Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Quanto mais nós admiramos uma pessoa, mais nós devemos amá-la.
E quanto mais nós a amamos, mais nós devemos ser propensos a admirar as qualidades que Ela tem.
Por causa disso, nos veneramos Nossa Senhora como Mãe ao mesmo tempo sumamente amável e sumamente admirável.
Nossa Senhora aparece fazendo-se admirar pelo título que Ela proclama.
Ela disse a Santa Bernadette Soubirous: “Eu sou a Imaculada Conceição”.
Quer dizer, uma criatura que está numa condição inteiramente superior a todas as outras.
Porque concebida sem pecado original e gozando de uma predileção toda especial de Deus.
De outro lado, Ela pratica milagres dos mais estupendos, numa continuidade e numa importância sem igual história da igreja. E isto é porque Ela quer.
Então Ela se apresenta muito à nossa admiração.
Mas, de outro lado, Ela se apresenta ao nosso amor pela sua caridade, pela sua bondade, pelo interesse na nossa salvação eterna, e pela felicidade dos homens na vida terrena.
Há aí, portanto, esses dois qualificativos que se unem. Aquilo que um falso espírito seudo-democrático e pagão gostaria de separar.
E o princípio de autoridade, na sua mais alta expressão.
Os privilégios d’Ela na sua mais alta categoria e realização não afastam do amor, mas pelo contrário convidam ao amor.
A devoção a Nossa Senhora nos comunica este amor à hierarquia sublime, à desigualdade harmônica.
Ela nos dá indiretamente uma lição de anti-igualitarismo.
Quer dizer, uma lição do oposto do mal que corre pelo mundo em forma de Revolução imoral que ataca a família e a sociedade.
E isso explica episódios de um heroísmo inimaginável em episódios da Idade Média, sobre tudo em combates de cavaleiros cristãos contra invasores representantes do Islã, religião que oferece as mais abomináveis impurezas como prêmio eterno!
(Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, 7/2/65, sem revisão do autor)