Ela é ainda menininha, cheia de vida, de frescor, saltitante, e com essa espécie de extroversão própria de uma menina ainda na infância.

Aí se vê a beleza de uma alma de criança, na delicadeza, na fragilidade, na louçania da natureza feminina. Como essa fotografia é bem apanhada, e como pegou bem essa menina!

2ª) Idéia de pureza

Por detrás dessa impressão entra uma outra, pela qual a pessoa sente uma idéia de pureza. E sente-a mais ou menos em tudo.

A pureza vem presente, antes de tudo, no seguinte: nota-se nela, no sentido verdadeiro da palavra, uma boa espontaneidade.

É uma menina que não esconde nada, que não tem o hábito de esconder nada, e que sabe perfeitamente que não tem o que esconder. Ela não tem fraude nem dissimulação.

Dela se pode dizer o que Nosso Senhor disse de Natanael: “Aqui está um verdadeiro israelita, no qual não há fraude” (Jo. 1, 47)

Aqui está uma verdadeira menina, pura, filha de uma família católica, que tem em si toda a pureza, toda a candura de uma vida de família católica, toda aquela delicadeza virginal que a vida de família católica comunica especialmente a uma menina. E isso sem fraude nenhuma. Ela tem isso inteira, e não tem o hábito de pecar.

3ª) Inocência batismal

Olha-se para ela, e ela está inteira. Ela vai falar, vai andar, mas com uma naturalidade, com um elã, com uma espontaneidade que tem muito da leveza e graça francesa, mas sobretudo muito da inocência batismal nunca rompida.

Essa alma não foi desfigurada por nenhum pecado. Ela tem uma forma de pureza que não é só o recato.

Não situo isso no seguinte comentário aguado: “É verdade: os bracinhos dela estão cobertos, e a saia desce até abaixo dos joelhos”. Refiro-me a uma pureza do olhar.

Essa pureza do olhar, essa pureza da alma, não é apenas a pureza da castidade, é a pureza de quem nunca pecou.

É o estado de inocência batismal com todo o seu perfume, com uma forma de candura que é mais ou menos como a vida no corpo.

A vida no corpo não é localizável: está aqui e está lá, está em tudo, no corpo vivo. Aqui também a inocência batismal está em tudo, está por toda parte.

Aqui também se poderia aplicar uma palavra francesa que não sei como traduzir: o estado de graça jamais flétri em uma alma.

4ª) Ordenação refletida

É uma menina tão viva, mas não é nem um pouco estouvada, irrefletida.

Se ela começasse a brincar com a corda de pular, não pularia de modo ridículo, apalhaçado, irrefletido. Ela de repente sairia correndo, mas não, por exemplo, de um modo bobo.

Todo mundo percebe que essa espontaneidade que há nela é presidida por uma certa regra, por onde ela nunca faz aquilo que não deve. E que, portanto, dentro do seu espírito há toda uma ordenação, todo um pensamento, toda uma reflexão.

Naturalmente, reflexão de criança, pensamento de criança, ordenação de criança; instintiva e subconsciente, mas real, por onde tudo o que fizesse seria de criança e de verdadeira criança, nem um pouco uma sabiazinha, uma mulherzinha metida e filosofinha. É o contrário disso.

Ela é inteiramente natural, mas sumamente ordenada, possui em si uma grande ordem interna.

Não se imagina essa menina fazendo qualquer desatino, compreende-se que ela não o faria. Através disso compreende-se a ordem que existe dentro dela.



Vídeo: Buissonnets: o lar de Santa Teresinha do Menino Jesus




(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, conferência proferida em maio de 1968)


quarta-feira, 9 de junho de 2010

Maximino e o “licor de La Salette”

Maximino contempla Nossa Senhora subindo aos Céus
O Prof. Francisco Castro enviou-nos há tempo um pedido, enquanto dávamos cursos na Europa.

Pedindo sua compreensão pelo atraso na resposta, aqui vai ela.

