segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

O fogo calcinou tudo,
mas o Sagrado Coração de Jesus ficou em pé

Estátua do Sagrado Coração de Jesus, única que sobrou, e em pé, após incêndios florestais em Sevier County, Tennessee (EUA), novembro 2016
Estátua do Sagrado Coração de Jesus, única que sobrou, e em pé,
após incêndios florestais em Sevier County, Tennessee (EUA), novembro 2016
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Jornalistas da rede de TV CNN coletavam fotos das ruínas causadas por pavorosos incêndios florestais que atingiram Gatlinburg e outras cidades vizinhas no estado de Tennessee, EUA.

Foram contabilizados pelo menos treze mortos, mais de cem feridos, por volta de 1.400 edificações destruídas, em consequência do incêndio que um socorrista qualificou de “apocalipse”.

Mas a equipe ficou atônita diante de uma casa no condado de Sevier reduzida a cinzas fumegantes.

Entre os restos calcinados se mantinha de pé uma imagem do Sagrado Coração de Jesus, manifestamente envolvida pelas chamas, mas que seguia apontando para as chamas de amor de Seu Coração que nunca se extinguem.

Os cinegrafistas constataram que a imagem era a única coisa que tinha sobrado da casa.

Na mesma semana, Isaac McCord, funcionário do parque temático local Dollywood, encontrou uma página parcialmente queimada de uma Bíblia. Nela podia se ler um versículo do livro de Joel:

“19. Clamo a vós, Senhor, porque o fogo devorou a erva do deserto, a chama queimou todas as árvores do campo;” (Joel 1,19)

Muitos julgaram ver no fato um sinal da realização próxima da advertência do profeta Joel, acompanhada de um apelo à penitência e à conversão:

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Cabe aos homens sustar o castigo iminente

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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Neste mês de outubro se celebra o 99º aniversário da sexta e última aparição de Fátima 1917 quando aconteceu o milagre do Sol. No próximo ano se comemorará o centenário.

Sabe-se que Nossa Senhora, falando aos três pastorinhos em Fátima. e, mais tarde, manifestando-se à Irmã Lúcia, prenunciou terríveis castigos para a humanidade.

Não é próprio perguntar se as predições de Fátima se vão realizar, pois elas já se estão realizando, e, de outro lado, depende em grande medida de nós, sustar, ainda a esta altura dos fatos, sua inteira realização.


Cabe aos homens sustar o castigo iminente






Nem podemos compreender como se possa duvidar de que as predições de Fátima se estão realizando.

Pois o fato dominante de nossa vida política, o fato que enche todas as páginas dos jornais, e domina todas as preocupações dos estadistas, é precisamente que “a Rússia está espalhando seus erros” no mundo inteiro, trazendo-o com isto num sobressalto cada vez maior, e criando condições sempre mais propicias para a eclosão do mais terrível conflito da história.

É obvio que neste desassossego geral não cabe só à Rússia toda a culpa.

Pois que, se Moscou consegue fazer circular por todo o orbe seus tóxicos ideológicos, é porque estes tóxicos encontram aceitação.

Isto não obstante, não se pode negar que, se por culpa própria o mundo todo está em condições de combustibilidade, é na fogueira moscovita que os incendiários estão acendendo seus fachos, e é dela que saltam as fagulhas incontáveis que em todos os países vão ateando chamas perigosas.

Além disto, as condições presentes já permitem ver a plausibilidade da parte das previsões ainda não cumprida.

O poder de ação da Rússia sobre todo o globo, para provocar uma crise universal profundíssima, e não apenas as crises mais ou menos superficiais e mais ou menos transitórias atuais, é patente.

Que tudo isto terá de degenerar cedo ou tarde em perseguição ao Santo Padre e à Igreja, é patente também.

Que nas convulsões de uma guerra provocada pela Rússia um cataclismo universal pode atingir a humanidade, também é incontestável.

A pergunta correta, sobre as predições, pois, só pode ser esta: se elas se consumarão, e se cairemos no ultimo horror do que elas fazem antever.

A respeito deste ponto, parece-nos que não se tem chamado suficientemente a atenção sobre o caráter condicional das revelações de Fátima.

Nelas se diz com uma clareza solar que estas coisas sucederão se a humanidade não se emendar de seus pecados, e não fizer penitencia.

Assim, a toda a humanidade e a cada homem em particular cabe a possibilidade de suspender ainda agora o castigo que já está em vias de realização.

É só abandonar o pecado e fazer penitencia. Mas, também, se isto não for feito, não adiantarão festas religiosas, nem orações, nem ansiedades nem pânicos. O castigo virá.

