segunda-feira, 18 de março de 2024

Uma grande razão para rezarmos pelas almas dos falecidos: o Purgatório

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Pensando no bem que podem ganhar nesta data religiosa as almas dos fiéis defuntos -- ente as quais pode haver parentes ou amigos nossos -- reproduzimos a continuação o post Museu das almas do Purgatório 1: uma janela para o além que merece ser mais estudada com estimulante matéria a respeito para rezarmos por essas almas.


Fachada da igreja do Sagrado Coração do Sufrágio

Indo à Basílica de São Pedro pelo Lungotevere – a avenida que bordeja o histórico rio Tibre – o romeiro é surpreso por uma bonita igreja que tem o imponderável de conter algo muito singular.

Não é só o fato de seu estilo neogótico evocar a França e destoar do distendido conjunto arquitetônico romano.

Luminosa, delicada, esguia, sorridente, mas infelizmente fechada boa parte do dia, a igreja do Sagrado Coração do Sufrágio fica a dois quarteirões de Castel Sant’Angelo e da Via dela Conciliazione, que leva direto ao Vaticano.

VER EM GOOGLE MAPS

Perguntei a amigos romanos o que havia nessa igrejinha.

Eles me explicaram – não sem antes me prevenirem de não me espantar – que lá havia um Museu das Almas do Purgatório.

Quer dizer, uma coleção de sinais do além deixados por essas almas, que na maioria das vezes apareceram ardendo internamente a parentes ou irmãos de religião.

Sempre pedindo orações para saírem do Purgatório, onde pagavam penas devidas a seus pecados e irem para o Céu.

A igreja com destaque à direita, no centro Castel Sant'Angelo,
à esquerda sai a Via della Conciliazione rumo a São Pedro
Quando achei o horário certo, ingressei pela igrejinha do Sagrado Coração do Sufrágio naquele inédito museu.

Nele os objetos estão expostos dentro de quadros protegidos por vidros, encostados uns aos outros por causa da exiguidade da sala.

Talvez seja o menor museu do mundo. E, entretanto, pode-se dizer que o tema ao qual se dedica é mais transcendente que o de muitos museus mais ricos e famosos.

Na época, lamentei as parcas informações fornecidas numa simples folha para uso geral dos visitantes. Mas, ainda assim, os testemunhos do além muito me impressionaram.

Interior da igreja
A importância do Museu evidenciou-se ainda mais com a entrevista realizada há pouco por uma TV italiana com o pároco da igreja, o Pe. Domenico Santangini.

Como ela foi feita em italiano, transcrevi todas suas palavras para o português e apresentando-as aqui.

Os singulares objetos que fazem parte do Museu – roupas, madeiras e outros objetos queimados com formas de mãos e outras pelas almas em fogo – merecem serem estudados pela ciência.

Como católicos nada tememos sobre as verdades de Fé envolvidas no caso.

O Purgatório não foi objeto de uma definição solene ex-cathedra, mas são inúmeros os ensinamentos revelados contidos nas Escrituras e não é lícito duvidar de sua existência.

No centro do altar mor, o Sagrado Coração de Jesus recebe as orações
de Nossa Senhora e São José.
Embaixo, as almas do Purgatório se voltam para o anjo e Nossa Senhora
enquanto o sacerdote oferece a Missa pelas almas que purgam.
Se os teólogos discutem sobre ele, é apenas sobre seu lugar e outras circunstâncias que não mudam o fato essencial: o Purgatório existe e por ele devem passar as almas destinadas ao Céu, mas que devem pagar penas por faltas cometidas na Terra.

Diz-se até que a grande Santa Teresa de Jesus teria passado pelo Purgatório para fazer uma genuflexão que não fez certa vez ao atravessar uma capela...

Como sói acontecer, estudos científicos poderiam fornecer detalhes materiais que contribuiriam para compreendermos melhor a realidade desse lugar do além, o qual não está tão longe de nós como poderíamos achar.

Em consequência, nós nos sentiríamos mais convidados a rezar pelas almas que nele estão – quem garante que também nós não poderemos estaremos um dia? – e fazermos uma meditação sobre o destino final de nossa existência.

“Pensa nos teus novíssimos e não pecarás eternamente” (Eclo 7, 40) – ensinam as Escrituras.

Aliás, o caso desse museu não é o único sobre o qual as ciências não se debruçam.

Mas é algo muito concreto, material: as provas estão gravadas com fogo em panos, folhas, livros e móveis que a gente vê com os próprios olhos e que nos abre uma janela para uma imensa realidade.

Eis a transcrição da entrevista do pároco e curador do Museu do Purgatório:


Pe. Domenico Santangini, pároco do Sagrado Coração do Sufrágio, Roma: É certo que o Purgatório existe, embora não seja uma verdade de fé absoluta como o Inferno e o Paraíso. Porém, para a Igreja, é uma realidade autêntica, verdadeira.

Muitos, infelizmente, fingem não acreditar ou não acreditam de fato, por motivos pessoais. Para nós existe.

Como? Por quê?

Porque o homem é pecador e, enquanto tal, para chegar ao Senhor tem necessidade de purificação. E esta passagem das almas boas é obrigatória, uma passagem para ter uma alma limpíssima.

É lógico que o Purgatório é uma passagem para o Paraíso, não pode ser para o Inferno. Porque o Inferno é uma condenação absoluta e imediata.

Nossa Senhora do Carmo resgata almas do Purgatório.
Brooklyn Museum, escola de Cuzco, Peru
Portanto, procuremos descobrir a importância do Purgatório e de rezar muito pelas almas do Purgatório.

Porque, uma vez que estas almas entram no Paraíso, elas podem interceder por nós que estamos aqui embaixo.

Portanto, caros amigos, caríssimos fiéis, permanecei tranquilos e serenos. O Purgatório é uma grande verdade, uma grande realidade que não podemos deixar de reconhecer.

Quando falamos do além, falamos das almas do Purgatório.

Certamente podemos falar do Inferno.

Mas, não cabe a nós estabelecer quem está no Inferno ou no Purgatório. Só o Padre Eterno sabe, por isso nós cristãos de boa fé, quando encomendamos uma Missa pelos defuntos, a encomendamos pelas almas do Purgatório.

As almas santas podem se fazer sentir, “se apresentar” a nós, de muitas maneiras.

Poder ser num sonho, pode ser num elemento exterior, pode ser uma intuição, pode ser algumas vezes uma aparição.