Do Prof.: Francisco Castro:
PAX!
Li o seu livro sobre as Aparições de Nossa Senhora em La Salette. Antes já havia lido um texto sobre as mesmas e fiquei intrigado com o que escreveram sobre Maximin, um dos videntes.
Seu livro afirma que foram calúnias mas um texto diz que ele quis vender um vinho com o nome Salette.
Afinal ele foi uma pessoa que realmente deu motivos para o difamarem embora tenham aumentado?
Creio que as aparições de La Salette foi uma das únicas em que nossa Senhora se referiu as faltas do clero. Como são atuais a descrição que ela faz dos padres. Parecem escritas hoje. Isso deve ter criado dificuldades e suspeitas. Gostaria de esclarecimentos sobre os videntes.

Att. Prof. Francisco Castro.
++Jesus-Maria

De fato, o caso do vinho ‒ ou, melhor, do licor ‒ de La Salette serviu para uma das acusações mais intensamente divulgadas contra Maximino.

Hoje em dia a crítica histórica não aceita mais essas alegações tendo ficado demonstrado que Maximino, angustiado pela miséria e pela doença, caiu numa arapuca de um comerciante inescrupuloso. A sociedade durou pouco e o comerciante desavergonhado desapareceu. Esta posição encontra-se até nas fontes mais modernizadas, como a Wikipedia.

Entretanto, o caso foi mais complicado, e não queremos ficar apenas em fontes pouco autorizadas.

Casa natal de Maximino
A complicação provém do fato de Maximino não só ter sido logrado pelo comerciante inescrupuloso, mas também pelos padres do Santuário e pelo próprio bispo de Grenoble. Estes professavam uma animadversão visceral em relação aos videntes, malgrado os pastores cumprissem conscienciosamente as obrigações de todo fiel diocesano para com suas autoridades eclesiásticas.

Maximin solicitou autorização deles por escrito. Não recebeu resposta, salvo um recado aprobatório. Como na praxe eclesiástica o silêncio equivale a uma aprovação tácita. Maximino entrou no negócio, porém essas autoridades caíram encima de sua reputação.

Henri Dion, autor de numerosos livros e especialista no caso de La Salette fez, com uma erudição bem superior à nossa, uma cuidadosa reconstituição histórica do fato. Deixo a palavra com ele:

“Os pedidos de ajuda que Maximino enviou aos missionários de La Salette e ao bispo de Grenoble na primavera de 1869 não foram atendidos. Ou, mais bem, as condições que lhe impuseram em troca de alguns subsídios foram duras demais. Ele ficou obrigado a escrever aos Jourdain [N.T.: seus pais adotivos]:
“Os missionários de Nossa Senhora de La Salette, o Pe. Giraud [N.T.: superior desses missionários] o primeiro deles, foram admiráveis em relação a mim e a vós. Eles foram se pôr aos pés de Monsenhor [o bispo diocesano] para lhe suplicar que viesse nos ajudar. Seu coração de bispo foi tão duro e frio quanto o gelo”.
“O encontro, pouco depois, em outubro de 1869, com um certo Alfred Vivier, licorista de Varces, do departamento de Isère, que Maximino não conhecia e que veio lhe propor uma associação, tal vez pareceu para ele algo providencial.

“Não há mais necessidade de demonstrar a ninguém que o episódio do comercio do licor não foi mais que um deplorável incidente. Nele, a candura do pastor foi abusada, num combate muito desigual, pelas manobras desonestas de um verdadeiro falsário, sem que Maximino tivesse se comprometido ou mesmo suspeitado um só momento.

Túmulo de Maximino em Corps
“Porém, antes de se lançar nesta nova iniciativa, Maximino teve o escrúpulo de solicitar, enquanto pedia a mesma coisa a seus pais adotivos, a aprovação do bispo de Grenoble e dos Missionários de La Salette. Ele pediu:

“se ele podia em consciência imitar os Cartuxos, os Trapistas, os Beneditinos e outros religiosos que fabricaram e venderam um licor que leva seu nome... Ele recebeu após vários meses de espera um recado dizendo que Mons. Ginhoulhiac e os Missionários de La Salette deixavam-no perfeitamente livre de emprender o que bem achasse, porém com proibição de comparecer nas instituições diocesanas. Tendo esgotado todos seus recursos, desencorajado, vencendo suas mais vivas repugnâncias, ele se associou com um certo Vivier, habilidoso demais para Maximino e que tirou em três anos de sociedade mais proveito do qu ele do licor salettino”.