É necessário, pois, que a parte preponderante dos pecadores, se não a mais numerosa, faça uma autentica e seria reforma de vida. O que quer dizer esta expressão?

Que, por amor de Deus, ou pelo menos por temor de sua justiça, os homens execrem o pecado, deixem de o apetecer e de o praticar, e passem a viver segundo os Mandamentos.

Uma das condições essenciais para afastar os castigos é esta. Ela deve, pois, ser enunciada claramente, positivamente, sem arroubos inúteis de oratória, nem disfarces ou atenuações de uma falsa prudência humana.

E por isto quem quiser exercer um apostolado inteiramente no que se poderia chamar a “linha de Fátima”, deve falar claramente contra o erro e o pecado, fazer tudo para que eles sejam odiados e repudiados, e incutir o temor da cólera de Deus em todos, especialmente naqueles a quem o amor não possa mover.

Todas as outras condições postas pela mensagem de Fátima não dependem inteiramente de nós. Mas esta indiscutivelmente depende.

Se ela for preenchida, os castigos não se realizarão. Pois tudo leva a crer que Deus poupará o pecador penitente.

O que mais vale?

Perguntar se os castigos virão, quando virão e como virão, ou trabalhar para que não venham? Trabalhemos, portanto.

E caminhemos serenamente pare o futuro, pois, assim, aconteça o que acontecer, seremos daqueles sobre os quais pousará a mão protetora da Rainha do Céu.

Trabalhemos? Basta isto? Não.

É preciso, além da reforma de vida, e do apostolado, também a oração e a penitência. Devemos mortificar-nos para expiar por nós e pelos outros. Devemos rezar, porque a prece move montanhas.

Com este espirito, e munidos de tais propósitos, poderemos cantar com alegria os louvores da Virgem de Fátima. Pois para nós sua mensagem não terá sido vã.

(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, Catolicismo, nº 77, maio 1957)



Sexta e última aparição de Fátima, outubro 1917


A última aparição de Fátima foi assistida por milhares de pessoas. Uma publicação da época
A última aparição de Fátima foi assistida por milhares de pessoas.
Uma publicação da época.
Como das outras vezes, os videntes notaram o reflexo de uma luz e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira:

LÚCIA: “Que é que Vossemecê me quer?”

NOSSA SENHORA: “Quero dizer-te que façam aqui uma capela em minha honra, que sou a Senhora do Rosário, que continuem sempre a rezar o terço todos os dias. A guerra vai acabar e os militares voltarão em breve para suas casas”.

LÚCIA: “Eu tinha muitas coisas para Lhe pedir. Se curava uns doentes e se convertia uns pecadores...”

NOSSA SENHORA: “Uns sim, outros não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados”. E tomando um aspecto triste: “Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor que já está muito ofendido”.

Em seguida, abrindo as mãos, Nossa Senhora fê-las refletir no sol, e enquanto Se elevava, continuava o reflexo da sua própria luz a projetar-se no sol.

Lúcia, nesse momento, exclamou: “Olhem para o sol!”

Três quadros simbólicos dos mistérios do Rosário

Desaparecida Nossa Senhora na imensa distância do firmamento, desenrolaram-se aos olhos dos videntes três quadros, sucessivamente, simbolizando primeiro os mistérios gozosos do Rosário, depois os dolorosos e por fim os gloriosos:

Apareceram, ao lado do sol, São José com o Menino Jesus, e Nossa Senhora do Rosário. Era a Sagrada Família.

A Virgem estava vestida de branco, com um manto azul. São José também se vestia de branco e o Menino Jesus de vermelho claro. São José abençoou a multidão, traçando três vezes o sinal da Cruz. O Menino Jesus fez o mesmo.

Seguiu-se a visão de Nossa Senhora das Dores e de Nosso Senhor acabrunhado de dor no caminho do Calvário.

Nosso Senhor traçou um sinal da Cruz para abençoar o povo. Nossa Senhora não tinha a espada no peito. Lúcia via apenas a parte superior do Corpo de Nosso Senhor.

Finalmente apareceu, numa visão gloriosa, Nossa Senhora do Carmo, coroada Rainha do Céu e da Terra, com o Menino Jesus ao colo.

O milagre do sol

Milhares de presentes viram o Milagre do Sol em 13 de outubro de 1917.
Milhares de presentes viram o Milagre do Sol em 13 de outubro de 1917.
Enquanto estas cenas se desenrolavam aos olhos dos videntes, a grande multidão de 50 a 70 mil espectadores assistia ao milagre do sol.

