segunda-feira, 19 de junho de 2023

Exorcistas do mundo apelam a “encher os céus com orações”

O rei do inferno invade a Terra. Em Boston lhe foram abertas as portas
O rei do inferno invade a Terra. Em Boston lhe foram abertas as portas
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







A Associação Internacional de Exorcistas (AIE) pediu aos católicos uma ofensiva que inunde “os céus com orações” para expulsar os demônios que invadiram a Terra por meio do evento satânico “SatanCon 2023”, no hotel Boston Marriott Copley Place em Boston, EUA.

Esse pretendia ser “o maior evento satânico da história”, promovido pela seita que se diz “igreja” Templo Satânico, segundo ACI Digital.

A AIE sublinhou a introdução da noite de Walpurgis que faz parte do calendário das 'festividades' do satanismo de hoje. Dita noite refere-se à reunião das bruxas em desafio a Deus, na véspera de 1º de maio.

O evento satânico incluiu uma série de “conferências, mesas redondas e momentos de entretenimento sobre temas aberrantes para corromper a sociedade, negar a mensagem cristã e de salvação, degradar a condição de criatura dos filhos de Deus e destruir a fé cristã”, disse a AIE.

Santa Marina (Líbano, século VI) modelo de combate ao demônio. Restos venerados na igreja Santa Marina Formosa, Veneza. Icone grego, século XIX
Santa Marina (Líbano, século VI) modelo de combate ao demônio.
Restos venerados na igreja Santa Marina Formosa, Veneza.
Ícone grego, século XIX
O bispo auxiliar de Boston, Mons. Mark William O'Connell, agiu de modo dialogante com os ‘sacerdotes’ de Satanás e apelando a um errado ecumenismo pediu em nome do arcebispo, cardeal Sean O'Malley, que os fiéis não protestem.

Depois de pedir que as igrejas estejam muito atentas a qualquer tentativa de profanação, o bispo auxiliar de Boston incentivou a fazer a oração a São Miguel Arcanjo que o Papa Leão XIII mandou rezar no fim das Missas, e ainda se reza nas tradicionais, mas que foi suprimida nas liturgias modernas:

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede nosso refúgio contra a maldade e as ciladas do demônio.

Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós príncipe da milícia celeste, pelo Divino Poder, precipitai no inferno a Satanás e a todos os espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.

A invasão da Terra pelos demônios não é palhaçada (e não por isso menos prezada por Belzebu e os anjos rebeldes) como pode parecer a “SatanCon 2023”. Ela foi prevista e denunciada muito seriamente por santos e beatos sobretudo no século XIX.

O Bem-aventurado Palau OCD pediu ao Bem-aventurado Papa Pio IX a convocação de todo o clero mundial para uma Cruzada exorcística sob o comando do próprio Papa.

O rei do inferno invade a Terra saíndo do abismo com suas legiões. Tapeçaria d Angers
O rei do inferno invade a Terra saindo do abismo com suas legiões. Tapeçaria d Angers
O Sumo Pontífice o recebeu e pediu a redação de um trabalho que seria submetido ao Concílio Vaticano I que estava prestes a se realizar.

Assim fez o Beato Palau e o escrito foi distribuído entre os padres conciliares. Porém a interrupção de dito feliz Concílio pela guerra franco-prusiana e a invasão de Roma, forçou a dissolução da Assembleia Conciliar e o texto não foi votado.

Inicia aquele escrito intitulado “El Exorcistado” que sobrevive íntegro até nosso dias em que foi republicado, dizendo:

“O inimigo do gênero humano como um leão rugindo procura a quem devorar [1 Pe 5,8].

“Disso nos adverte o Apóstolo; e Pio IX no discurso de abertura do Concilio acrescenta: “Acometeu e continua acometendo à Igreja Santa com raiva e furor à testa de uma formidável propaganda dos ímpios”.

“Ataca, nos diz o Papa Pio IX; e já deu o assalto; ataca e já se romperam as hostilidades; a guerra é um fato histórico; e é horrorosa, porque se jogaram nela por um lado todos os poderes políticos da terra coligados com as potestades do inferno e de outro lado todos os elementos e forças católicas reunidas sob um só Príncipe visível que é o Papa e o invisível que é Cristo”. (Pii IX Pontificis Maximi, Acta. vol. V, pp. 237-240)

No século XX, o renomeado Pe. Gabriele Amorth, lendo este ensaio se sentiu confirmado na decisão de consagrar sua vida ao exorcismo e fundou a referida Associação Internacional de Exorcistas (AIE).

Na aparição de La Salette, Nossa Senhora anunciou: “No ano de 1864, Lúcifer e um grande número de demônios serão soltos do inferno.

“Eles abolirão a fé pouco a pouco, até nas pessoas consagradas a Deus.