Assim como temos nesta paróquia, existem testemunhos que põem em evidência como as almas do Purgatório pedem a nós, vivos, orações ou Santas Missas para que elas possam ser liberadas dos sofrimentos do Purgatório.

Por que o Purgatório é sofrimento? Por quê? É sofrimento porque ainda não chegaram a Deus. É o sofrimento da separação de Deus. Esta separação cessa quando entram no Paraíso.

Quem pratica o espiritismo não faz outra coisa senão invocar a alma dos mortos, mas, se respondem, esses mortos querem dizer que estão no Inferno.

Porque as almas que estão no Purgatório, embora distantes do Senhor, não se prestam ao nosso jogo humano de invocação, enquanto que as almas do inferno, que já são almas perdidas, como verdadeiros diabos então respondem, para poder atrair outras almas para onde elas estão.

Portanto, o espiritismo é exatamente o oposto da oração ou da aparição dessas almas aos vivos. É exatamente o oposto.
Altar pelas almas do Purgatório. Igreja de São Francisco, Pontevedra, Espanha

O bom cristão não pode não acreditar no Purgatório. Porque se ele não crê no Purgatório não é um verdadeiro cristão, transforma-se quase num pagão. Sim, um pagão.

Jesus nos disse muitas vezes no Evangelho que, no Fim do Mundo, Ele levará ao Paraíso as almas dos justos que dormem o sono da paz. Os levará ao Paraíso. Então, quer dizer que existe esta passagem.

Lógico, há santos que talvez vão direto ao Paraíso. Mas muitas almas, por faltas mais ou menos graves, passam pelo Purgatório.

Mas o espiritismo é uma coisa nefasta, e os cristãos que vão consultar esses charlatões cometem pecado grave, gravíssimo.

Jornalista : E fazer encomendas é pecado?

Pe. Domenico Santangini: É pior ainda. É pior ainda. Por favor, não façam essas coisas. Porque é o demônio que responde, e de fato toma conta da vossa alma.

O demônio é velhaco, velhaquíssimo. Devemos verdadeiramente evitar ir, e dizer aos outros para não fazê-lo – a nossos parentes, amigos –porque, de outro modo, podem comprometer sua alma.

Quando dizemos que alguém vende a alma ao demônio é através dessa via, desse espiritismo, dessas evocações.

Clique aqui para a continuação


segunda-feira, 4 de março de 2024

Cardeal Pie: perseguição atual da Igreja prefigura o Anticristo

Já não é tempo de calar, mas de combater. La Bible historiatus de Pierre [le Mangeur], BnF, Département des manuscrits, Français 155, fol 195r.
Já não é tempo de calar, mas de combater.
La Bible historiatus de Pierre [le Mangeur], BnF,
Département des manuscrits, Français 155, fol 195r.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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sócio do IPCO,
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Perdoai a energia de algumas de minhas palavras.

Pode-se manter o sangue frio diante tudo o que se pratica hoje no mundo?

Será que das profundezas da consciência oprimida dos pastores não saem em certas horas brados que as circunstâncias ordenam que eles expliquem?

Não têm os profetas do Altíssimo o direito de permanecer em silêncio quando a iniquidade parece liberta e supera todos os limites de iniquidade, quando o machado está no pé da árvore secular do papado, quando a moral universal é ridicularizada publicamente, e quando o banditismo parece ter-se tornado o novo direito do povo?

A posteridade não irá nos acusar pelo excesso de nossa prolongada moderação, não recearemos que a autoridade dos grandes doutores nos censure por termos esquecido que os servos de Deus devem conciliar liberdade e submissão? (In Ps. LII, 14) (...)

Chegou o tempo de falar porque o tempo de calar acabou...

Olhando para as nuvens para ver se Cristo não vai aparecer, porque o Anticristo domina a Terra.

Chegou o tempo em que os pastores devem levantar a sua voz, porque Satanás se transformou em anjo de luz. (...)

O combate seria mais fácil contra inimigos declarados. Então não haveria dúvida alguma sobre as intenções dos perseguidores.

É no meio dos suplícios, sob a ameaça da espada, diante dos patíbulos que nós elevaremos a voz.

E os povos, testemunhas de uma perseguição manifesta, viriam a nós para nos seguir como a seus chefes e nos acompanhariam na confissão da verdade: et nos populi tanquam duces suos ad confessionem religionis, intelligentia persecutionis publicæ, comitarentur.

"Agora nós lutamos contra um perseguidor que engana, finge ser cristão" Trinity Apocalypse, Cambridge R.16  010r.
"Agora nós lutamos contra um perseguidor que engana, finge ser cristão"
Trinity Apocalypse, Cambridge R.16  010r.
Mas agora nós lutamos contra um perseguidor que engana, contra um inimigo que não emprega outras armas senão as da astúcia e da sedução.

Digo-te, Constâncio [N.T.: imperador romano fingidamente cristão que secretamente adorava uma deidade pagã. É prefigura de certos inimigos da Igreja], tu batalhas contra Deus, tu golpeias a Igreja, tu sacrificas a religião, tu tiranizas não apenas as coisas humanas, mas as coisas divinas.

Tu finges ser cristão, e tu és um novo tipo de inimigo de Cristo.

Tu antecipas o Anticristo e preludias surdamente seus mistérios de iniquidade.

Em tudo isso, tu és um perseguidor mais refinado que teus predecessores, porque tu operas tanto mal, arrastas tantas deserções e odeias fazer mártires; tu nos tiras a palma dos mortos gloriosos (S. Hilar. contr. Constant., I, A-7).


(Autor: Cardeal Louis-Édouard-François-Desiré Pie (1815 – 1880), “Éloge funèbre des volontaires catholiques morts pour la défense des États de l'Église, prononcé dans la cathédrale de Poitiers, a la suite du service solennel célébré à leur intention, 11 octobre 1860”, in Oeuvres de monseigneur l'évêque de Poitiers, Tomo 4, Bibliothèque Nationale de France)


Notícia histórica do Cardeal Pie


O Cardeal Luis Eduardo Pie (1815 – 1880), foi bispo de Poitiers, França, elevado ao Cardinalato pela brilhante apologia da infalibilidade pontifícia no Concílio Vaticano I. Ele ficou famoso pelo seu “ultramontanismo” [literalmente = além das montanhas, apelativo dado aos franceses defensores do Papado] e pela sua ativa apologia do reinado social de Cristo Rei.

No Grande Seminário de Saint-Sulpice, em Paris, se destacou na polêmica contra os eclesiásticos “galicanos” [defensores de falsas prerrogativas do governo leigo francês, ou “galo”]. Ele foi ardido pregador contra o liberalismo, o relativismo e o livre pensamento condenado pelos Papas.