“O pobre Maximino passou muita dificuldade para se sair deste penoso negócio, pois o sócio apropriou-se praticamente de todos os lucros antes de desaparecer com o dinheiro que ficava e todo os pertences da empresa. Quando a sociedade foi dissolvida por decisão da justiça, ele não pôde reclamar nenhuma indenização. Ele não tinha recursos para tocar o processo judiciário e ele quis poupar Vivier da prisão.

Malgrado tivessem dado seu consentimento e malgrado as dificuldades evidentes demais de Maximino, os Missionários de La Salette não hesitaram, no início de 1871, em publicar em seus “Anais” um artigo que causou indignação:
“A respeito de um licor, dito de La Salette, e de folhas de propaganda que se espalham por toda parte relativos a ele, nós devemos declarar mais uma vez que a comunidade dos Missionários de Nossa Senhora de La Salette nada tem a ver com a fabricação desse licor, nem com a comercialização que se faz dele”.
“Um outro artigo, do mesmo estilo, apareceu dezoito meses mais tarde nos “Anais de La Salette” de junho de 1872. A despeito de um protesto forte mas muito mesurado de Maximino, o jornal “Le Temps” publicou uma carta recebida “de uma personalidade ainda mais alta que o Rev. Pe. Superior dos Salettinos”:
“Eu deploro tanto como vós o comércio de licor feito com base na montanha de La Salette. É uma especulação miserável que fere profundamente meu coração cristão e todos meus religiosos partilham minha tristeza. Se vós conheceis um meio de corrigir esse abuso sem ferir a liberdade dos outros, que eu respeito sempre ainda quando me faz mal, fazei-o chegar até nós. E a desordem cessará logo. Não há pacto algum, nem público nem segredo entre meus religiosos e os autores de esta iniciativa comercial”.
(...) “É penoso ter que citar estes documentos que desmascaram uma hostilidade e um encarniçamento tanto mais insuportáveis quanto praticados por aqueles que deveriam ser os primeiros em proteger e ajudar a Maximino. Trata-se de testemunhos esmagadores, mas que permitem apreciar a intensidade e a virulência das provações sofridas pelo pastor, mais dolorosas tal vez que a miséria negra que elas trouxeram por acréscimo, porque causadas por uma maldade puramente gratuita.”

Loja instalada nos fundos da casa natal de Maximino

(Fonte: Henri Dion, “Maximin Giraud, Berger de La Salette, ou La fidélite dans l’épreuve”, Éditions Résiac, Montsurs, 1988, 290 p., págs.207-209)



Atualmente, na casa natal de Maximino (foto ao lado) funciona uma destilaria que produz licores, entre os quais o “Salettina”, o “Citronello” italiano e outros, explorando turisticamente o fato de funcionar na casa da pobre família do pastor.

Quando peregrinamos a La Salette em 2008, visitamos o local, mas a casa e a loja estavam fechadas. Conhecedores da cidade apontaram pertencer a um cidadão do qual não faziam precisamente elogios. Na Internet há um site desta loja com propaganda dos licores. Ninguém vê qualquer relação entre o caso do licor de Maximino e essa loja, salvo o comerciante ali instalado com objetivos de propaganda.


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quinta-feira, 18 de março de 2010

Castigos en la Iglesia y en el mundo:
Nuestra Señora de Akita advirtió en 1973,
pero no fue escuchada!

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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En 1973, la Virgen se manifiesta en Japón a la Hna. Agnes Sasagawa a Katsuko, 42 años, en el Convento de las Siervas de SSMA. Eucaristía en la ciudad de Yuzawadai cerca de Akita, en la provincia de Tohoku.

Es decir, en la región más afectada por el reciente terremoto.

