segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Subindo a montanha de La Salette rumo a Nossa Senhora, mas sem sabe-lo!

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






continuação do post anterior: La Salette: como começou tudo numa aldeia esquecida dos Alpes





Na manhã do dia seguinte, 19 de setembro de 1846, data em que Nossa Senhora apareceu, Maximin voltou a acompanhar Mélanie.

Era um dia bonito, o céu estava sem nuvens e o sol brilhava intensamente.

Subiram o morro de La Salette até uma altura de 1.800 metros, sem poderem imaginar o evento sobrenatural que haveriam de testemunhar.

Maximin queria brincar. Ela lhe propôs seu entretenimento preferido: fazer o que ela chamava de paraíso, isto é, uma casinha de pedras toda recoberta de ramalhetes feitos com flores silvestres, que desabrocham naturalmente nas alturas.

Chegando a uma curva do terreno protegida dos ventos, começaram a levantar o paraíso. No local há muita ardósia, pedra que forma placas e se prestava para o brinquedo.

Ali corre um regato chamado Sézia, formado pelo degelo das neves, e que empresta seu nome ao local da aparição. Também surgia uma fonte de água de vez em quando.

Os pastores costumavam levar o gado para beber água dessa fonte, mas desde a aparição, ela vem jorrando sem interrupção. Pode-se beber dela e, por causa disso, muita gente tem recebido graças. Até mesmo milagres têm acontecido.

O paraíso tinha um térreo, que seria a habitação, e um sobrado fechado por uma pedra mais larga.

Eles colheram maços de flores, fizeram coroas floridas e as distribuíram sobre o paraíso. Após muito trabalho nessa construção, o paraíso ficou pronto e todo florido.

Os dois admiraram a obra, mas sentiram sono. Afastaram-se um pouco, deitaram na relva e dormiram.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

La Salette: como começou tudo numa aldeia esquecida dos Alpes

La Salette-Fallavaux: pequena aldeia nos contrafortes dos Alpes, na diocese de Grenoble (França)
La Salette-Fallavaux: pequena aldeia nos contrafortes dos
Alpes, na diocese de Grenoble (França)
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








La Salette-Fallavaux é uma pequena aldeia nos contrafortes dos Alpes, na diocese de Grenoble (França).

Sua pacata igreja, rodeada por um certo número de casas, lembra o fato de Nosso Senhor ter chamado a atenção para a galinha que protege os pintainhos sob suas asas.

Um pouco acima na montanha há outra aldeia, menor que a anterior. Seu nome é Les Ablandens e depende de La Salette.

Panorama austero e grandioso deslumbra pela beleza.

Os Alpes rodeiam o vale. Suas partes mais altas cobrem-se de neve no inverno e brilham iluminadas pelo sol.

Na parte inferior das montanhas a neve se derrete na primavera, aparecendo novamente os prados naturais.

Os habitantes de La Salette há muito tempo levam os seus rebanhos para ali pastar.

E contratam servidores para vigiar o gado.

Foi esta a razão pela qual Mélanie Calvat, de 14 anos, e Maximin Giraud, de 11, subiram o morro de La Salette, conhecido como Sous-les-Baises, no dia 19 de setembro de 1846.

Os dois não eram de La Salette. Suas famílias moravam em Corps, pequena cidade localizada na parte mais quente e acessível do vale.