Em 12 de julho de 1843 escreveu uma carta que definia sua orientação autenticamente católica: “O partido neo-católico liberal é um filho da Revolução; e a Revolução é satânica na sua essência”.

Foi vigário da catedral e vigário geral da diocese de Chartres. Em 28 de setembro de 1849, o Papa Pio IX o nomeou bispo da diocese de Poitiers, ilustrada pelo ensinamento de Santo Hilário, Doutor da Igreja.

Ele resumia sua ação com a frase de São Paulo: instaurare omnia in Christo.

Exerceu grande influência sobre o conde de Chambord, pretendente legítimo ao trono da França. Foi muito hostilizado pelos bispos favoráveis a uma conciliação com o liberalismo positivista anticristão. Esses bispos defendiam um carunchado e insincero “cristianismo moderado”.

O bispo de Poitiers lhes respondia que “o diabo se chacoalha violentamente no seio do cristianismo moderado”, o qual segundo ele, era uma das mais danosas formas de subversão.

Ele tentou influenciar o imperador Napoleão III e lhe abrir os olhos diante do perigo que crescia contra a Igreja e contra a sociedade. Após infrutífera audiência em 15 de março de 1859, Mons. Pie anunciou profeticamente ao chefe de Estado o fracasso de seu reinado. O imperador foi deposto em setembro de 1870 após catastrófica derrota contra a Prússia protestante e iluminista.

Mons. Pie comparava o contrarrevolucionário Papa Pio IX ao próprio Cristo dizendo que o furor do inferno e do laicismo se desencadeou contra o Pontífice. Ele punha no boca do governo francês as insensíveis e cruéis palavras de Poncio Pilatos: Ecce homo !

Ele preveniu bispos e governantes para a vinda não remota do Anticristo preanunciada pela dissolução geral da sociedade cada vez mais liberal.

Mons. Pie foi perseguido e condenado pelo governo. Em 1863, denunciava a perseguição anticristã dizendo:

“O objetivo da Revolução [se referindo em primer lugar à Revolução Francesa de 1789 e seus sucedâneos] é o esmagamento do cristianismo na vida pública, a derrubada da ortodoxia social.

“Destruir os últimos restos do edifício antigo da Europa cristã. E, para que a demolição seja definitiva, abater a pedra angular em volta da qual ainda poderiam se articular os últimos restos subsistentes.

“Eis a obra na qual convergem abertamente as mil vozes da impiedade da nossa geração: a caotização à qual nos assistimos”.

Em 29 janeiro de 1879 foi elevado à dignidade de Cardeal pelo Papa Leão XIII. Roma quis premia-lo pelo seu brilhante atividade no Concílio Vaticano em favor do dogma da infalibilidade pontifícia, felizmente aprovado.

O cardeal Pie – “meu Mestre”, dizia São Pio X – profetizou, e eis aqui alguns textos que é bom redescobrir nestes dias.

A concordância com as mensagens de La Salette e Fátima se impõe por si mesma e dispensa comentários.

(Fonte: verbete Louis-Édouard Pie, Wikipedia, e idem).


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

O grande flagelo predito pelo Venerável Padre Clausi

O Venerável Pe. Bernardo Maria Clausi (1789-1849), da Ordem dos Mínimos
O Venerável Pe. Bernardo Maria Clausi (1789-1849),
da Ordem dos Mínimos
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Um amigo e leitor deste blog nos fez chegar um documento interessante a respeito do futuro da Igreja e da civilização que tanto nos preocupam.

Em atenção à fonte – o jornal vaticano “L'Osservatore Romano” – achamos por bem reproduzir a parte central do artigo “Curiosidades proféticas”.

Sobre tudo considerando que dito artigo foi publicado numa época em que o jornal da Santa Sé era referência solidíssima de ortodoxia doutrinal e rigor jornalístico na difusão da verdade. Em concreto, o artigo saiu à luz em 16 de abril de 1943, pág. 3.

O leitor perceberá logo a utilidade espiritual que se pode tirar da leitura destes anúncios do Venerável Padre Bernardo Maria Clausi (1789 - 1849), frade da Ordem dos Mínimos de São Francisco de Paula, nascido na província de Cosenza, no sul da Itália. 

Os textos recolhidos no Vicariato de Roma foram publicados pela Sua Eminência o Cardeal Patriarca de Veneza Mons. Pietro La Fontaine no longínquo ano de 1886.

A concordância com as mensagens de La Salette – no mesmo século que viveu o santo religioso – e de Fátima no século XX também saltam aos olhos.

Todas essas mensagens de Nossa Senhora e de almas santas dotadas de luzes profética concordam em anunciar um grande castigo regenerador da humanidade pecadora e um esplendoroso e consolador triunfo da Igreja.

Os fatos concretos que estamos vivendo sugerem a iminência dos eventos sobrenaturalmente preanunciados para tempos que há mais de um século pareciam remotos.

“Curiosidades proféticas”


Autor: A. Vardanega, L’Osservatore Romano, 16 de abril de 1943, pág. 3.

A profecia permeia a história da Igreja e é uma de suas prerrogativas. São Gregório Magno define também a função da profecia: iacula quae praevidentur minus feriunt [“os dardos que se preveem ferem menos”], frase que na admonição do antepassado Cacciaguida, Dante traduz assim: “A flechada que foi prevista chega mais lentamente”.

Cardeal Pietro La Fontaine, Patriarca de Veneza, (1860-1935), autor da compilação dos anúncios do Pe Clausi sobre o futuro flagelo divino.
Cardeal Pietro La Fontaine,
Patriarca de Veneza, (1860-1935),
autor da compilação dos anúncios do Pe Clausi
sobre o futuro flagelo divino.
Mas, junto com estes admoestadores e educadores do povo que são os grandes profetas, no seio da Igreja resplandecem outras profecias, difundidas por vezes pela Igreja com toda a autoridade que lhe é própria, surgidas nos silêncios místicos de almas pias, para consolar e admoestar, corrigir e soerguer testemunhos em todas as épocas de vitalidade da Igreja, advertências para quem quer ouvir o significado profundo, fresta aberta para mergulhar no reino da eternidade, apelo feito a todos para a realidade daquele “permanecei atentos” que é o pressuposto fundamental que nos leva a considerar cada instante da vida humana como se fosse o último.

Tais predições são recolhidas avidamente até pelos incrédulos e são por vezes objeto de especulações e interpretações arbitrárias, mas não é o caso de falarmos aqui delas.

