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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
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No best-seller
Ugly as Sin — Feias como o pecado (Sophia Institute Press, Manchester, NH, 2001) — Michael S. Rose, jovem arquiteto americano, doutor em Belas Artes pela Brown University (EUA) apresentou a catedral Notre Dame de Paris como a jóia-da-coroa da Cidade Luz, o verdadeiro epicentro, a alma da capital francesa.
Solene e maternal, ela irradia sua influência a partir da Île de la Cité, como uma grande dama a partir do palácio, no centro do seu feudo.
Ela é a representação do Cristianismo na sua totalidade: desde o império universal de Nosso Senhor Jesus Cristo até os sofrimentos dos precitos no inferno.
Nela, o peregrino percebe a luta entre o bem e o mal, entre o sagrado e o profano, entre o eterno e o passageiro.
Notre Dame, insiste Michel Rose, é arte no sentido mais nobre do termo, é arquitetura da mais alta classe, um “lugar sagrado” que espelha as realidades eternas.
Ela é, antes de tudo, a casa onde Deus habita na Terra. Assim a Idade Média via Deus.
Compreende-se à luz destas considerações, e de muitas mais que podem se fazer e foram feitas, o impacto mundial que provocou o incêndio do telhado de Notre Dame e da queda simbólica de sua agulha em chamas.
Incêndios dessa magnitude e simbolismo aconteceram na história medieval.