Akita se encuentra en la misma latitud del epicentro del terremoto, pero al otro lado de la isla de cara a China, al occidente, a 150 Km de Sendai, la ciudad más afectada y que se encuentra en la parte oriental del archipiélago del Sol Naciente.

Las imágenes espantosas de las ruinas de la ciudad de Sendai y sus alrededores han sido publicadas en todos los periódicos, estaciones de televisión y sitios de Internet.

Akita fue golpeada por el terremoto, pero no por el devastador tsunami. El Santuario de la Virgen no sufrió daños relevantes.

El terremoto y el tsunami trajeron de vuelta a la memoria pública las advertencias solemnes que en 1973 Nuestra Señora lanzó al clero y al mundo.

Desde entonces, la imagen de la Virgen lloró lágrimas, según testigos, más de un centenar de veces y vertió sangre en otras ocasiones.

El fenómeno místico fue analizado por la jerarquía eclesiástica.


Iglesia de Nuestra Señora de Akita, Yuzawadai, Sendai

En abril de 1984, el Obispo John Shojiro Ito, Obispo de Niihata, Japón, después de años de investigación exhaustiva, dijo que los eventos de Akita son de origen sobrenatural y autorizó en su diócesis la veneración de la Madre de Dios de Akita.

En junio de 1988, el Cardenal Ratzinger, entonces Prefecto de la Congregación para la Doctrina de la Fe, hizo pública la aprobación final sobre los eventos de Akita y los mensajes y los declaró dignos y merecedores de la fe pública.

El mismo Cardenal Ratzinger - después Benedicto XVI - conforme publicó la revista italiana Jesús el 11 de noviembre 1984, comentó que los mensajes de Fátima y Akita son "esencialmente los mismos."

La concordancia con el mensaje completo de La Salette es tan evidente que nos sentimos dispensados de cualquier paralelismo.

Algunos que tal vez recuerden las advertencias muy serias de Nuestra Señora en Japón, dadas coincidencialmente en la misma región devastada hoy, quedarán impresionados por la similitud entre lo profetizado en 1973 y la tragedia padecida.

Más aún, quedarán aterrados frente a lo que todavía puede sobrevenirse.

Nuestra Señora no fue oída, es doloroso constatarlo! Pero peor aún, es que su maternal exhortación haya quedado en el olvido.

Este es un momento extraordinariamente oportuno para volver hacia Ella y para darle la atención y la obediencia que se merece, confiando en la misericordia inagotable que nos ha de brindar como Madre de Dios Nuestro Señor.

Pero que dijo y que pidió la Virgen bendita en Akita?

El periódico "The Wanderer", publicó el 17 de febrero de 1994, una exhaustiva materia basada en "Oficial de Akita Book" ("El Libro Oficial de Akita"), escrito por el P. Teiji Yasuda, OSV

De aquí extraemos referencias tan elocuentes que sobra cualquier comentario.

Uno de los mensajes más impresionante de Nuestra Señora de Akita fue dado el 13 de octubre 1973. En ella, la Santísima Virgen dijo:

"Si los hombres no se arrepienten y si no mejoran, Dios Padre infligirá un terrible castigo a la humanidad. Será una punición mayor que el diluvio, nunca antes vista.

Fuego caerá del cielo y destruirá gran parte de la humanidad, tanto los buenos como los malos, no serán preservados ni siquiera los sacerdotes, ni los fieles. Los sobrevivientes se encontrarán de tal manera desolados que tendrán envidia de los muertos.

Las únicas armas que restarán serán el Santo Rosario y la señal dejada por mi Hijo (la señal de la Cruz). Recita todos los días las oraciones del Rosario.

Con el Rosario, rece por el Papa, por los obispos y por los sacerdotes.

La obra do demonio se infiltrará hasta dentro de la Iglesia de tal modo que veremos Cardenales enfrentando a Cardenales, obispos contra obispos.

Los sacerdotes que Me veneran serán escarnecidos, menospreciados y combatidos por sus cofrades (otros sacerdotes)

Iglesias y altares serán saqueados.

La Iglesia estará llena de aquellos que buscan compromisos (con el mundo).

