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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
continuação do post anterior: La Salette: como começou tudo numa aldeia esquecida dos Alpes
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Na manhã do dia seguinte, 19 de setembro de 1846, data em que Nossa Senhora apareceu, Maximin voltou a acompanhar Mélanie.
Era um dia bonito, o céu estava sem nuvens e o sol brilhava intensamente.
Subiram o morro de La Salette até uma altura de 1.800 metros, sem poderem imaginar o evento sobrenatural que haveriam de testemunhar.
Maximin queria brincar. Ela lhe propôs seu entretenimento preferido: fazer o que ela chamava de paraíso, isto é, uma casinha de pedras toda recoberta de ramalhetes feitos com flores silvestres, que desabrocham naturalmente nas alturas.
Chegando a uma curva do terreno protegida dos ventos, começaram a levantar o paraíso. No local há muita ardósia, pedra que forma placas e se prestava para o brinquedo.
Ali corre um regato chamado Sézia, formado pelo degelo das neves, e que empresta seu nome ao local da aparição. Também surgia uma fonte de água de vez em quando.
Os pastores costumavam levar o gado para beber água dessa fonte, mas desde a aparição, ela vem jorrando sem interrupção. Pode-se beber dela e, por causa disso, muita gente tem recebido graças. Até mesmo milagres têm acontecido.
O paraíso tinha um térreo, que seria a habitação, e um sobrado fechado por uma pedra mais larga.
Eles colheram maços de flores, fizeram coroas floridas e as distribuíram sobre o paraíso. Após muito trabalho nessa construção, o paraíso ficou pronto e todo florido.
Os dois admiraram a obra, mas sentiram sono. Afastaram-se um pouco, deitaram na relva e dormiram.