“Eles as cegarão de tal maneira que, salvo uma graça particular, adquirirão o espírito desses maus anjos”.
O Beato Cestac viu os demônios invadindo a Terra e Nossa Senhora lhe inspirou uma oração
O Beato Cestac viu os demônios invadindo a Terra
e Nossa Senhora lhe inspirou uma oração

Por volta dessa data o Bem-aventurado Luís Eduardo Cestac (1801 - 1868), fundador das Servas de Maria, escreveu ao seu bispo “ter sido repentinamente atingido como por um raio de luz divina que lhe mostrou demônios se espalhando pela terra, causando uma destruição inexprimível”.

Ao mesmo tempo, a Virgem Maria lhe revelou que o poder dos demônios fora desencadeado em todo o mundo e, curiosamente, usando termos quase idênticos aos de La Salette.

O mesmo Beato Cestac compôs então a oração famosa “Augusta Rainha dos céus” pedindo que Nossa Senhora pusesse fim a essa arrasadora invasão satânica:

“Augusta Rainha dos Céus e Soberana Senhora dos Anjos, Vós que, desde o princípio, recebestes de Deus o poder e a missão de esmagar a cabeça de satanás, humildemente Vo-lo pedimos, enviai as legiões celestes dos santos Anjos a perseguirem por vosso poder e sob vossas ordens os demônios, combatendo-os em toda parte, confundindo-lhes a insolência e lançando-os nas profundezas do abismo!

“Quem como Deus?

“Santos Anjos e Arcanjos, defendei-nos e guardai-nos!

“Ó boa e terna Mãe, sede sempre o nosso amor e a nossa esperança! Amém”.

sexta-feira, 9 de junho de 2023

Na festa da Beata Ana Maria Taigi

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A contemplativa da luta entre a Luz e as Trevas


A Beata Anna Taigi (1769-1837) foi uma alma a quem Deus revelou a luta entre a Revolução e a Contra-Revolução, da qual a fez participar através de um especial devotamento ao Papado.

Em 29 de maio de 1769, na poética Siena, num lar popular rico de tradições cristãs, veio ao mundo uma menina sobre a qual pesariam os destinos da Igreja.

Ao invés da tranquilidade e das consolações decorrentes de uma vida ordeira e laboriosa, ela teve em troca cruzes de extraordinário valor sobrenatural.

O infortúnio financeiro levou seus pais a se mudarem para Roma em busca de melhor sorte. Mas eles logo morreram, deixando Ana Maria órfã numa cidade “estrangeira”, pois Roma e Siena pertenciam na época a países diferentes.

Sem saber ler nem escrever, a jovem foi trabalhar no palácio da nobre família Maccarani, onde conheceu seu futuro marido, Domenico Taigi, pajem no palácio dos príncipes Chigi, na cêntrica Piazza Colonna – hoje sede do primeiro ministro da Itália.

Domenico era trabalhador e sério, mas deu-lhe muita ocasião para praticar a paciência. Tiveram sete filhos, três dos quais morreram em sua primeira infância.

Ana Maria Gesualda Giannetti de Taigi (29/05/1769 – 09/06/1837) foi uma excelente dona de casa, dedicada a todos, apesar de seus exíguos recursos.

Muito piedosa, ingressou na Ordem Terceira da Ordem da Santíssima Trindade – os trinitários – com sede na igreja de San Carlo alle Quattro Fontane.

O sol misterioso

Desde a sua adolescência, Ana Maria foi aquinhoada por Deus com um favor único: o de ter sempre presente diante de seu olho esquerdo um sol, qualificado de “místico”, mas muito voltado para as realidades temporais.

O Pe. Bouffier S.J. nos fala desse sol misterioso onde Deus quis lhe mostrar “os fios secretos dos movimentos do mundo”:
O livro do Pe. Bouffier SJ. Fala-se muito da beata,
mas muitos poucos livros lhe foram dedicados.
E com razão: Deus falou por meio dela coisas graves demais.
“Era uma maravilha ouvir uma boca tão apagada narrar com serena candura as agitações das sociedades, as convulsões dos povos, a derrubada das dinastias, e até nesses grandes acontecimentos da História, os detalhes íntimos e escondidos dos corações que só o olhar de Deus pode penetrar. (...)

“Sob essa luz ela via o estado das consciências, a situação das diversas nações da terra, as revoluções, as guerras, os planos dos governos, as maquinações das sociedades secretas, as armadilhas montadas pelos demônios, os crimes, os pecados, as superstições dos idólatras, os flagelos que Deus havia preparado para punir as prevaricações humanas”.

O sol lhe apareceu pela primeira vez por volta de 1790, quando ela se flagelava em seu pequeno oratório doméstico.

E nunca se afastou de sua vista, acompanhando-a por toda parte, dia e noite, até a sua morte, acontecida 47 anos depois.




