No fundo: a igreja de Saint-Etienne du Rouvray, cenário do sacrílego crime islâmico. Na frente: crucifixo na igreja de St-Vincent em Baux-de Provence. |
Roberto de Mattei
(1948 - ) professor de História, especializado nas ideias religiosas e políticas no pós-Concilio Vaticano II. |
O primeiro mártir do Islã em terra da Europa tem um nome.
É o padre Jacques Hamel, assassinado enquanto celebrava a Santa Missa no dia 26 de julho, na igreja paroquial de Saint-Etienne-du-Rouvray, na Normandia.
Dois muçulmanos exaltando o Islã invadiram a igreja, e depois de tomar alguns fiéis como refém, degolaram o celebrante e feriram gravemente outro fiel.
Sobre a identidade dos agressores e o ódio anticristão que os moveu não pairam dúvidas.
Em sua agência de notícias Amaq, o Estado Islâmico definiu os dois assaltantes de “nossos soldados”.
O nome de Jacques Hamel se soma ao de milhares de cristãos que todos os dias são queimados, crucificados, decapitados em ódio à sua fé.
Mas o massacre de 26 de julho marca uma guinada, porque é a primeira vez isso que acontece na Europa, lançando uma sombra de medo e consternação nos cristãos do nosso continente.
Obviamente não é possível proteger 50.000 edifícios religiosos na França, e um análogo número de igrejas, paróquias e santuários na Itália e em outros países.
Cada sacerdote é objeto de eventuais ataques, destinados a se multiplicarem, sobretudo após o efeito emulativo engendrado por esses crimes.
“Quantas mortes são necessárias, quantas cabeças decepadas, para que os governos europeus compreendam a situação em que se encontra o Ocidente?” – perguntou o cardeal Robert Sarah.
Saint-Etienne-du-Rouvray: a dor dos fiéis é a dor de todos os católicos do mundo. |
O que torna esta situação terrível é a política de boas-intenções e de falsa misericórdia em relação ao Islã e a todos os inimigos da Igreja.
Os católicos devem naturalmente rezar pelos seus inimigos, mas devem também estar cônscios de que não basta se limitarem a rezar, pois têm também o dever de combatê-los.
É o que ensina o Catecismo da Igreja Católica no n° 2265, quando diz que a legítima defesa pode ser um dever grave para o responsável pela vida de outrem:
“Defender o bem comum implica colocar o agressor injusto na impossibilidade de fazer mal”.
O Papa Francisco se disse “especialmente chocado por este ato de violência acontecido em uma igreja, durante uma missa, ação litúrgica que implora de Deus a sua paz para o mundo”, renunciando mais uma vez a chamar os assassinos pelo nome.
O silêncio do Papa Bergoglio é paralelo ao dos muçulmanos de todo o mundo que não denunciam com voz alta, em uníssono e coletivamente, os crimes cometidos em nome de Alá pelos seus correligionários.
Saint-Etienne-du-Rouvray, o Pe. Hamel não está mais e o Papa parece não lembrar que muitos outros são visados pelo Islã. |
Durante o seu pontificado, o Papa beatificou com procedimentos super-rápidos algumas personalidades do século XX, como Oscar Arnulfo Romero e Don Pino Puglisi, que certamente não foram mortos em ódio à fé católica.
Mas, em 12 de maio de 2013, também canonizou na Praça de São Pedro os oitocentos mártires de Otranto, massacrados em 11 de agosto de 1480 pelos turcos, por se recusarem a renegar a sua fé.
Se o Papa Francisco anunciasse o início de um processo de beatificação do padre Hamel, daria ao mundo um sinal pacífico, mas forte e eloquente, da vontade da Igreja de defender a sua própria identidade.
Se, no entanto, continuar a se iludir com a possibilidade de um acordo ecumênico com o Islã, repetir-se-ão os erros daquela desastrosa política que sacrificou as vítimas da perseguição comunista nos altares da Ostpolitik.
Mas o altar da política é diferente da mesa sagrada sobre a qual se celebra o sacrifício incruento de Cristo, e a esse sacrifício o padre Jacques Hamel teve a graça de unir-se em 26 de julho, oferecendo o próprio sangue.
(Fonte: “Il Tempo”, Roma, 27-7-2016).
Matéria traduzida do original italiano por Hélio Dias Viana.
O Papa João Paulo II também fazia silêncio em relação a índole anti-cristã do Islamismo! Não me consta, por exemplo, que ele tivesse falado contra o islamismo por ocasião dos atentados de 11 de setembro. O único Papa, segundo me consta, depois do Concílio Vaticano II, que criticou o Islã foi Bento XVI em seu discurso em Ratisbona (Regensburg).
ResponderExcluirFalou e disse, o livro de Daniel Leroux, Pedro tú me amas? Publicado em 1988, mostra como João Paulo abriu o caminho para o que esta acontecendo agora!
ExcluirTalvez por isso ele, Joseph Ratzinger, não está mais em Roma, como Sumo Pontífice!
ResponderExcluirConcordo com o silêncio do Papa
ResponderExcluirAinda não chegou a Hora.O Senhor ainda não falou ...o cristianismo é uma estrada de sangue...disse este Papa.zEstamos todos à prova de Deus.
Vai chegar a Hora pq Jesus disse " sobre ti edificarei a minha Igreja" e está nunca vai ser destruída. Ele tudo sabe,tudo vê e vai chegar a hora de falar-que seja com complacência e Mesiricordia.
Para que cruzadas naquela época antiga né ...
ExcluirLendo esse artigo tenho saudades dos tempos que nao conhecemos: Sao Pio V, convocando a cruzada de Lepanto, esmagando o poderio otomano. Saudades do papa Urbano II que levanta a Europa em armas para libertar o Santo Sepulcro.