El demonio tentará a muchos padres y almas consagradas para dejar el servicio del Señor.

El demonio será particularmente implacable contra las almas consagradas a Dios. La idea de la perdida de tantas almas es la causa de mi tristeza.

Si los pecados aumentan en número y gravedad, en breve no habrá perdón para ellos.

Rece mucho las oraciones del Rosario. Solo yo podre salvarlos de las calamidades que se aproximan.

Aquellos que coloquen su confianza en Mi serán salvados”.


Documental: apariciones de la Virgen María en Akita




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Japan: Our Lady’s Warnings at Akita Went Unheeded


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
























In Japan in 1973, Our Lady manifested herself to Sister Agnes Katsuko Sasagawa, then aged 42, at the convent of the Servants of the Holy Eucharist in Yuzawadai, near Akita, province of Tohoku.

In other words, in the area most affected by the earthquake and tsunami that have just wreaked havoc in Japan.

Akita is located at the same latitude of the colossal temblor, but on the western side of the island, roughly 100 miles from Sendai, the worst-hit town, located on the eastern side of the archipelago.

Newspapers, TV stations and Internet sites all over the world are carrying pictures of the frightful ruins of the city of Sendai and its surroundings.

Akita was hit by the earthquake but not by the devastating tsunami. The shrine of Our Lady suffered no significant damage.

The earthquake and tsunami brought back to memory Our Lady’s solemn warnings to the clergy and the world in 1973.

According to many witnesses, from that date onward the statue of Our Lady has shed tears over one hundred times and also blood on other occasions.

The Church hierarchy analyzed this mystical phenomenon.

Veja vídeo
Documentary on
Our Lady's manifestations
in Akita and her warnings
if the clergy and the world
failed to do penance.
In April 1984, after an exhaustive investigation, Most Rev. John Shojiro Ito, Bishop of Niihata, Japan declared that the events of Akita are authentically supernatural and authorized the whole diocese to venerate the Holy Mother of God of Akita.

In June 1988, Cardinal Joseph Ratzinger, Prefect of the Congregation for the Doctrine of the Faith, then Benedict XVI, issued a definitive judgment on the events and messages of Akita and declared them reliable and worthy of belief.

In its edition of November 11, 184, the Italian magazine Jesus reported that the same Cardinal Ratzinger, commented that the messages of Fatima and Akita are “essentially the same.”

On the other hand, the concordance of Our Lady’s messages at Fatima and Akita with her message at La Salette are so striking as to dispense with any comment.

Those who remember Our Lady’s extremely grave warnings in Japan in 1973 – and precisely in the worst-hit area – are deeply impressed with the similarity of that prophecy with the present catastrophe.

Even more, they are horrified with what may yet be in store. For in Akita, Our Lady announced chastisements even more terrible than this earthquake, if the Catholic clergy and the world do not repent and amend their lives.

It is painful to say it, but Our Lady was not heeded; even worse, her maternal warnings were forgotten.

This is an extraordinarily opportune moment for us to turn to her and give her the attention and obedience that she deserves, placing all our confidence in the inexhaustible mercy of the Mother of God.

But, just what did Our Lady say and ask for at Akita?

On February 17, 1994, The Wanderer published a long report based on the Official Akita Book, authored by Fr. Teiji Yasuda, O.S.V.

We have drawn from it the information below, so eloquent as to make any comment appear superfluous.

One of the most impressive messages of Our Lady at Akita was given on October 13, 1973. In it, the Blessed Mother said:

“If men do not repent and better themselves, the Father will inflict a terrible punishment on all humanity. It will be a punishment greater than the deluge, such as one will never have seen before.

“Fire will fall from the sky and will wipe out a great part of humanity, the good as well as the bad, sparing neither priests nor faithful. The survivors will find themselves so desolate that they will envy the dead.

“The only arms which will remain for you will be the Rosary and the Sign left by my Son. Each day, recite the prayers of the Rosary. With the Rosary, pray for the Pope, the bishops and the priests.

“The work of the devil will infiltrate even into the Church in such a way that one will see cardinals opposing cardinals, and bishops against other bishops.