Entre os livros do piedoso e grande Patriarca de Veneza Lafontaine [Cardeal Pietro La Fontaine, 1860 – Patriarca de 1915 a 1935], encontra-se um curioso pequeno opúsculo, impresso em 1886 com o imprimatur do cônego Francaro (Pádua 21 de janeiro de 1886) e intitulado “O flagelo predito pelo Venerável Pe. Bernardo Clausi”.

O opúsculo tende a revelar o flagelo que haveria de cair sobre o mundo numa data não definida, mas com detalhes que têm todo o sabor da atualidade.

“Deus, adverte o compilador, já esgotou todos os meios para converter os homens.

“Após tê-los convidado à aproximação com a palavra viva do imortal [Papa Beato] Pio IX, mandou enchentes, terremotos, pragas epidêmicas.

“Mas tudo foi em vão. Agora só nos resta aguardar o grande flagelo predito pelo Venerável Padre Clausi”.

O Venerável Pe Clausi, levava sempre consigo esta imagem a cuja intercessão foram atribuídas muitas graças.
O Venerável Pe Clausi, levava sempre consigo esta imagem
a cuja intercessão foram atribuídas muitas graças.
O Pe. Clausi foi um sacerdote e pregador da Ordem dos Mínimos, nascido em Castello di San Sisto (diocese de Cosenza) em 27 de novembro de 1789, falecido em Paula em 20 de dezembro de 1849 e declarado Venerável pela Igreja.

Eis com quais palavras predisse o flagelo, segundo se depreende de diversos testemunhos recolhidos no Vicariato de Roma em 1861.

“As coisas devem atingir o cúmulo, e quando a mão do homem não puder fazer nada e que tudo parecer perdido, então Deus porá a sua, e tudo se realizará como o raio e será tal a doçura que experimentará cada um no coração, que lhe parecerá degustar as delícias do Paraíso...

“Os próprios ímpios deverão confessar que isso aconteceu pela mão de Deus...

“O flagelo será terrível e concentrado sobre os ímpios; será de um gênero novo e de fato inaudito. O céu e a terra agirão unidos e se converterão grandes pecadores.

“Esse flagelo será geral em todo o mundo, e aqueles que sobreviverão lhes parecerá terem ficado só eles, de tal maneira será terrível”.


Depois afirma que “ele [o Pe. Clausi] já não se encontraria, e que [o flagelo] seria seguido de uma reordenação geral, com grande triunfo da Igreja.

“Bem-aventurados aqueles que se encontrarão naqueles felizes tempos, porque se viverá na verdadeira caridade fraterna.

“Antes que chegue esse flagelo, os males do mundo crescerão de um modo tal que parecerá que saíram os demônios do inferno e os bons viverão num verdadeiro martírio pelas perseguições dos maus...

“Não acrediteis em quem queira definir o tipo de castigo, porque será uma coisa nova que Deus não revelou a ninguém”.

O opúsculo acrescenta também outros testemunhos, como o da venerável Isabel Canori: “Os homens se matarão entre si com uma raiva indescritível”; Sobre as profecias da Beata Isabel Canori a respeito CLIQUE AQUI

ou o de Melânia, a extática de Orla: “Naquele momento acontecerão três dias (dever-se-ia pensar em três anos?) de densas trevas”;

A Beata Anna Maria Taigi, contemporânea do Pe. Clausi, previu que nos dias do flagelo divino “a atmosfera estará empestada pela presença visível dos demônios”
A Beata Anna Maria Taigi, contemporânea do Pe. Clausi,
previu que nos dias do flagelo divino
“a atmosfera estará empestada pela presença visível dos demônios”
e, por fim, o da Venerável Anna Maria Taigi, romana: “A atmosfera estará empestada pela presença visível dos demônios, que se apresentarão sob múltiplas formas”. Sobre as visões e revelações da Beata Taigi a respeito de castigos vindouros CLIQUE AQUI

Para conforto dos bons, o Pe. Clausi repetia diversas vezes que “o flagelo cairá todo sobre os ímpios e será grande, terrível e geral pelo mundo todo, e quem sobreviver a esse flagelo não poderá fazer outra coisa senão rezar...

“Depois desse espantoso caos renascerá a ordem, será feita justiça a todos e o triunfo da Igreja será tal que não terá tido nunca algum outro semelhante”.

“Tudo isso, porém, acrescenta o redator do opúsculo, nós não o damos como simples conjecturas”, e conclui com as fortes palavras do grande Pontífice Pio IX, pronunciadas em 28 de setembro de 1873, e que verdadeiramente têm sabor profético:

“Agora, eu não vos direi que todos estes males passarão dentro de pouco tempo, não vos direi que estamos na véspera da liberação e do triunfo, mas vos direi que Deus se manifestará com certeza, porque Ele é senhor do tempo em que se operará esse prodígio”.


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Explosão de satánico Carnaval na Igreja antevisto pela Beata Isabel Canori Mora

Intolerância da Bem-aventurada Isabel Canori Mora face ao carnaval
Intolerância da Bem-aventurada Isabel Canori Mora face ao carnaval
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
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O jornalista Marco Tosatti teceu valiosas considerações inspirado pela atitude da Bem-aventurada Isabel Canori Mora diante do carnaval.

Glosamos e adaptamos suas reflexões com a mente posta na Beata Isabel a quem com toda admiração e devoção dedicamos uma página especial de nosso blog: “Vítima expiatória pelo Papado, anunciava grandes castigos décadas antes de La Salette e Fátima”.

Pois, tomando contato com seus manuscritos, ficamos especialmente impressionados pela luta sobrenatural em que ela aceitou as dores da reedição da Paixão desferida pelo príncipe das trevas.

Esse tentava, como tenta ainda hoje, afogar a Igreja num infernal lamaçal de irracionalidade, igualitarismo e imoralidade.

Tosatti conta que a Beata Isabel quando casou foi morar com sua nova família na bela casa de seus sogros: o Palazzo Selvaggi na centralíssima Via del Corso.

Ela teve então uma grave preocupação: em fevereiro ela teria que manter as venezianas das janelas fechadas para evitar que suas duas filhas, Mariana e Maria Lucina, vissem os escândalos dos desfiles do Carnaval Romano que aconteciam nessa Via del Corso.

Os romanos se mascaravam de modos estranhos: nobres, ricos, pobres, todos imergiam na febre do caos que, de repente, pagão, misterioso, perturbador, explodia na Cidade Santa e que nessa hora podia se nomear a Cidade da Iniquidade, diz o escritor.