Visões da Beata Ana Maria Taigi
concordam com La Salette


Beata Ana Maria Taigi
Após apontar para a decadência moral e o progresso da Revolução anti-crista, no mundo em geral e do clero em particular, Nossa Senhora fez anunciou em La Salette grandes castigos purificadores da terra.

Esses anúncios não são exclusivos de La Salette.

No mesmo século XIX, poucas décadas antes do acontecimento de La Salette, Deus revelou à Beata Ana Maria Taigi esses mesmos castigos.

A comparação é especialmente sugestiva porque não houve contato de nenhuma espécie entre a Beata e os videntes de La Salette.

Mons. Natali anotou as visões em milhares de folhas
Mas, quando haveria de se verificar esse triunfo?

A qual época histórica está reservado saudar esse grandioso acontecimento que tantos fiéis da humanidade toda há muito tempo aguardam?

Eis o misterioso enigma, sobre o qual a Beata Taigi veio deitar, se não me engano, um raio de luz que conforta e tranqüiliza.”

Eis quanto Mons. refere textualmente a respeito dessa profecia:



“Desde os tempos de S.S. o Papa Pio VII, quer dizer no ano 1818, a Serva de Deus descreveu para mim a revolução de Roma e tudo o que aconteceu, e a seguir falou-me muitas vezes, aliás, de um modo muito mais espantoso, dizendo que tinha sido mitigada pelas orações de muitas almas caras a Deus, que se ofereceram a Ele em satisfação da Justiça Divina.

“Porém, ela disse-me que a iniqüidade haveria de avançar triunfante e muitos que se acreditava serem bons teriam tirado a máscara, e que o Senhor queria descobrir a cizânia e que depois Ele teria sabido o que fazer dela.

“Que as coisas estariam de tal maneira convulsionadas que o homem já não seria capaz de as pôr em ordem, mas que Seu braço onipotente haveria de remediar tudo.

“Ela me disse que o flagelo da terra tinha sido mitigado, mas não o do céu que era horrível espantoso e universal.

“Que o Senhor não o tinha dado a conhecer nem às almas por Ele mais amadas nesta terra.

“Que teria chegado inesperadamente e que os ímpios teriam sido destruídos.

“Que antes desse flagelo todas as almas que na sua época tinham fama de santidade deveriam estar todas sepultadas.

“Que numerosos milhões de homens deveriam morrer por obra do ferro, uma parte nas guerras, outra parte em conflitos, e outros milhões de morte imprevista ‒ entenda-se que por todo o mundo.

“Que, em conseqüência, nações inteiras haveriam de voltar à unidade da Igreja Católica, muitos turcos, gentios e hebreus hão de se converter de um modo que surpreenderá aos cristãos que ficarão admirados pelo fervor e observância que mostrarão com sua vida.

“Numa palavra, ela disse-me que o Senhor queria purgar o mundo e Sua Igreja, e para isso ele preparava uma nova safra de almas que, desconhecidas, apareceriam para realizar obras grandes e milagres surpreendentes.

“Ela me disse que depois de que o Senhor tivesse varrido a terra com guerras, revoluções e outras calamidades, haveria de começar o céu e então teria lugar o fim de dito flagelo com uma convulsão geral de fenômenos meteorológicos os mais espantosos e com grande mortalidade.



CLIQUE AQUI e Leia o relato completo na página dedicada exclusivamente à Beata Taigi, famosa por seus dons proféticos


quinta-feira, 8 de junho de 2023

Milagres eucarísticos são incontáveis

O Papa Urbano IV verifica o Milagre Eucarístico de Bolsena e institui a festa de Corpus Christi. Ugolino di Prete Ilario (1330 – 1404), capela do Santo Corporal de Bolsena, catedral de Orvieto
O Papa Urbano IV verifica o Milagre Eucarístico de Bolsena
e institui a festa de Corpus Christi.
Ugolino di Prete Ilario (1330 – 1404),
capela do Santo Corporal de Bolsena, catedral de Orvieto
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Os milagres da Sagrada Eucaristia são incontáveis, embora na maioria dos casos não são conservadas as provas susceptíveis de análise e de crítica científica para exorcizar dúvidas ou recusas.

Em boa parte porque os fiéis acham – e com razão – que não há nada de mais evidente do que a Eucaristia, um milagre permanente, fazer milagres continuamente para o bem dos homens.

Há os milagres materiais que podemos ver com nossos olhos e ouvir com nossos ouvidos. Mas, muito mais numerosos são ainda os espirituais operados no fundo das almas tocadas por uma graça durante uma adoração ou oração diante do Corpo e da Sangue de Jesus.

O site “Infocatólica” quis fazer uma breve lista dos temas dos milagres eucarísticos acontecidos na Espanha e ficou superado pela quantidade dos casos confirmados.