“The priests who venerate me will be scorned and opposed by their confreres [other priests].

Our Lady of Akita
“The Church and altars will be vandalized. The Church will be full of those who accept compromises and the demon will press many priests and consecrated souls to leave the service of the Lord.

“"The demon will rage especially against souls consecrated to God. The thought of the loss of so many souls is the cause of my sadness.

“If sins increase in number and gravity, there will no longer be pardon for them."

“Pray the Rosary often. Only I can prevent the disaster.



Akita apparitions and Sister Agnes Sasagawa





Apariciones de Akita narradas por la Hermana Agnes Sasagawa



quarta-feira, 17 de março de 2010

Conversão dos anglicanos III:
o santo cura de Ars e o Servo de Deus Bartolomeu Holzhauser

Urna com os restos mortais de São João Batista Maria Vianney, Ars, França.
Urna com os restos mortais de São João Batista Maria Vianney, Ars, França.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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continuação do post anterior: Conversão dos anglicanos II: Santo Eduardo Rei e São Paulo da Cruz, fundador 





São João Maria Batista Vianney e o futuro da Inglaterra

São João Batista Maria Vianney, o famoso cura de Ars, foi um outro santo que previa um futuro católico radioso para uma Inglaterra que retornou ao seio da Igreja Católica.

O Pe. J.-M. Curique nos fala disso na sua coleção de profecias “Voix prophétiques ‒ ou signes, apparitions et prédictions modernes touchant les grands événements de la Chrétienté au XIXème siècle et vers l'approche de la fin des temps”, (Paris, Victor Palmé editor, 1872, tomo II, 4ª edição, 505 p.).

“O bispo de Birmingham – escreve o Pe. Curique – contou num relato publicado recentemente sua romaria a Ars poucos anos antes da morte do santo pároco, e que lhe acendeu a esperança da Inglaterra:

“Eu lhe pedi, escreveu o bispo, orações pela Inglaterra (...) subitamente seus olhos abriram-se e fixando-os sobre mim com um desses olhares luminosos, ele exclamou com uma voz que não esquecerei jamais, como quem quer fazer uma confidência:

“Eu estou certo que a Igreja de Inglaterra recuperará seu antigo esplendor”.(p. 165-166)

O Servo de Deus Bartolomeu Holzhauser

Poucas almas eleitas tiveram tanta fama pelas suas luzes proféticas quanto o Servo de Deus Bartolomeu Holzhauser. Este sacerdote foi autor de um comentário do Apocalipse que fundou escola.

No livro “Prophezeiungen, Visionen und Auslegung der Apokalypse”, (“Profecias, visões e interpretação do Apocalipse”), editado por Kreuz-Verlag em Viena (1ª ed, 1972, com autorização eclesiástica), Friedrich R. von Lanna, lemos:

“A partir de Bingen, pouco depois, fez uma visita a Carlos II da Inglaterra (...) quando este parou em Geisenheim de regresso à Inglaterra depois da decapitação de seu antecessor.

“O encontro se deu à meia-noite e foi de longa duração. Holzhauser participou ao rei que há vários anos já sabia, por revelação divina, que Carlos I terminaria sua vida no cadafalso.

Disse que Deus permitira esse fim trágico para castigar aquele monarca por ter recusado o seu reconhecimento ao Chefe visível da Igreja.

“Tranquilizou então o rei quanto ao futuro, e lhe assegurou de que à triste revolução no seu reino seguir-se-ia em breve tranquilidade e ordem.

Acrescentou à profecia de que a Inglaterra algum dia voltará à fé católica, prestando então à religião serviços ainda maiores do que depois de sua primeira conversão.”

Por sua vez, Mons. Wuilleret, autor da mais cotada tradução dos comentários ao Apocalipse do Servo de Deus Bartolomeu Holzhauser (« Interprétation de l'Apocalypse renfermant l'Histoire des sept âges de l'Eglise Catholique et les grandes scènes de la fin du monde traduit du latin par le chanoine de Wuilleret », Louis Vivès editor, Paris, 1856, 2 volumes) acrescenta:

“Holzhauser desejou muito ir à Inglaterra para iniciar essa obra de conversão, mas seu trabalho com a paróquia e com as escolas que fundara em Bingen o retiveram”.