Palazzo Selvaggi (estado atual), onde morou recém-casada
Na escuridão da noite, uma tentação diabólica se escondia sob cada licença material, comenta Tosatti.

Era a antiga festa da febre da Roma pagã, ou seja, fevereiro, tida como festa da malária e da purificação, que mais tarde virou carnaval.

Ateava-se um fogo que se dizia purificador, os pacientes febris (isto é, os que participavam das orgias) ateavam os “moccoletti”, pequenas velas acesas que usavam em brincadeira como símbolo de “cura”.

O Carnaval se comemorava comendo carne e cantando “carne, vale a pena! Carne, adeus!”

Nos inícios do século XIX, época da Beata Isabel, a Roma dos Papas havia retornado infelizmente ao sentido pagão original do carnaval, quer dizer a velha careta do demônio dissimulada sob formas fantasiosas, sempre impuras e hediondas.

As portas se abriam para o mundo da torpeza, que como hoje, punha tudo cabeça para baixo.

A lei do Carnaval romano consistia em pecar contra a Lei Divina
A lei do Carnaval romano consistia em pecar contra a Lei Divina

A lei consistia em pecar contra a Lei Divina, os Mandamentos de Deus. Essa febre durava não só nos dias carnavalescos, mas, sob enganadoras festas, repercutia dissimuladamente o ano inteiro.

Beata Isabel fechava as janelas porque vivia na Comunhão dos Santos em guerra contínua contra o diabo.

Mas, naqueles anos, as seitas secretas se movimentavam à sombra da Basílica de São Pedro como uma febre negra.

Assim o viram misticamente a Beata Isabel e a Beata Ana Maria Taigi. Essas associações soturnas trabalhavam muito para deformar o mundo e lhe dar o rosto que tem hoje. Cfr. Também Beata Ana Maria Taigi : “A contemplativa da luta entre a Luz e as Trevas”

Quer dizer se empenhavam para transformar o belo em feio e o bom em mau.

Maria Lucina, a filha mais nova se tornou-se freira de San Felipe Neri.

Mariana, a filha mais velha, não entendia a mãe, vivia nos novos tempos, queria casar, viver no mundo. E casou, viveu no mundo e antes de morrer, aliás jovem, ela entendeu que sua mãe tinha vivido na verdade. E se arrependeu.

Casar com o mundo, dizia a Beata, é casar com as trevas, virando as costas para a luz.

“Você sabe por que ruim significa ruim?” perguntava a santa progenitora e explicava: “ruim vem do latim captivus e significa prisioneiro”: captivus diaboli, escravo do diabo.

Os homens que correm à procura das faíscas da falsa luz, a de lúcifer, a estrela que brilha sem ser o sol, são escravos do mundo e prisioneiros do diabo.

Esses escolheram orgulhosamente o carnaval, que não é purificação da febre, mas é a imersão no mal, na traição da lei divina.

O demônio é o Rei do Carnaval nas Sodoma e Gomorra hodiernas
O demônio é o Rei do Carnaval nas Sodoma e Gomorra hodiernas,
e até nas fileiras das "cloacas de impureza" eclesiásticas
E o demônio fazia tudo isso em virtude de sua obra-prima de mentira que, como sabemos, consiste em fingir que ele não existe!

Essa falsa luz hoje ilumina a todos multiplicada pelos meios de comunicação, comenta Tosatti.

À noite, cansado de um dia de afazeres, recados e outras perambulações, ligando a Internet, a TV ou o smartphone, o jornalista encontra na telinha o ano todo, o carnaval de um mundo virado às avessas, mergulhado na inversão dos valores da alma, ensinando a torpeza e o horror.

Então o jornalista gosta ainda mais da Beata Isabel, e, cansado de palavras, fecha as novas venezianas que são as telas digitais e vá para a cama.

Os santos sempre bradaram contra o carnaval. Desde Santo Antônio até São Carlos Borromeo e São João de la Salle que comparava os “maus cristãos” do carnaval aos algozes de Jesus Cristo.

Os comparsas? São como os soldados romanos que “lançaram sortes sobre a túnica do Senhor”.

Os personagens noturnos romanos? Parecem “Judas e quem estava com ele quando aproveitaram a noite para capturar Jesus”.

E assim por diante.

O motivo é simples de entender.

A vida cristã é cheia de alegria, é ordeira, comemora em paz e respira no mais fundo da alma porque está unida a Deus.

Por isso Tosatti fecha as venezianas das telas digitais que refletem de maneira direta o que já vê no mundo.

Sim, o mundo é suficiente para mim, escreve , e não quero vê-lo de novo, nem na tela do smartphone, prossegue ele.

O que vejo é suficiente para mim, enquanto penso em Isabel, que agora, Beata, vive a verdadeira vida nas doces mãos do Senhor, enquanto seus nobres restos mortais repousam na bela igreja trinitária de San Carlino alle Quattro Fontane.

Igreja de San Carlino, altar das relíquias da Beata Isabel, Roma.
É refúgio do Carnaval para Tosatti.
E às vezes, quando o meu coração já não aguenta mais, vou até ela na pequena capela que é o último local de descanso dos seus restos terrenos. E com ela meu coração se dilata.

O Rei do Carnaval hoje reina indiscutivelmente até na Igreja que amo como meus olhos.

Lembro de um franciscano chamado Antônio, conta ainda Tosatti, que conheci há muitos anos e a quem ajudei em suas boas ações num mercado para os pobres que instalou na sacristia da sua igreja.

Distribuíamos roupas e sanduíches a todos os pobres que, com cestos e carrinhos, tinham que ouvir missa.

E aquela missa, era bela e lotada por uma variada humanidade que, enquanto esperava por lenços, mantas e chapéus, ouvia sem pestanejar as longas homilias de padre Antônio, que muitas vezes falavam do demônio.

Então um dia, o Padre foi enviado para não sei onde e em seu lugar veio um franciscano moderno que à noite reúne muitos jovens falando sobre sua experiência de casamento ou de trabalho, dando as costas ao tabernáculo.

Fui apenas uma vez. A igreja que estava quente quando havia os pobres do padre Antônio, naquele desvario de modernidade me pareceu fria.

Sim, mesmo na Igreja, o mundo entrou desordenando tudo e pondo tudo ao contrário.

Um pároco que conheço se gaba de ter esvaziado a sua igreja de fiéis e, em uma homilia, caiu acima dos que fazem oração ou puxam o terço, contou ainda o jornalista.