Chovera durante toda a aparição. Ao encerrar-se o colóquio de Lúcia com Nossa Senhora, no momento em que a Santíssima Virgem Se elevava e que Lúcia gritava “Olhem para o sol!”, as nuvens se entreabriram, deixando ver o sol como um imenso disco de prata.

Brilhava com intensidade jamais vista, mas não cegava. Isto durou apenas um instante.

A imensa bola começou a “bailar”. Qual gigantesca roda de fogo, o sol girava rapidamente.

Parou por certo tempo, para recomeçar, em seguida, a girar sobre si mesmo, vertiginosamente.

Depois seus bordos tornaram-se escarlates e deslizou no céu, como um redemoinho, espargindo chamas vermelhas de fogo.

Essa luz refletia-se no solo, nas árvores, nos arbustos, nas próprias faces das pessoas e nas roupas, tomando tonalidades brilhantes e diferentes cores.

Animado três vezes de um movimento louco, o globo de fogo pareceu tremer, sacudir-se e precipitar-se em zigue-zague sobre a multidão aterrorizada.

Durou tudo uns dez minutos. Finalmente o sol voltou em zigue-zague para o ponto de onde se tinha precipitado, ficando novamente tranquilo e brilhante, com o mesmo fulgor de todos os dias.

O ciclo das aparições havia terminado.

Muitas pessoas notaram que suas roupas, ensopadas pela chuva, tinham secado subitamente.

O milagre do sol foi observado também por numerosas testemunhas situadas fora do local das aparições, até a 40 quilômetros de distância.

(Cfr. II Memória, p. 162; IV Memória, pp. 348 e 350; De Marchi, pp. 165-166; Walsh, pp. 129-131; Ayres da Fonseca, pp. 91-93; Galamba de Oliveira, pp. 95-97, apud (Antônio Augusto Borelli Machado, Fátima, Mensagem de tragédia ou de esperança?, Artpress, São Paulo).


quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Profissão de fé de São Pedro Canísio S.J.:
“abomino Lutero, detesto Calvino, amaldiçoo todos os hereges”

São Pedro Canísio S.J. (1521-1597) Doutor da Igreja chamado “Martelo dos Hereges”.
São Pedro Canísio S.J. (1521-1597).
Doutor da Igreja chamado “Martelo dos Hereges”.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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São Pedro Canísio S. J. (1521-1597), holandês foi o primeiro jesuíta da província alemã da Companhia de Jesus.

É considerado pela Igreja como o segundo mais importante apóstolo da fé católica na Alemanha, após São Bonifácio.

Foi apelidado “Martelo dos Hereges” pela clareza e eloquência com que criticava as posições dos cristãos não católicos. Foi canonizado e proclamado Doutor da Igreja pelo Papa Pio XI em 1925.

Veja mais sobre a vida de São Pedro Canísio em CATOLICISMO.

Assim reza a Profissão de fé do santo e douto jesuíta:


Professo diante de Vós a minha fé, Pai e Senhor do Céu e da terra, Criador e Redentor meu, minha força e minha salvação, que desde os meus mais tenros anos não cessastes de nutrir-me com o pão sagrado da vossa Palavra e de confortar o meu coração.

A fim de que eu não vagasse, errando como as ovelhas transviadas que não têm pastor, Vós me congregastes no seio de vossa Igreja; colhido, me educastes; educado, continuastes a me ensinar com a voz daqueles Pastores nos quais Vós quereis ser ouvido e obedecido como em pessoa pelos vossos fiéis.

Confesso em alta voz, para a minha salvação, tudo aquilo que os católicos sempre acreditaram de bom direito em seus corações.

Abomino Lutero, detesto Calvino, amaldiçoo todos os hereges; não quero ter nada em comum com eles, porque não falam nem ouvem retamente, nem possuem a única regra da verdadeira Fé proposta pela Igreja una santa católica apostólica e romana.

domingo, 30 de outubro de 2016

Lutero pensa que é divino

O sono da razão e da Fé em Lutero e em seus seguidores produziu monstros. Francisco Goya, (1746-1828). Museu do Prado, Madri.
O sono da razão e da Fé em Lutero e em sequazes produziu monstros.
Francisco Goya, (1746-1828). Museu do Prado, Madri.




continuação do post anterior: Lutero não e não



Não compreendo como homens de Igreja contemporâneos, inclusive dos mais cultos, doutos ou ilustres, mitifiquem a figura de Lutero, o heresiarca, no empenho de favorecer uma aproximação ecumênica, de imediato com o protestantismo, e indiretamente com todas as religiões, escolas filosóficas etc.