Pe. Nectoux S. J.

Um caso que requer muita prudência na interpretação é o do sacerdote jesuíta Charles-Auguste-Lazare Nectoux S.J. (1698-1773). Nascido em nobre berço, ingressou na Companhia de Jesus da qual foi o último provincial na Aquitania, França, antes da ordem ser fechada em 1762. Ele previu a dissolução da Companhia de Jesus e o que adviria depois.

Ele também previu um castigo universal sobre a humanidade que Michel Servant retransmite nestes termos:

Apocalipse ilustrado. Ottheinrich-Bibel.
Bayerische Staatsbibliothek Cgm8010
“Haverá então um momento tão espantoso que acreditar-se-á ser o fim do mundo.

O sangue correrá em muitas grandes cidades: os elementos entrarão em convulsão como num pequeno juízo.

“Perecerá nessa catástrofe uma grande multidão de homens, mas os maus não prevalecerão.

Eles terão a intenção de destruir inteiramente a Igreja; mas não lhes será dado tempo.

“Avizinhar-se-á essa catástrofe quando a Inglaterra começar a se abalar. Saber-se-á por este sinal, como se conhece a proximidade do verão quando a figueira começa a brotar.

“Inglaterra, por sua vez, sofrerá uma revolução mais terrível do que a Revolução Francesa, e durará bastante tempo para que a França tenha tempo para se tranqüilizar.

Será a França a ajudar a restabelecer a paz na Inglaterra.

“Durante esse transtorno espantoso que, ao que parece será geral, e não só na França, Paris será inteiramente destruída, não sem que antes apareçam sinais que darão tempo aos bons para fugir.

Sua destruição será tão completa, que vinte anos depois, os país passeando com os filhos sobre as ruínas responderão: ali houve uma grande cidade, porém por causa de seus crimes Deus a destruiu” (M. Servant, p. 309, 341 y 389).

quarta-feira, 3 de março de 2010

Conversão dos anglicanos II: Santo Eduardo Rei e São Paulo da Cruz, fundador


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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continuação do post anterior: La Salette e a conversão em curso de grandes grupos de anglicanos


A visão profética de Santo Eduardo o Confessor


A profecia mais antiga da prevaricação da Inglaterra e sua futura conversão é de um rei inglês, o grande Santo Eduardo o Confessor.

Ela se encontra registrada num antigo manuscrito da Biblioteca Bodleiana de Oxford, que leva o nome de “Vita beati Edwardi regis et Confessoris” (manuscrito Selden 55). Ele foi reproduzido pela Catholic Encyclopedia.

Por ocasião do restabelecimento da hierarquia católica na Inglaterra pelo Papa Pio IX em 1850, o aristocrata convertido ao catolicismo Ambrose Lisle Philipps re-exumou o documento e o transmitiu para o Conde de Shrewsbury. Ele reza assim:

“Durante o mês de janeiro de 1066, o rei santo da Inglaterra Santo Eduardo o Confessor estava confinado no leito pela derradeira doença no Palácio Real de Westminster.

“São Ælred, Abade de Rievaulx, em Yorkshire, relata que pouco antes de sua bem-aventurada morte, este rei santo entrou em êxtase.

“Nele viu dois piedosos monges beneditinos da Normandia, que ele havia conhecido em sua juventude durante seu exílio naquele país.

“Apareceram para ele, e lhe revelaram o que iria acontecer com a Inglaterra nos séculos futuros, e a causa do terrível castigo. Eles disseram:

“A extrema corrupção e maldade do povo inglês tem provocado a ira justa de Deus. Quando a malícia atingir a plenitude da medida, Deus, em sua ira, enviará para o povo inglês espíritos maus, que vão puni-lo e afligi-lo com grande severidade, separando a árvore verde de suas raízes durante a extensão de três “furlongs” (estádios, períodos, séculos).