Suas seguidoras me disseram que logo ele será bispo. É a febre que dura desde o carnaval de fevereiro e continua em março e depois na primavera...

Porque o clero incluída sua mais alta hierarquia aparentemente foi engolido pelo fétido vazio da defecção, das “cloacas de impureza” de que falou Nossa Senhora em La Salette, e acabou escurecida por uma luz negra luciferina.

Que a Páscoa do Senhor seja uma verdadeira Ressurreição da Igreja conclui Tosatti. É também nosso voto que emerge como um clamor do mais fundo de nossa alma.



Profecias da Beata Isabel Canori Mora (português)





Profecías de la Beata Isabel Canori Mora (espanhol)






domingo, 24 de dezembro de 2023

Santo Natal e Feliz Ano Novo !

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs


segunda-feira, 23 de outubro de 2023

7 verdades do padre Amorth
sobre a Revolução do diabo contra a Igreja

Madonna del Soccorso  (Nossa Senhora do Socorro), Ascoli Satriano, Itália
Madonna del Soccorso  (Nossa Senhora do Socorro), Ascoli Satriano, Itália
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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A equipe do site Aleteia fez uma oportuna compilação de sete verdades – que poderiam ser mais, obviamente – do experiente lutador contra Satanás padre Gabriele Amorth, exorcista da cidade dos Papas, Roma, falecido rodeado pela admiração de todos.

Elas poderão ser apreciadas por todos os que acompanham os temas que viemos focando em nosso blog Aparição de La Salette e suas profecias relacionados com a participação do chefe dos infernos na grande Revolução anticristã contra a qual Nossa Senhora quis alertar a Cristandade na montanha de La Salette.

Ei-las:

1. Satanás é o tentador desde o princípio dos tempos:

“Satanás é o tentador desde o princípio e é monótono – ele me confirmou isto: usa o mesmo método para tentar o homem, que é livre; usa as suas fraquezas.

“A ação ordinária é tentar; e a extraordinária, e muito rara, é a possessão diabólica”.

2. O diabo é uma pessoa, não uma simples representação do mal:

“Satanás quer que não falemos dele; ele se esconde. O diabo é uma pessoa. Não é só uma mera representação do mal”, disse o pe. Amorth ao canal TV2000.

Em seu livro O último exorcista, o sacerdote reforçou que “não devemos nos esquecer de que o diabo é mentiroso; por isso é necessário relativizar e, se possível, comprovar as respostas dele.

“É preciso comprovar tudo, especialmente um dado fundamental: a origem da vexação ou possessão, quem é o autor do malefício.

“É preciso comprovar porque o demônio pretende semear ódios e rancores; ele pode dizer que foi a sogra, a irmã, a prima ou a tia, e depois se descobre que não era verdade”.
Pe. Gabriele Amorth R.I.P., foi exorcista de Roma
Pe. Gabriele Amorth R.I.P., foi exorcista de Roma

3. O diabo tem medo de Nossa Senhora:

“O diabo tem medo de Nossa Senhora, porque ela é uma criatura nascida sem pecado, humilde e obediente a Deus desde sempre.

“Uma vez eu perguntei ao diabo: ‘Por que você se sobressalta mais quando invoco a Virgem Maria do que quando invoco Jesus?’.

“E a resposta dele: ‘Porque me humilha mais ser derrotado por uma criatura humana do que ser derrotado por Jesus’”.

4. O Estado Islâmico (ISIS) é dirigido por Satanás:

Em 27 de maio de 2015, o exorcista de Roma afirmou, segundo o sacerdote a Fabio Marchese Regona, do Il giornale.it.

“Onde há mal, pequeno ou grande, é sempre o demônio que sugere […]

“Sem dúvida, o ISIS, eu tenho certeza, onde há guerra e destruição está sempre o diabo rindo por trás.

“Deus não permitiria isso jamais, Deus só quer coisas boas.

“E essa gente [do Estado Islâmico] pode também disparar contra o papa sem hesitação…”.

5. O diabo odeia a Igreja católica e adora as seitas:

No livro O último exorcista, o pe. Amorth assegura que as seitas são usadas pelo diabo para atingir os seus objetivos.

“Quando se faz um pacto com Satanás, o próprio diabo reconhece que a única religião verdadeira é a cristã católica, fiel ao papa, e, por isso, as seitas lutam contra ela.

“Toleram a duras penas as outras religiões cristãs, enquanto apoiam religiões falsas.

Madonna del Soccorso (Nossa Senhora do Socorro), Nicolò Alunno (1430 – 1502), Galleria Colonna, Roma
Madonna del Soccorso (Nossa Senhora do Socorro),
Nicolò Alunno (1430 – 1502), Galleria Colonna, Roma
“As seitas costumam se esconder atrás de nomes e objetivos falsos, quase sempre como terapias alternativas à medicina tradicional”.

6. Fé, oração e jejum para combater o diabo:

Em um vídeo de 17 de abril de 2015, voltado aos exorcistas, o pe. Amorth recordou:

“Não valemos nem um centavo se não acreditamos em Jesus”; “a oração e a confissão” são instrumentos irrenunciáveis para um “limpo servidor de Jesus”.

No mesmo vídeo, ele incentiva o jejum a fim de preparar o corpo para as privações que o diabo pode usar para nos tentar.

7. Uma resposta às ameaças do diabo:

Nosso Senhor, afirma ele, concede aos exorcistas e aos batizados “toda a graça para enfrentar e superar o diabo”.

No livro Deus é mais belo que o diabo, ele atesta que cada um pode responder às ameaças do diabo:

Estou envolto no manto de Maria. Que podes fazer contra mim? Tenho ao meu lado o arcanjo São Miguel. Tenta lutar contra ele.

“Tenho o meu anjo da guarda, que vela para que eu não seja tocado; tu não podes fazer nada”.


Mons. Athanasius Schneider: o diabo existe e os impenitentes acabam no inferno (legendado em português)


Bispo auxiliar de Astana, capital do Cazaquistão, responde sobre a existência do demônio, do inferno e dos que vão para lá eternamente. (legendado em português)


terça-feira, 19 de setembro de 2023

La Salette e seu segredo: visão profética até o fim do mundo

Nossa Senhora de La Salette. Fundo explosão atômica
Nossa Senhora de La Salette. Fundo: explosão atômica
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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sócio do IPCO,
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No início do III milênio, pudemos tratar publicamente da mensagem, mais conhecida como Segredo, que Nossa Senhora transmitiu em La Salette, França, no remoto ano de 1846.

