segunda-feira, 16 de março de 2020

Crise e queda do Reino de Maria profetizada em La Salette

Os anjos conduzem as almas santas ao Céu. Detalhe do Juízo Final de Fra Angelico (1395 – 1455), convento de San Marco, Florença
Os anjos conduzem as almas santas ao Céu.
Detalhe do Juízo Final de Fra Angelico (1395 – 1455),
convento de San Marco, Florença
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




continuação do post anterior: Segredo de La Salette: intervenção dos anjos e triunfo inaudito da Igreja




Como vimos no post anterior, em La Salette Nossa Senhora profetizou o fim da maldade dos presentes dias.

Por uma intervenção fulgurante dos santos anjos enviados por Jesus Cristo a iniquidade será enxotada da Terra, não sem grandes cataclismas.

Essa previsão do triunfo da Igreja entra numa harmonia admirável com o Reino de Maria antevisto por São Luís Grignion de Montfort, autor do Tratado da Verdadeira Devoção a Nossa Senhora.

Deus também comunicou a futura vinda desse Reino de Maria a numerosas almas santas que citamos no nosso blog.

Porém, esse Reino de Maria terá seu fim, como toda era histórica. Sua duração não a conhecemos mas estará na dependência da fidelidade dos homens. Quando essa afrouxar, o Reino de Maria será encerrado por nova decadência.


Por isso, continua o segredo:

“Esta paz entre os homens não será longa. Vinte e cinco anos de safras abundantes lhes farão esquecer que os pecados dos homens são a causa de todas as desgraças que sucedem na terra”.

O que significa, em unidades de tempo, que essa época pacífica “não será longa”?



Mélanie esclareceu que essa era de paz duraria um “número bastante grande de gerações”.

Habitualmente se calcula 25 anos por geração. O que seria um “número bastante grande” delas para Mélanie? 20? 30? 40? Ou seja, 500, 750, 1000 anos?

Uma certa imprecisão fica pairando, provavelmente ligada à fidelidade dos homens. Quanto maior for esta, mais longa será a era de paz.

Os “vinte e cinco anos de safras abundantes” sugerem que, na fase final daquela feliz era de catolicismo, haverá anos de extrema abundância, em que tudo estaria tão bem, que parecerá não haver mais necessidade de lutar contra o pecado. Será um engano.

O relaxamento moral tomaria então conta do mundo, num clima enganoso de distensão e abundância mal aproveitada.

Mélanie refere-se a esta transição histórica pouco mais adiante, onde diz:

“Falsa paz no mundo, não se pensará em outra coisa senão em se divertir, os maus se entregarão a toda sorte de pecados”.

O Pe. E. Combe, que conheceu Mélanie nos últimos anos de vida, recolheu as seguintes afirmações da vidente:

Construção de uma catedral em que participam em grande harmonia desde o Papa, cardeais, religiosos, reis, ricos homens e populares
Construção de uma catedral em que participam em grande harmonia
desde o Papa, cardeais, religiosos, reis, ricos homens e populares
“Até o fim do mundo as leis continuarão cristãs. Não haverá perseguição legal.

Durante um número bastante grande de gerações, todos os homens serão bons cristãos.

Mas pouco a pouco eles começarão a se deixar levar pela tibieza, depois pelo esquecimento de Deus, e por fim incorrerão em grandes crimes.

As leis cristãs, que o braço secular terá feito observar com grande severidade, pouco a pouco acabarão por não ter mais aplicação em virtude de uma falsa misericórdia em relação àqueles que as violarão.

Os bons não serão mais protegidos.

“Eles se tornarão o objeto de todas as humilhações, de todas as chacotas. Eles sofrerão muito por causa da sociedade e da opressão dos ruins, e serão pouco numerosos”. (Pe. Gilbert-Joseph-Emile Combe, “Le Secret de Mélanie et la crise actuelle”, Jonquières et Dati, Roma, 1906, págs. 138-139, in René Laurentin et Michel Corteville, “Découverte du secret de La Salette”, Fayard, Paris, 2002, pág. 71)

continua no próximo post: Desgraças nos tempos do Anticristo e heroísmo dos fiéis perseverantes


2 comentários:

  1. Qual é a fonte das afirmações de Mélanie recolhidas pelo Pe. E. Combe?

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    1. A fonte é: Pe. Gilbert-Joseph-Emile Combe, “Le Secret de Mélanie et la crise actuelle”, Jonquières et Dati, Roma, 1906, págs. 138-139, in René Laurentin et Michel Corteville, “Découverte du secret de La Salette”, Fayard, Paris, 2002, pág. 71.
      Lamentamos o lapso e já acrescentamos no post. Grato.

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