Para ajudar a abrir os olhos de muitos e reforçar sua fé na Presença Real de Jesus Cristo na Eucaristia os apresentou por categorias, que elencamos a seguir, mencionando alguns exemplos dos milagres mais famosos.

1) Dúvidas dos sacerdotes resolvidas durante a Missa, quando as Hóstias consagradas se tornam Carne e o vinho consagrado se transforma em Sangue

Santo Tomás de Aquino, compõe a Liturgia de Corpus Christi, Ugolino di Prete Ilario (1330 – 1404), capela do Santo Corporal de Bolsena, catedral de Orvieto
Santo Tomás de Aquino, compõe a Liturgia de Corpus Christi,
Ugolino di Prete Ilario (1330 – 1404),
capela do Santo Corporal de Bolsena, catedral de Orvieto
Os milagres deste tipo mais clamorosos aconteceram em Ivorra (1010), Gerona (1297), O'Cebreiro (1300), Cimballa (1370), Guadalupa (1420).

2) Milagres após tentativa de profanação do Santíssimo Sacramento

Santa Teresa de Jesus de Avila chegou a se perguntar como Deus podia permitir que seu Santíssimo Corpo e Sangue fossem profanados por hereges, ateus, pagãos, maus sacerdotes e cristãos relaxados.

E ela mesma formulou esta resposta: “mas Vos, Pai Eterno, como consentes? Por que você quer ver seu Filho em mãos tão vis todos os dias?

“Já que uma vez Vos quiseste e permitiste que Ele O fosse, Vós vedes como vai sendo machucado todos os dias?

“E quantas devem fazer hoje a este Santíssimo Sacramento! Em que mãos inimigas o Pai deve vê-lo!” (Caminho da perfeição 33, 3).

O milagre de Bolsena. Francesco Trevisani - 1704 - Basilica di Santa Cristina, Bolsena
O milagre de Bolsena. Francesco Trevisani - 1704
 Basilica di Santa Cristina, Bolsena
Nesse sentido, um dos casos famosos aconteceu na cidade espanhola de Zaragoza, Espanha, em 1427.

Um doutor em leis muçulmano considerado mago disse a uma mulher que roubasse uma Hóstia consagrada para fazer uma poção do amor.

Ela colocou o roubo sacrílego num baú. Mas quando o abriu, encontrou um menino.

O mago disse-lhe para queimar a caixa e trazer-lhe as cinzas. A caixa foi queimada, mas o menino saiu ileso.

Cheios de espanto, eles confessaram o crime, o mago pediu para ser batizado e a criança foi levada em procissão à Catedral.

No dia seguinte, durante a Consagração do bispo, a criança se transformou milagrosamente em Hóstia que o bispo consumiu.

3) Descobertas milagrosas de Hóstias consagradas



São João Vianney explicou que “Ele quer, para o bem das criaturas, que seu Corpo, sua Alma e sua Divindade sejam encontrados em todos os cantos do mundo.

“Para que possamos encontrá-lo quantas vezes quisermos, e assim nele encontramos todo tipo de felicidade.” (Sermão da Quinta-feira Santa)

A hóstia que devia se dissolver começou a transudar sangue e formar tecido (foto acima). Embaixo ampliação
A hóstia que devia se dissolver começou a transudar sangue
e formar tecido (foto acima). Embaixo ampliação.
Santuário de São Jacinto, Legnice, Polônia.
Entre os numerosos e admiráveis milagres deste tipo na Espanha, está o de Alboraya-Almácera, Valencia, em 1348, quando alguns peixes ajudaram a recuperar intactas algumas Hóstias que caíram acidentalmente no rio. Veja a história completa em “Peixes recuperaram as formas eucarísticas”.

Em Ponferrada, León, Espanha, 1533, um homem roubou uma âmbula de prata e o tabernáculo. Tal vez protestante, tentou jogá-lo no rio, mas ficou muito pesado.

Ele o escondeu então entre algumas ruínas. Porém, uma luz saiu do local à noite e os pombos ficaram voando lá durante o dia revelando onde estava.

Alcoy, Valencia, Espanha, em 1568, uma estátua do Menino Jesus apontou para o esconderijo de uma âmbula com hóstias consagradas roubada da igreja.

Milagre eucarístico de Alcoy (Espanha)

.


4) Preservação intacta da Hóstia consagrada durante períodos de tempo ou condições impossíveis


Santo Afonso Maria de Ligório nos ensina que “Jesus Cristo quis permanecer na terra sob a espécie do pão, não só para servir de alimento às almas que o recebem na Sagrada Comunhão, mas também para seja preservado no sacrário e se faça presente a nós, mostrando-nos por este meio tão eficaz o amor que ele tem por nós.” (Visitas ao Ssmo. Sacramento, 2)


Houve casos numerosos: em San Juan de las Abadesas, em 1251 foi guardada uma hóstia na testa de uma estátua de Cristo crucificado num belo conjunto escultórico, onde era adorada.

