Padre João Batista Reus SJ (1868-1947) |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Continuação do post anterior: Pe.Reus: certeza dos fenômenos místicos litúrgicos surpreendentes
O espírito moderno banalizou a Santa Comunhão especialissimamente quando desde o Vaticano II se generalizou o mal costume de qualquer um comungar em qualquer estado inclusive no pecado mortal como se a Santa Comunhão fosse a mera partilha de um pão como outros.
Que diabólico erro!
O Pe. Reus nos deixou o exemplo do contrário: na Comunhão recebemos o Santíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.
E o próprio Deus se encarregou de lhe deixar esta tremenda verdade em evidencia.
Em 11 de setembro de 1942 “na Comunhão ... me vi numa espécie tipo fogo, porém não claro e brilhante como nas outras vezes. Contemplei como que um sol dentro do qual estava a Santíssima Trindade, ...
Santinho piedoso representa o Menino Jesus na Hóstia |
“Quando este sol celestial chegou mais ou menos ao alcance de minhas mãos, de repente, estava brilhante dentro de mim.
“Este é o efeito da Comunhão numa imagem visível: união com a Divina Majestade” (AeD, vol.4, nº3983)
O valor da Comunhão se estende a todo mundo, mesmo aos setores mais decadentes da humanidade pecadora, insistia o santo jesuíta, afastando a interpretação moderna da partilha comunitária.
Pelo “desditado mundo que caiu na desgraça e na miséria”
No Confiteor da Missa de 9 de outubro de 1942 “ofereci ao Divino Pai o precioso Sacrifício de Jesus Cristo para o desditado mundo, que por causa das guerras, [naquela data a II Guerra Mundial atingia um paroxismo] ódio e descrença, caiu na desgraça e na miséria.
Mais um testemunho de líder católico contemporâneo do Pe. Reus
O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira que foi aluno dos jesuítas no Colégio São Luis, na atual avenida Paulista em São Paulo comentou do Pe. Reus:
O Prof. Plinio foi presidente da Junta Arquidiocesana da Ação Católica de São Paulo e manteve estreitas relações com os líderes eclesiásticos e civis católicos do Brasil todo. Tirou da insignificância e dirigiu o jornal “O Legionário” – hoje “O São Paulo” – com difusão nacional.
É uma testemunha privilegiada contemporânea do Pe. Reus e cultivou valiosas amizades com padres jesuítas de São Paulo e também alguns de São Leopoldo.
Pela amizade com alguns noviços ou ex-noviços de São Leopoldo ouviu relatos da vida e dos fenômenos místicos extraordinários do Pe. Reus que corriam de boca em boca.
“Morou e morreu n0 seminário de São Leopoldo, um padre jesuíta de nome Reus, que eu não conheci pessoalmente e que levou uma vida muito apagada em São Leopoldo mas cujo eco não chegou a São Paulo.
“Eu fui largamente contemporâneo dele.
“Ele era mais velho que eu, mas quando ele morreu eu já era homem feito. Mas eu não ouvi falar dele.
“Foi só depois dele morto, aliás um pouco antes de ele morrer, que me falaram dele.
“Quando ele morreu me mostraram a fotografia dele, e ou eu me engano enormemente ou esse padre foi um verdadeiro santo.
“Eu sei que a sepultura dele, que deve ser provavelmente no cemitério de São Leopoldo é visitada continuamente por pessoas que depositam flores, pedem graças, etc., etc. e na minha caixa de relíquias eu tenho uma relíquia indireta dele, um pano que tocou nele.
“Eu osculo metodicamente cada dia uma das minhas relíquias e quando chega a vez do padre Réus eu osculo a dele com uma particular piedade”.
(Anotações de palestra de 12/6/82, sem revisão do Autor)
“Ao rezar: Misereatur vestri – Tenha compaixão de nós, pareceu-me que o Divino Pai derramava a sua misericórdia sobre a dor e a miséria do mundo. "Minha Vida Pública": uma prodigiosa fonte de informação exclusiva para compreender a história do Brasil e da Igreja |
O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira que foi aluno dos jesuítas no Colégio São Luis, na atual avenida Paulista em São Paulo comentou do Pe. Reus:
O Prof. Plinio foi presidente da Junta Arquidiocesana da Ação Católica de São Paulo e manteve estreitas relações com os líderes eclesiásticos e civis católicos do Brasil todo. Tirou da insignificância e dirigiu o jornal “O Legionário” – hoje “O São Paulo” – com difusão nacional.
