Santa Maria de Jesus Crucificado OCD (1846-1878) |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
continuação do post anterior: A destruição de grandes cidades pecadoras como Paris
Santa Maria de Jesus Crucificado OCD (1846-1878), carmelita de Pau e fundadora dos Carmelos de Nazareth e Belém em Terra Santa foi agraciada com numerosas graças místicas.
Uma dela aconteceu na primeira semana da Quaresma de 1876.
Nela, a santa carmelita teve uma visão que concorda com os horizontes históricos futuros desvendados por Nossa Senhora em La Salette.
A Mãe de Deus insiste mais uma vez no pedido de penitência implorado também em Lourdes e Fátima:
“Nosso Senhor tinha em suas mãos um monte de fogo; relata a santa.
“Ele olhava para a França com uma espécie de compaixão e amor; o fogo escorria e caía entre seus dedos, estava prestes a cair por inteiro, mas o Senhor dizia e repetia: “Pede perdão, pede perdão!”
“Pobre França, acrescentava ela, pobre França, se ela soubesse, se ela compreendesse, e sobretudo, se ela quisesse! Deus a ama tanto!“ (Pe. Estrate, Mariam, santa palestina - A vida de Maria de Jesus Crucificado, Téqui éditeur, Paris, 1999, 399 págs., p. 291)
Durante a oitava de Nossa Senhora do Monte Carmelo desse mesmo ano, Sóror Maria interrogava Nosso Senhor sobre a França.
Ela indagava o porquê de Ele não dar a vitória aos bons enquanto os ruins agiam em liberdade.
O Senhor lhe respondeu que Ele próprio que tinha disposto assim as coisas.
E ela acrescentou:
“Eis a comparação que Ele me apresentou:
‘vês esse belo jardim, há toda espécie de frutos e de flores, mas vêm os insetos e toda espécie de animais.
‘Eles picam as flores e a doença toma conta das árvores.
‘É porque Ele encomendou a seus anjos arrancar todas essas árvores” (Pe. Estrate, op. cit., p. 291-292).
Pio IX abençoa o exército pontifício, onde muitos eram jovens franceses, que vai sair para defender Roma do assalto revolucionário. Na Praça de São Pedro |
No mês de agosto de 1875, Sóror Maria mencionou a corajosa luta dos jovens católicos franceses que combateram dando suas vidas no exército pontifício para evitar que os revolucionários invadissem Roma:
“Na semana passada, disse, Nosso Senhor me prometeu uma coisa consoladora para a França:
“que a prova não seria tão ruim como Ele tinha dito, por causa da caridade que a França praticou em favor do Santo Padre [Pio IX].
“Foi a Ele próprio que foi feita, e é por causa disso que Ele poupará os golpes sobre a França. Isso acontecerá, mas não será tão ruim, e só visará purificar a França”. (Pe. Estrate, op. cit., p. 299)
Em 1868, a piedosa carmelita anunciava a guerra franco-prusiana que viria em 1870, cobrindo de luto e vergonha a França e dando azo à explosão comunista da Comuna de Paris:
Durante um longo êxtase em que ela falou do nada da vida, da cegueira dos pecadores, da perda das almas e dos males da Igreja, disse chorando:
“Senhor, tende piedade de nós! Santa Virgem, afastai as desgraças que nos ameaçam.
“Rezai pela Igreja. A guerra chegará logo, como eu vou rezar pela Igreja!“ (Pe. Estrate, op. cit., p. 81)
continua no próximo post: Nosso Senhor mostra a Santa Maria de Jesus Crucificado a conjuração para aniquilar Roma e Paris
emocionante
ResponderExcluirPor um lado ,estas vivências espirituais escolhidas pela Senhora consolam-nos ,por outro leva nos a olhar o mundo ,sobretudo uma Europa desnutrida de Deus .Assusta .Cada vez mais ,esta Europa se desagrega até a própria IGREJA à procura de novos caminhos rejuvenescidos pelo Espírito em nome de Jesus .
ResponderExcluirSou moçambicana como tal aflige-me o sangue inocente que por aquela terra se cobre sem se incomodar .