Com os séculos houve uma decadência na adoração, as imagens se degradaram e o ostensório da testa de Cristo não ficou mais perceptível. Na nossa época – quase nove séculos depois! –foi feita uma restauração que tinha ficado imperiosa.

Descendimento em San Juan de las Abadesas, por volta de 1250
Descendimento em San Juan de las Abadesas, por volta de 1250
Foi identificado então o ostensório da testa muito degradado. Foi extraído e aberto e dentro se achou um linho envolvendo alguma coisa. Removido o pano apareceu uma hóstia em perfeito estado de conservação.

Em Alcalá, Madrid, em 1597 três Hóstias consagradas foram encontradas intactas em um baú escondido. 
 
Em Onil, Valência, em 1824, foram recuperadas num campo de hortaliças após um roubo praticado 119 anos antes, mas se mantinham incorruptas. 
 
E em Silla, Valência em 1907, após desaparecer de modo suspeito do tabernáculo, também foram recuperadas incorruptas até hoje.

5) Mostrar a eficácia da Eucaristia como sufrágio


Santo Tomás de Aquino nos ensina: “este sacramento contém todo o mistério da nossa salvação; por isso é celebrado com maior solenidade que as demais” (Summa Theologica, 3, q. 83, a. 4).


Na abadia de Montserrat, na Catalunha em 1657, uma menina pediu ao abade três missas para seu falecido pai. Na primeira, a menina disse que viu o pai cercado por chamas. Ela tentou lhe passar um lenço, mas esse pegou fogo. Depois da terceira missa, a menina viu o pai subir ao céu.

6) O respeito devido a tudo que entra em contato com a Eucaristia

Os Corporais de Daroca com o Sangue das hóstias
Os Corporais de Daroca com o Sangue das hóstias
O Doutor e Padre da Igreja, São Jerônimo, redator da Bíblia Vulgata nos mostra que “os cálices sagrados e as vestes sagradas, e tudo o que tocou no culto da Paixão do Senhor [na Missa] (...), pelo contato com o Corpo e Sangue do Senhor, devem ser venerados com o mesmo respeito que seu Corpo e Sangue” (Epístola 114).

Em Daroca, no ano 1239, um padre estava celebrando a Missa na véspera de uma batalha contra os muçulmanos, quando foi interrompido por um ataque surpresa dos islamitas, e escondeu os objetos sagrados para evitar a profanação.

No final da batalha, ele encontrou o corporal com manchas de sangue fluindo das Hóstias consagradas. Discutiram os líderes católicos onde seria guardada a prova do milagre.

Decidiram por fim colocar o corporal em um burro até que esse parasse em algum lugar.

O animal deitou no chão em Daroca após 12 dias de caminhada. Leia a história completa em “Daroca: um milagre eucarístico na guerra contra os islâmicos”



segunda-feira, 5 de junho de 2023

O olhar dos santos e o de Nossa Senhora em La Salette

Há 166 anos, em 19 de setembro, Nossa Senhora apareceu em La Salette e deixou uma mensagem
Em 1846, num 19 de setembro, Nossa Senhora apareceu em La Salette e deixou uma mensagem
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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continuação do post anterior: Um comentário sobre o olhar irreproduzível de Nossa Senhora de La Salette



Num 19 de setembro, Nossa Senhora apareceu em La Salette.

Ela deixou uma mensagem da mais alta importância. Essa mensagem, mais conhecida como o Segredo de La Salette, encontra-se transcrita na integridade e em diversas línguas neste blog.

Enquanto Nossa Senhora falava, o magnífico panorama alpino do local se transformou. E as crianças viram nele a efetivação do que Nossa Senhora dizia.

Mas, Nossa Senhora falou também pelo olhar. E disse coisas que as palavras são insuficientes para transmitir.

Mélanie descreveu assim esse olhar de Nossa Senhora:
Olhar de Santa Gemma Galgani
Olhar de Santa Gemma Galgani
“Os olhos da Santíssima Virgem, nossa terna mãe, não podem ser descritos por língua humana.

“Seria preciso um serafim, seria preciso a linguagem do próprio Deus, desse Deus que criou a Virgem Imaculada, obra-prima de sua onipotência.

Olhar de Santa Teresinha
Olhar de Santa Teresinha, OCD
“Os olhos da augusta Maria pareciam mil vezes mais belos que os brilhantes, os diamantes, as pedras preciosas mais procuradas.

“Eles brilhavam como sóis. Eram doces, feitos da própria doçura, luminosos como um espelho.
Olhar de Santa Bernadette Soubirous

“Em seus olhos via-se o Paraíso, eles atraíam a Ela.

“Ela parecia querer dar-se e atrair. Quanto mais eu a olhava, mais a queria ver.