Na ocasião não podíamos imaginar a atualidade que iria ganhando essa mensagem a cada dia que passa.

Diversos obstáculos e mal-entendidos históricos fizeram a Santa Sé segurar a divulgação até encontrar os originais do Segredo, extraviado no Arquivo Segredo vaticano.

Felizmente foi redescoberto em 1999 e apresentado em tese de Doutorado, aprovada na prestigiosa universidade romana Angelicum da Ordem Dominicana.

Então todas as dificuldades foram dissipadas e hoje podemos lê-lo na mais plena paz de consciência.

E de fato, o crescente número de fiéis que tomou contato com dito Segredo ficou impressionado com a atualidade candente de seu conteúdo que parece ter sido destinado para nós e para nossa época.

A própria Melania, uma dos videntes que recebeu a mensagem confidenciou que no século XIX em que vivia, após um primeiro impulso de entusiasmo popular, as palavras de Nossa Senhora tinham caído no esquecimento.

Mas ela recomendava não se angustiar com isso, porque a mensagem que parecia “morta” haveria de “ressuscitar” na época para a qual estava destinada e ali sim haveria de se triunfar nas almas de bem a quem está dirigida.

Essa anunciada “ressurreição” parece estar acontecendo neste início de milênio. Este Nosso blog é apenas um exemplo. Não imaginaríamos tanto interesse.

Na montanha de La Salette a Rainha do Céu e da Terra, deu um 1846, dois anos depois da redescoberta do Tratado da Verdadeira Devoção a Nossa Senhora redigido por São Luis Maria Grignon de Montfort, e que na nossa época conhece uma muito merecida difusão e posta em prática por incontáveis católicos.

Por ocasião da aparição única da Mãe de Deus em La Salette, Ela mandou que o segredo fosse tornado público no ano de 1858. E assim foi feito.

Ninguém então sabia que nesse ano Ela, sob o título da Imaculada Conceição, ia se aparecer uma vintena de vezes em Lourdes e inaugurar um torrente de graças e milagres que perdura sem interrupção até hoje.

O santuário de Lourdes é visitado todo ano por milhões de romeiros, e incontáveis réplicas da Gruta de Masabielle local das aparições, foram erigidas em igrejas e locais públicos de todo o planeta.

Não houve apenas uma mera concordância de datas, mas as duas manifestações de Nossa Senhora são como dois elos de uma mesma corrente: La Salette e Lourdes são marcos frisantes de uma série de aparições de Nossa Senhora.

Todas as aparições de Nossa Senhora – falamos obviamente só das autênticas, aprovadas pela autoridade eclesiástica – foram marcadas pela bondade e pelo perdão, convidaram ao enlevo e à veneração pela inefável Virgem Santíssima.

Nessa aparição, como mãe extremosa, deu aos homens um poderoso instrumento sobrenatural para a conversão com uma profunda, suave e atraente mudança de vida: a Medalha Milagrosa.

Por meio dessa Medalha, torrentes de graças desceram e descem sobre os que a usam com devoção.

Em 1846, em La Salette a Mãe de Deus voltou a insistir com bondoso desvelo. Como a mãe que vê o filho se afundar mais e o chama a juízo com um longo e amoroso apelo, mostrando com pormenores como ele está indo mal e todas as desgraças que está atraindo sobre si.

Ainda Ela apareceu em Lourdes no mesmo ano em que o segredo de La Salette se tornoue público: 1858.

Nossa Senhora voltou a aparecer, não mais na França. Desta vez em Fátima, Portugal. Como a mãe que sente que as anteriores admoestações não surtiram efeito no filho transviado.

Rue du Bac, La Salette, Lourdes e Fátima são elos de um processo concatenado de apelos misericordiosos de Nossa Senhora, alertando maternalmente contra a mesma e colossal tragédia histórica.

La Salette, na sua mensagem pública e especialmente no seu segredo, contém a explicação mais extensa e detalhada dos males que atraem os castigos vindouros, como também do perdão celestial prometido para os que fizerem penitência.

La Salette não se limita a nossos tempos. Vai mais longe: descreve um panorama arquitetônico da História que percorre todos os Últimos Tempos e vai até o fim do mundo.

Um apelo como o de La Salette deveria ter sido pregado com toda a força da eloquência sagrada, todo o zelo apostólico, toda a autoridade da Hierarquia eclesiástica.

Porém, o segredo de La Salette foi objeto de uma oposição ativa, felizmente tornada oca no início deste século XXI em que o segredo de La Salette reapareceu em toda sua autenticidade e começou a ser divulgado.

Assim o véu de silêncio foi levantado e o segredo de La Salette ressurge da noite do silêncio, mais expressivo do que nunca neste novo milênio!

Este segredo, caro leitor, agora está em suas mãos falando-lhe o que tal vez não imaginava, mas fazendo sentir a doçura do perdão materno.



Uma visita a La Salette




segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Por que Deus salva imagens, mas permite
que a obra dos homens em volta seja arrasada?

Nossa Senhora do Monte Carmelo, diante da escola do mesmo nome, após o furacão Katrina, New Orleans, EUA, 2005.
Nossa Senhora do Monte Carmelo, diante da escola do mesmo nome,
após o furacão Katrina, New Orleans, EUA, 2005.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
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Com relativa frequência chegam até nós comentários, que tal vez não sejam de fonte católica, mas certamente fazem sentir a necessidade de maior fé.

Esses dizem: se Deus tem poder de impedir que suas imagens, de Nossa Senhora ou dos santos sejam poupadas em catástrofes, por que é que Ele não impede essas mesmas catástrofes poupando seres humanos, suas vidas, suas dores e seus bens também?

Que Deus é esse? conclui a objeção um pouco apressadamente.

Não somos teólogos nem religiosos. Mas o sermão do arcebispo emérito de Nova Orleans (EUA) Mons. Philip M. Hannan para os fiéis flagelados pela gigantesca calamidade provocada pelo furacão Katrina, fornece esclarecedoras respostas.

E por isso a reproduzimos a seguir.

Mons. Philip M. Hannan, arcebispo de Nova Orleans explicou que o pecado causou o castigo divino do do Katrina.
Mons. Philip Hannan, arcebispo de Nova Orleans
explicou que o pecado atraiu o castigo divino.
Também nesse cataclismo histórico a mão de Deus todo-poderoso protegeu imagens de sua predileção e impediu, de modo admirável para os homens, que os elementos desencadeados as destruíssem.