É uma testemunha privilegiada contemporânea do Pe. Reus e cultivou valiosas amizades com padres jesuítas de São Paulo e também alguns de São Leopoldo.
Pela amizade com alguns noviços ou ex-noviços de São Leopoldo ouviu relatos da vida e dos fenômenos místicos extraordinários do Pe. Reus que corriam de boca em boca.
“Morou e morreu n0 seminário de São Leopoldo, um padre jesuíta de nome Reus, que eu não conheci pessoalmente e que levou uma vida muito apagada em São Leopoldo mas cujo eco não chegou a São Paulo.
“Eu fui largamente contemporâneo dele.
“Ele era mais velho que eu, mas quando ele morreu eu já era homem feito. Mas eu não ouvi falar dele.
“Foi só depois dele morto, aliás um pouco antes de ele morrer, que me falaram dele.
“Quando ele morreu me mostraram a fotografia dele, e ou eu me engano enormemente ou esse padre foi um verdadeiro santo.
“Eu sei que a sepultura dele, que deve ser provavelmente no cemitério de São Leopoldo é visitada continuamente por pessoas que depositam flores, pedem graças, etc., etc. e na minha caixa de relíquias eu tenho uma relíquia indireta dele, um pano que tocou nele.
“Eu osculo metodicamente cada dia uma das minhas relíquias e quando chega a vez do padre Réus eu osculo a dele com uma particular piedade”.
(Anotações de palestra de 12/6/82, sem revisão do Autor)
“Na oferta da Hóstia, eu me vi diante do Divino Pai nas alturas, com o mundo em minhas mãos ... o universo em minhas mãos, rodeado de muitos anjos, que envolvem o sacerdote no santo Sacrifício ...
“como se o amável Salvador fizesse pessoalmente o que antes da Consagração só faz através da mão do Sacerdote, isto é, apresentar o universo ao Divino Pai, para implorar misericórdia” (AeD, vol.4, nº4011)
A Eucaristia atrai a misericórdia para os pecados abissais do mundo
Na 3ª meditação dos Exercícios Espirituais de 1943 focou os conceitos de Peccatum, diluvium – O pecado, o dilúvio.
“Tudo destruído, pela ira de Deus. Portanto, mantenha distância desta ira: Quod pefectus esse sciam, faciam – Farei o que for mais perfeito. (AeD, vol.4, nº4118)
“Na meditação desses conceitos “eu me vi imerso no mundo sobrenatural. ...
“uma visão da luta entre o bem e o mal, da terrível realidade da queda de tantas almas, um grito contínuo dos infelizes condenados e dos levianos da humanidade. ...
“Neste mundo, o sacerdote atua como salvador e mediador, o que é uma tarefa nada fácil.” (AeD, vol.4, nº4122)
O Menino Jesus na Eucaristia
Em 4 de setembro de 1944 “uma encantadora visão tive no êxtase antes da Comunhão. Segurei a santa Hóstia, com o Menino Jesus perceptível, ... vi como o Menino Jesus ergueu a mão e a estendeu a mim. ... Por um instante, tocou de leve o eu coração.
“No entanto ardor, o fogo, a dor na parte tocada foi de tal modo quente e forte, que soltei um suspiro alto, ...essa visão é preciosa, pois ela representa uma prova de que as visões são verdadeiras e me mantém vivo.
“Um resultado final dessa grandiosa graça foi um profundo ato de desprezo de mim mesmo” (AeD, vol.4, nº4741)
Como aparecia certas vezes o Menino Jesus na Missa ao Pe. Reus. (desenho dele) |
Em 7 de outubro de 1944 “apareceu o Menino Jesus” na santa Missa e na festa dedicada à reparação ao Imaculado Coração da Mãe de Deus. Foi essa a razão que prevaleceu. ...
“A minha frente estava deitado o Menino Jesus de maneira visível. Nisso, de repente, ele ergueu os bracinhos para o alto, para a Mãe de Deus, e ela estendeu seus braços em direção do Menino no altar. ...
“Não poderia haver expressão mais bela. Que alegria sente a amável Mãe de Deus, quando a criança, em sua honra, se oferece no altar!” (AeD, vol.4, nº4791)
Continua no próximo post:
Fonte: “Autobiografia e Diário do Padre Reus”, editora Unisinos – Livraria e Editora Pe. Reus, Porto Alegre, 1999, 5 volumes. Fundamentamos estes posts nos cinco volumes desta autobiografia, que citaremos por brevidade como AeD. Em caso de recorrermos a outra fonte, faremos menção completa dela.