Olhar de São Pio X, Papa
Olhar de São Pio X, Papa
“Quanto mais a via, mais a amava com todas minhas forças.

“Os olhos da bela Imaculada eram como a porta de Deus, de onde se via tudo que pode inebriar a alma.


Olhar de Santa Teresa de los Andes, OCD
Olhar de Santa Teresa de los Andes, OCD
“Quando meus olhos se encontravam com os da Mãe de Deus e minha, sentia dentro de mim uma feliz revolução de amor, uma promessa de amá-la e de me desfazer de amor.

“Quando nos olhávamos, nossos olhos conversavam à sua maneira.

Olhar da Beata Elisabeth de la Trinité, OCD
Olhar da Beata Elisabeth de la Trinité, OCD
“Eu a amava tanto, que teria querido osculá-la entre os olhos.

“Eles enterneciam minha alma e pareciam atraí-la e a fundir com a minha.

“Seus olhos inculcaram um suave tremor em todo o meu ser.
Olhar de São Luís Orione (Don Orione)
Olhar de São Luís Orione (Don Orione)

“Eu temia qualquer movimento que lhe pudesse ser desagradável, por menor que fosse.

“A simples visão dos olhos da mais pura das virgens teria bastado para tornar-se o céu de um bem-aventurado.
Olhar de São João Bosco
Olhar de São João Bosco

“Teria bastado para que uma alma se unisse plenamente com a vontade do Altíssimo, permanecendo assim em meio aos eventos da vida mortal.


“Teria bastado para que esta alma praticasse contínuos atos de louvor, de ação de graças, de reparação e de expiação.
Olhar da Beata Jacinta Marto (vidente de Fátima)
Olhar de Santa Jacinta (vidente de Fátima)

“Esta simples visão concentra a alma em Deus e a torna como uma morta viva que olha todas as coisas da Terra, até as que lhe parecem mais sérias, como se fossem brinquedos de crianças.

Olhar de São Pio de Pietrelcina (Padre Pio)
Olhar de São Pio de Pietrelcina (Padre Pio)
“Ela não desejaria senão ouvir falar de Deus e do que toca na sua glória”.




Enquanto Nossa Senhora falava, no imenso panoarma alpino viam-se os acontecimentos  que Nossa Senhora anunciava e os males que queria evitar para a humanidade pecadora
Enquanto Nossa Senhora falava, no imenso panorama alpino viam-se os acontecimentos
que Nossa Senhora anunciava e os males que queria evitar para a humanidade pecadora
continua no próximo post: As lágrimas da Rainha destronada



segunda-feira, 29 de maio de 2023

Um comentário sobre o olhar irreproduzível de Nossa Senhora de La Salette

Nossa Senhora de La Salette, San Gennaro, Avellino, Itália
Nossa Senhora de La Salette, San Gennaro, Avellino, Itália
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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continuação do post anterior: Nossa Senhora de La Salette e seu indescritível olhar durante a aparição




Os olhos são o resumo da face e a quintessência de toda a expressão do corpo. Como é que se exprimiria a alma de Nossa Senhora na parte de seu corpo santíssimo que é a mais expressiva?

“Os olhos da Santíssima Virgem, nossa terna mãe, não podem ser descritos por uma língua humana.

“Para deles falar, seria preciso um serafim, seria preciso a própria linguagem de Deus, de Deus que formou a Virgem Imaculada, obra prima de seu poder.

Realmente, é o sublime. O próprio do sublime é não poder ser descrito por língua humana.

“Os olhos da augusta Maria pareciam mil e mil vezes mais belos do que os brilhantes, os diamantes e as pedras preciosas.

Mais uma vez ela compara não só as lágrimas de Nossa Senhora, mas também os olhos dEla com cristais, com pedrarias.

“Eram como a porta de Deus de onde se podia ver tudo aquilo que pode encantar a alma.

A expressão é magnífica. Porque na Ladainha se diz: Nossa Senhora Janua caeli, porta do Céu.

E, realmente, Nossa Senhora é a mais clara manifestação de Deus, mais do que qualquer anjo.

E quem olhar, portanto, os olhos de Nossa Senhora, olha a mais alta manifestação de uma alma que é o espelho da justiça de Deus.

Mais transcendente, apenas o olhar de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que não há palavras para falar.

Se a gente pensar nos mil olhares de Nosso Senhor, e acompanhar as cenas do Evangelho pensando no olhar que Ele tinha daria uma meditação dos Evangelhos superabundante, magnífica.

Imaginando como era a Sagrada Face. As duas imagens onde uma meditação assim melhor se possa fazer são o Santo Sudário e o Beau Dieu d'Amiens, que pelo que eu conheça, é a mais bela imagem de Nosso Senhor.

Então continua:

“Somente essa visão dos olhos da mais pura das Virgens seria suficiente para ser o Céu de um bem-aventurado.