Sobre algumas dessas admiráveis, ou milagrosas de imagens, proteções confira nossa página especial:

Imagens intactas nas catástrofes. Por que?


O sermão explicativo do arcebispo de Nova Orleans


“Tenho pregado nas paróquias locais, disse o arcebispo, e venho dizendo que somos responsáveis perante Deus não apenas pelas nossas ações pessoais, referiu na oportunidade o site LifeSiteNews. 

“Somos também cidadãos de uma nação, e no Antigo e Novo Testamentos está dito que somos co-responsáveis pela sua moralidade.

“Como cidadãos, somos responsáveis pela atitude da nação em questões sexuais, pelo desrespeito aos direitos da família, pelo uso de drogas, pela morte de 45 milhões de crianças abortadas, pelo procedimento escandaloso de alguns sacerdotes.

“Portanto devemos compreender que certamente Deus tem o direito de castigar.

O Sagrado Coração de Jesus foi posto para proteger a casa. E resistiu ao furacão Katrina, Nova Orleans, EUA, 2005.
O Sagrado Coração de Jesus foi posto para proteger a casa.
E resistiu ao furacão Katrina, Nova Orleans, EUA, 2005.
“Se me perguntarem se Deus tinha conhecimento dessa que foi a maior tempestade em nosso país, direi que certamente Ele a permitiu.

“Negá-lo, seria uma tolice tão grande quanto afirmar que Henry Ford não conhecia como funciona o automóvel”.

Estas graves e transcendentes lições religiosas foram dadas por Mons. Philip M. Hannan, de 92 anos, arcebispo emérito de Nova Orleans (EUA), em declarações à TV local.

Ele esteve à frente da diocese durante 23 anos. Agora é diretor da rede católica WLAE TV e Focus Worldwide TV. Ele é tão respeitado na cidade, que foi chamado de “o Papa de Nova Orleans”.

Os fiéis querem conhecer a verdade inteira

Mons. Hannan ficou na cidade durante e após o furacão Katrina, e dedicou-se a socorrer vítimas e visitar as igrejas devastadas.

Segundo ele, o povo “está começando a reagir, afinando com a moral".

Quando ele pregou a noção de castigo, num domingo em Mandeville, diante de 1.000 fiéis, “o povo aplaudiu intensamente. Eles queriam que lhes fosse dita a verdade.

“Atingimos um grau de imoralidade nunca visto, e o castigo foi o Katrina.

“Devemos contar à nossa posteridade como ele foi terrível, para que ela entenda que se tratou de um castigo, o qual deve melhorar nossa moralidade.

“Eu penso que nos corresponde pregar muito fortemente, sinceramente e diretamente que isto foi um castigo de Deus.

“Deus nos deu direitos e tudo o mais. Mas também nos deu deveres. Nós temos que prestar atenção neste castigo. [...]

Nossa Senhora das Graças não foi levada pelas águas que destruíram Nova Orleans.
Nossa Senhora das Graças não foi levada pelas águas que destruíram Nova Orleans.

“Para quem lê seriamente as Escrituras, não há como escapar disso. Todos os que eu conheço, sacerdotes e bispos, acreditam nisso também”.

No arvoredo de um jardim atrás da catedral de Nova Orleans há uma bem conhecida imagem do Sagrado Coração de Jesus com os braços abertos.

As árvores foram arrancadas de vez, mas a imagem ficou miraculosamente em pé. Só perdeu dois dedos, logo recuperados e entregues ao arcebispo emérito.

“Os protestantes ficaram muito impressionados pelo fato de que as árvores caindo não a tivessem derrubado”, explicou o prelado.

Nessa proteção surpreendente pôde-se apalpar mais uma vez que a mão de Deus guiou o arrasador furacão.

Silenciar o castigo divino é gravíssima omissão

Em Fátima, em 1917, Nossa Senhora veio pedir penitência, e até chorou miraculosamente pelo mundo em Nova Orleans, em 1972, por meio de sua imagem.

Pregações destemidas e seriamente fundadas nas Escrituras, como a de Mons. Hannan, atendem ao apelo lancinante de Nossa Senhora.

Também vão ao encontro das necessidades das almas sinceras, predispondo-as a mudar de vida e rumar para o Céu.

Entretanto, não se pode dizer o mesmo daqueles que — leigos, sacerdotes e até altos prelados —, nessas circunstâncias, timbram em pregar que o bom Deus jamais pune. Para onde levam eles as almas?

Seria natural que a mídia, sobretudo a mídia católica, desse proporcionado espaço a declarações como essas, indispensáveis aliás para interpretar o que houve.

Mas fez-se um silêncio como que universal. Da participação de Deus nesse flagelo, nada foi dito.

A imoralidade generalizada e sistemática segue se espraiando sobre a Terra, e a “fumaça de Satanás” – para empregar os termos de Paulo VI – não cessa de penetrar na Santa Igreja.

Em frente da catedral São Luís, Jesus atraiu as árvores que caiam e até perdeu um dedo, Katrina, Nova Orleans, 2005.
Em frente da catedral São Luís, Jesus atraiu as árvores que caiam
e até perdeu um dedo, Katrina, Nova Orleans, 2005.
A pregação do arcebispo emérito de Nova Orleans por certo há de ficar inscrita nos anais da História da Igreja, por sua oportunidade e veracidade.

A imprensa americana fez frequentes alusões à dimensão bíblica da tragédia.

O presidente do Conselho de Nova Orleans, Oliver Thomas, após ouvir uma comparação da situação dos costumes da cidade com os de Sodoma e Gomorra, confidenciou: “talvez Deus vá nos purificar”.
Santo Afonso Maria de Ligório redigiu sermões para serem pregados em tempos de grandes calamidades. Num deles diz:

“Alguns veem os castigos e fingem não vê-los.

“Outros ainda, diz Santo Ambrósio, não querem ter medo do castigo se não veem que já chegou.

“Irmão meu, quem sabe se esta é a última chamada que Deus te faz”.

Quando o pecador reconhece a sua culpa e glorifica a Justiça divina, atrai sobre si as doces e inefáveis torrentes de misericórdia de Nossa Senhora.

Porém, quando se torna indiferente ao castigo, só atrai maiores e mais terríveis punições.

Portanto, a culpa do acontecido não pode ser posta em Deus, mas sim no pecado e na impenitência dos homens.

Mas, as imagens intactas, ou quase, estão aí para nos ensinar que Ele nunca nos abandona até mesmo na hora dos mais impressionantes castigos que Ele envia para nos corrigir e salvar.