“Mas esta mesma árvore, pela misericórdia de Deus compassivo, sem quaisquer nacionais (governamentais) que a assistam, deve retornar à sua raiz original, reflorescer e dar abundantes frutos.

“Depois de ter ouvido essas palavras proféticas, o santo rei Eduardo abriu os olhos, recuperou os sentidos, e a visão desapareceu. 

“Ele imediatamente relatou tudo o que tinha visto e ouvido a seu cônjuge, a virgem Edgitha, a Stigand, arcebispo de Cantuária, e a Harold, seu sucessor ao trono, que estavam no quarto orando em torno do leito”.

Visões e anseios proféticos de São Paulo da Cruz pela conversão da Inglaterra

Um santo canonizado que consagrou sua vida à conversão da Grã-Bretanha foi São Paulo da Cruz (1694-1775), sacerdote italiano, fundador dos padres passionistas.

No livro “Vida do bem-aventurado Paulo da Cruz” (Londres, 1860) o padre passionista Pio do Nome de Maria escreve o seguinte:

“Frequentemente ele acostumava dizer com muito sentimento:

“Ah, Inglaterra, Inglaterra, rezemos pela Inglaterra. Eu não posso parar de fazê-lo ainda que queira, pois desde que eu começo a rezar, esse infeliz reino aparece diante de min.

Já faz cinquenta anos que eu estou rezando pela conversão da Inglaterra.

“Eu o faço todos os dias pela manhã na Santa Missa. Eu não sei quais são as intenções de Deus sobre esse reino; tal vez Ele quer ainda ter misericórdia com ele, e o dia chegará quando Ele, na sua bondade, o trará de novo para a verdadeira fé. Bem, rezemos por essa bênção e deixemo-lo nas mãos de Deus”.

“Um dia que ele estava doente, o enfermeiro entrou no quarto e encontrou-o em êxtase. Ele teve que chacoalhá-lo três vezes pelo menos até ele voltar a si. 

“Ele então exclamou: “Oh, onde é que eu estava exatamente agora? Eu estava em espírito na Inglaterra contemplando o grande número de mártires dos tempos passados e rezando a Deus por esse reino”.
“Deus quis consolar, ao menos em parte, seu servo pois uma manha após celebrar a Missa e rezando pela conversão dos ingleses, ele disse com grande alegria:

‒ “Oh, o que é que eu vi? Meus religiosos na Inglaterra!”

“E ele não se enganou, pois um de seus filhos, o Pe. Domingos da Mãe de Deus, um religioso que se destacava pelo estudo, oração e zelo, herdou o espírito de seu amado padre e continuou durante 27 anos rezando e fazendo outros rezarem pela conversão daquela ilha, desejando ardentemente ir a trabalhar e morrer em tão santa causa.

“O santo confidenciou a um de seus discípulos, que estudava teologia sob sua direção, que esse desejo consumia-o, e que, numa visão na qual Nossa Senhora tinha se dignado lhe aparecer, Ela consolou-o com a garantia de que seus desejos um dia seriam atendidos, e assim veio a acontecer.

“Após tantos anos de orações e desejos o discípulo foi a Inglaterra no ano de 1841, em circunstâncias que pareciam quase miraculosas.

“Durante oito anos ele trabalhou com imenso zelo, reconciliando para a Santa Igreja bom número de protestantes, e entre eles várias pessoas de primeira linha pela sua educação e rango.

“Ele fundou ali três casas, e a Inglaterra tornou-se uma das províncias de nosso Instituto. Seu nome ficou famoso entre os católicos desse reino, que olhavam para ele como um homem apostólico e um santo religioso.

“No meio de seus trabalhos, no ano de 1849, apraz a Deus chamá-lo ao repouso eterno, após ter realizado pessoalmente o que seu bem-aventurado fundador viu em espírito.

“Isto é, seus filhos trabalhando com bom sucesso pelo retorno de essa nação ao aprisco da Igreja”.


continua no próximo post: Conversão dos anglicanos III: o santo cura de Ars e o Servo de Deus Bartolomeu Holzhauser


A peregrinação das relíquias de Santa Teresinha
e a conversão da Inglaterra