Fala da mais pura das virgens e como é que não poderia ser puríssima? Eu tenho impressão que é um olhar castificante.

Quem olhasse esse olhar, poderia ficar casto a vida inteira na hora. Só porque seu olhar conseguiu fitar o olhar imaculadamente puro de Nossa Senhora.

“Seria suficiente para fazer uma alma entrar na plenitude das vontades do Altíssimo, entre todos os acontecimentos que sucedem no curso da vida.

“Quem visse os olhos de Nossa Senhora faria a vontade de Deus para sempre. Seria suficiente para impelir uma alma a contínuos atos de louvor, agradecimento, reparação e expiação.

São os atos de culto: louvor, agradecimento, expiação e reparação.

Quer dizer, bastaria isso para ter tanto o que louvar, tanto que expiar, tanto para reparar, tanto para dar ação de graças, que a vida inteira se passaria nisso.

“Somente essa visão concentra a alma em Deus e a torna como uma morta-viva, que olha as coisas da terra sem importância...

Depois que uma pessoa viu isso não dá importância a mais nada, que só dá importância a não pecar.

Vamos pedir a Nossa Senhora de la Salette que nos dê uma impregnação de algo de todas essas graças na alma.

E que, sobretudo, nós tenhamos a apetência de ver os sagrados olhos e Nossa Senhora no Céu, o espelho de Sua face, espelho de Seu coração.

Imaginem que o Céu fosse só isto: nós, a vida inteira, a eternidade, sentirmos sobre nós, fitados, os olhos de Nossa Senhora. E fitados os olhos divinos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Ainda que não houvesse mais nada, haveria matéria para nós sermos inundados de felicidade eternamente.

Coroação de Nossa Senhora no Céu. Gentile da Fabriano (1370-1427), Museu Paul Getty
Então, para nos dar o desejo do Céu, nós devemos pensar uma eternidade nesses olhos, contendo todas as variedades de expressão, de amor para conosco, de sublimidade, de grandeza de Deus.

Tudo isso pousado sobre nós a nos ver, e a nos analisar, a se embeber em nós, e nós embebidos eternamente neles.

Não precisaria mais nada para a gente ter um imenso desejo do Céu.


(Comentários de Plinio Corrêa de Oliveira, 19/09/66. Sem revisão do autor)


segunda-feira, 22 de maio de 2023

Nossa Senhora de La Salette e seu indescritível olhar durante a aparição


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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continuação do post anterior: Como se apresentou Nossa Senhora em La Salette


Mélanie descreveu assim o olhar de Nossa Senhora, como ela viu na aparição:

“Os olhos da Santíssima Virgem, nossa terna mãe, não podem ser descritos por língua humana.

“Seria preciso um serafim, seria preciso a linguagem do próprio Deus, desse Deus que criou a Virgem Imaculada, obra-prima de sua onipotência.

“Os olhos da augusta Maria pareciam mil vezes mais belos que os brilhantes, os diamantes, as pedras preciosas mais procuradas.

“Eles brilhavam como sóis. Eram doces, feitos da própria doçura, luminosos como um espelho. Em seus olhos via-se o Paraíso, eles atraíam a Ela.

“Ela parecia querer dar-se e atrair. Quanto mais eu a olhava, mais a queria ver. Quanto mais a via, mais a amava com todas minhas forças.

“Os olhos da bela Imaculada eram como a porta de Deus, de onde se via tudo que pode inebriar a alma.

“Quando meus olhos se encontravam com os da Mãe de Deus e minha, sentia dentro de mim uma feliz revolução de amor, uma promessa de amá-la e de me desfazer de amor.

“Quando nos olhávamos, nossos olhos conversavam à sua maneira. Eu a amava tanto, que teria querido osculá-la entre os olhos.

“Eles enterneciam minha alma e pareciam atraí-la e a fundir com a minha.

“Seus olhos inculcaram um suave tremor em todo o meu ser.

“Eu temia qualquer movimento que lhe pudesse ser desagradável, por menor que fosse.

“A simples visão dos olhos da mais pura das virgens teria bastado para tornar-se o céu de um bem-aventurado.

“Teria bastado para que uma alma se unisse plenamente com a vontade do Altíssimo, permanecendo assim em meio aos eventos da vida mortal.

“Teria bastado para que esta alma praticasse contínuos atos de louvor, de ação de graças, de reparação e de expiação.

“Esta simples visão concentra a alma em Deus e a torna como uma morta viva que olha todas as coisas da Terra, até as que lhe parecem mais sérias, como se fossem brinquedos de crianças.

“Ela não desejaria senão ouvir falar de Deus e do que toca na sua glória”.