ResponderExcluirQue faz o papa Francisco?
“Defender o bem comum implica colocar o agressor injusto na impossibilidade de fazer mal”.
Lembro de um artigo do Prof Plinio Correa de Oliveira, na Folha de Sao Paulo: "Sim, so' por meio de uma Cruzada"
Vejam! O Papa Francisco quebrou o silêncio para defender o Islã!!!
ResponderExcluirExcerto da Rádio Vaticano
Assassinato de Padre Jacques Hamel e “violência islâmica”
Eu não gosto de falar de violência islâmica, porque todos os dias quando leio os jornais vejo violências aqui na Itália: quem mata a namorada, outro que mata a sogra... E estas pessoas são violentos católicos batizados, eh! São católicos violentos… Se eu falasse de violência islâmica, deveria falar também de violência católica. Nem todos os islâmicos são violentos; nem todos os católicos são violentos. É como uma salada de frutas: tem tudo dentro; há violentos dessas religiões. Uma coisa é verdade: creio que em quase todas as religiões exista sempre um pequeno grupo fundamentalista. Fundamentalista. Também nós temos isso. E quando o fundamentalismo chega a matar – mas se pode matar com a língua, e isso o diz o Apóstolo Tiago e não eu, e também com a faca – creio que não seja justo identificar o Islã com a violência. Isto não é justo e não é verdadeiro! Tive um longo diálogo com o Grande Imã da Universidade de al-Azhar e sei o que eles pensam: buscam a paz, o encontro. O Núncio de um país africano me dizia que na capital há sempre uma fila de gente – está sempre cheio! – na Porta Santa para o Jubileu: alguns se detém nos confessionários, outros rezam nos bancos. Mas a maioria vai para frente, avante, para rezar no altar de Nossa Senhora: esses são muçulmanos que querem fazer o Jubileu. São irmãos. Quando estive na Rep. Centro-Africana, estive com eles e o imã também subiu no papamóvel. Pode-se conviver bem. Mas há grupos fundamentalistas. E me pergunto também quantos jovens – quantos jovens! – que nós europeus deixamos vazios de ideais, que não têm trabalho, que usam droga, álcool ou vão lá e se alistam em grupos fundamentalistas. Sim, podemos dizer que o chamado Isis é um Estado Islâmico que se apresenta como violento, porque quando nos mostra a sua carteira de identidade nos mostra como degola os egípcios na costa líbica ou outras coisas. Mas este é um grupo fundamentalista, que se chama Isis. Mas não se pode dizer – creio que não seja verdadeiro e não seja justo – que o Islã seja terrorista.
http://br.radiovaticana.va/news/2016/08/01/papa_no_avi%C3%A3o_n%C3%A3o_identificar_o_isl%C3%A3_com_a_viol%C3%AAncia/1248439
Este papa é mesmo ridículo. Sempre arrumando desculpas para condenar os católicos. Nem parece que ele é católico. Há muitíssimos batizados mas quantos nem sequer sabem o básico sobre a fé católica. É um comentário absurdo. O povo católico está tão passivo que não tem a menor crítica sobre os comentários absurdos que ele faz. Isto é sinal da grande apostasia.
ExcluirLi sobre a comparação do Papa em outra comunidade e fiquei escandalizada. Escandalizada por dois motivos: com a comparação e em perceber que mais de cem pessoas curtiram e se encantaram com a comparação do Papa Francisco que igualou o Fundamentalismo islâmico a um suposto "fundamentalismo católico"?!?!
ExcluirCom todo respeito ao Papa Francisco, mas eu desconheço e o desafio a apontar um único grupo "fundamentalista católico" que persiga, torture, estupre e assassine pelo simples fato de suas vítimas não serem católicos ou não serem cristãos. O relatório Open Doors - 2015 Word Watch List, informa que aproximadamente 100 milhões de cristãos são perseguidos por todo mundo. Proporcionalmente, 90% das nações onde os cristãos sofrem perseguição extrema são islâmicas. Além disso, a perseguição islâmica feita aos cristãos existe atualmente em 40 países como algo que faz parte "dum continuo" - ou tradição - que teve início há 14 séculos atrás. ( Ler Crucified Again: Exposing Islam's New War on Christians ).
Os missionários da Igreja Católica relatam as atrocidades que esses grupos são capazes de fazer. Comparar a violência existente nas sociedades, independente às religiosidades com a violência praticada pelo extremismo islâmico não é uma visão poética, é uma visão, pra dizer no mínimo, injusta para com todas as vítimas desses assassinos.
Nâo é o momento para disseminar críticas injustas ao papa, mas de unirmos nossas forças e "sabedoria" para a paz do mundo, mostrando que o amor vence o ódio. Os que esperam do papa é que ele se revolte, se iguale aos que pregam a violência como forma de revolver conflitos, porém, o papa é o ungido(escolhido) de Deus para estar ali naquele lugar. Deus está no controle e só entende isso os que creem no poder de Deus.
ResponderExcluirQuando houve o atentado na boate em Orlando, Francisco rapidamente expressou seu pesar. Quando há um atentado contra a Igreja (na pessoa deste sacerdote), ele simplesmente se cala. Vergonhoso e absurdo. E ainda fala em paz. Todos querem a paz mas recusam o Senhorio do único que poderia trazer a paz que é Jesus. Claro que as outras denominações não reconhecem a Cristo como Salvador, mas um papa como este, que quer andar de braços dados com as outras religiões inclinando-se para qualquer um, tanto faz Buda, Alá ou Cristo é mesmo o fim. Se o papa não ama a Cristo ou Igreja a qual foi chamado a servir, não vejo motivos para amar o papa.
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