Vídeo: Uma visita a La Salette





continua no próximo post: Um comentário sobre o olhar irreproduzível de Nossa Senhora de La Salette

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Como se apresentou Nossa Senhora em La Salette

Mélanie e Maximin foram descendo até a Senhora que irradiava luz como um sol
Mélanie e Maximin foram descendo até a Senhora que irradiava luz como um sol
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






continuação do post anterior: Subindo a montanha de La Salette rumo a Nossa Senhora, mas sem sabe-lo!





Mélanie e Maximin se encontravam nesse momento num local mais alto, e foram descendo, de início intrigados e depois maravilhados. Maximin continua:

“Embora estivéssemos a uma distância de uns vinte metros, ouvimos uma voz doce, como se saísse de uma boca próxima de nossos ouvidos, que dizia:

– Avançai meus filhos, não tenhais medo. Estou aqui para vos anunciar uma grande notícia.

O temor respeitoso que nos tinha contido desvaneceu-se. Corremos até ela, como indo a uma boa e excelente mãe”.

A apresentação de Nossa Senhora

Mélanie sempre foi mais meticulosa nas suas descrições. Deixou registrado com mais pormenores o que viu e ouviu. Ela conta:

Mélanie fez o relato mais detalhado do vestido de Nossa Senhora
“O vestido da Santíssima Virgem era branco prateado e todo brilhante. Não tinha nada de material, estava composto de luz e de glória variante e cintilante. Na terra não há expressões nem comparação para usar. (...)

“A Santíssima Virgem tinha um avental amarelo. Por que digo amarelo? Ela tinha um avental mais brilhante que muitos sóis juntos.

“Não era de um pano material, estava composto de glória, e esta glória era cintilante e de uma beleza encantadora. Tudo na Santa Virgem me atraía poderosamente e me inclinava a adorar e a amar meu Jesus em todos os estados de sua vida mortal.

“A coroa de rosas que ela tinha sobre a cabeça era tão bela, tão brilhante, que não dá para se fazer uma ideia.

“As rosas de diversas cores não eram da terra. Era uma reunião de flores que rodeava a cabeça da Santíssima Virgem com forma de coroa. Mas as rosas mudavam e se substituíam, porque do centro de cada rosa saía uma luz tão bela, que fascinava e tornava as rosas de uma beleza esplendorosa.

“Da coroa de rosas subiam raios de ouro e uma grande quantidade de outras florinhas misturadas com brilhantes. O todo formava um belíssimo diadema, que brilhava sozinho mais do que nosso sol na Terra.

Os sapatos (pois é preciso dizer sapatos) eram brancos, mas de um branco prateado, brilhante. Havia rosas em torno deles.

“Essas rosas eram de uma beleza fulgurante. E do centro de cada rosa saía uma chama de luz muito bonita e muito agradável de se ver. Sobre os sapatos havia uma fivela de ouro, não do ouro da Terra, mas de ouro do paraíso”.

Mélanie contou que Maximin tentou pegar uma destas rosas que estavam sob Nossa Senhora, mas nada conseguiu.

As correntes e o crucifixo no peito

A Cruz e o colar de rosas de Nossa Senhora em La Salette.
A Cruz e o colar de rosas de Nossa Senhora em La Salette.
“A Santa Virgem tinha uma belíssima cruz pendurada no pescoço. Essa cruz parecia ser dourada, mas digo dourada para não dizer que era folheada a ouro (...).

“Sobre esta cruz brilhantíssima havia um crucificado. Era Nosso Senhor com os braços estendidos sobre a cruz. Quase nas duas extremidades da cruz, de um lado havia um martelo e do outro uma torquês.

“A cor da pele do crucificado era natural, mas brilhava com grande fulgor. E a luz que emanava de todo seu corpo parecia dardos brilhantíssimos que perpassavam meu coração de desejo de me fundir n’Ele.

“Por vezes Cristo parecia morto. Ele tinha a cabeça inclinada e o corpo estava afastado, como a ponto de cair, se não fosse retido pelos pregos que o seguravam na cruz.

“Outras vezes Cristo parecia vivo. Tinha a cabeça erguida, os olhos abertos, e parecia estar na cruz por vontade própria. E em algumas ocasiões parecia falar”.

Geralmente interpreta-se o martelo como símbolo daqueles que pela sua má vida, pelo menosprezo da Lei divina e até pelo ódio, pregam ainda mais Nosso Senhor Jesus Cristo na cruz.

Nesta concepção a torquês representa aqueles que, pelas suas boas ações, diminuem as dores de Nosso Senhor, e dentro de suas possibilidades tentam despregá-lo da cruz.

“A Santíssima Virgem – lembra ainda Mélanie – tinha duas correntes, uma um pouco mais larga que a outra.

“Da mais estreita estava pendurada a cruz à qual me referi. Essas correntes (é preciso dar-lhes o nome de correntes) eram raios de glória de grande brilho, que não é fixo mas faiscante”.


continua no próximo post: Nossa Senhora de La Salette e seu indescritível olhar durante a aparição