Não discernem eles o perigo que a todos nos espreita, no fim deste caminho, ou seja, a formação, em escala mundial, de um sinistro supermercado de religiões filosofias e sistemas de todas as ordens, em que a verdade e o erro se apresentarão fracionados, misturados e postos em balbúrdia?

Ausente do mundo só estaria – se até lá se pudesse chegar – a verdade total; isto é, a fé católica apostólica romana, sem nódoa nem jaça.

Sobre Lutero – a quem caberia, sob certo aspecto, o papel de ponto de partida nessa caminhada para a balbúrdia total – publico hoje mais alguns tópicos que bem mostram o odor que sua figura revoltada espargiria nesse supermercado ou melhor, nesse necrotério de religiões, de filosofias, e do próprio pensamento humano.

Segundo em anterior artigo prometi, tiro os da magnífica obra do padre Leonel Franca S.J., “A Igreja, a Reforma e a Civilização” (Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 3ª ed., 1934, 558 pp.).

Elemento absolutamente característico do ensinamento de Lutero é a doutrina da justificação independente das obras.

Em termos mais chãos, que os méritos superabundantes de Nosso Senhor Jesus Cristo só por si asseguram ao homem a salvação eterna.

De sorte que se pode levar nesta terra uma vida de pecado, sem remorsos de consciência, nem temor da justiça de Deus.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Lider Protestante: “o Papa Francisco
está se movendo rumo a um novo modelo de papado”

Papa Francisco recebe luteranos com estátua do heresiarca no Vaticano.
Papa Francisco recebe luteranos com estátua do heresiarca no Vaticano.
Roberto de Mattei
(1948 - )
professor de História,
especializado nas ideias
religiosas e políticas no
pós-Concilio Vaticano II.




O início do centenário das aparições de Fátima, em 13 de outubro de 2016, foi enterrado sob um manto de silêncio.

Nesse mesmo dia, o Papa Francisco recebeu mil “peregrinos” luteranos na Sala Paulo VI, enquanto no Vaticano era homenageada uma estátua de Martinho Lutero.

Como isso poderá repercutir na História próxima? O que nos aguarda em 2017?

O artigo a seguir do Professor Roberto de Mattei fornece importantes informações não difundidas na impressa brasileira.



Duas celebrações se sucederão em 2017: os 100 anos das aparições de Fátima, ocorridas entre 13 de maio e 13 de outubro de 1917, e os 500 anos da revolta de Lutero, iniciada em Wittenberg, Alemanha, em 31 de outubro de 1517.

Mas no próximo ano ocorrem também dois outros aniversários, dos quais se fala menos: os trezentos anos da fundação oficial da maçonaria (Londres, 24 de junho de 1717) e os cem anos da Revolução russa de 26 de outubro de 1917 (no calendário juliano, em uso no império russo; no dia 8 de novembro, segundo o calendário gregoriano).

No entanto, entre a Revolução protestante e a comunista, passando pela Revolução francesa, filha da maçonaria, corre um ininterrupto fio vermelho que Pio XII, no famoso discurso Nel contemplare, de 12 de outubro de 1952, resumiu em três fases históricas, correspondentes ao protestantismo, ao iluminismo e ao ateísmo marxista:

“Cristo sim, a Igreja não. Depois: Deus sim, Cristo não. Finalmente, o grito ímpio: Deus está morto; ou antes, Deus nunca existiu.”

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Lutero: não e não

Com Lutero no centro, a assembleia dos heresiarcas protestantes concordou num ponto especialmente blasfemo: o homem peca por vontade de Deus
Com Lutero no centro, a assembleia dos heresiarcas protestantes
concordou num ponto especialmente blasfemo: o homem peca por vontade de Deus!





Tive a honra de ser, em 1974, o primeiro signatário de um manifesto publicado em cotidianos dos principais do Brasil e reproduzido em quase todas as nações onde existiam as então onze TFPs.

Era seu titulo: “A política de distensão do Vaticano com os governos comunistas – Para a TFP: omitir-se? Ou resistir?” (cfr. “Folha de S.Paulo”, 10-4-74).

Nele, as entidades declararam seu respeitoso desacordo face à “ostpolitik” conduzida por Paulo VI, e expunham pormenorizadamente suas razões para tanto. Tudo – diga-se de passagem – expresso de maneira tão ortodoxa que ninguém levantou a propósito qualquer objeção.

Para resumir numa frase, ao mesmo tempo toda a sua veneração ao Papado e a firmeza com a qual declaravam sua resistência à “ostpolitik” vaticana, as TFPs diziam ao Pontífice:

“Nossa alma é Vossa, nossa vida e Vossa. Mandai-nos o que quiserdes só não nos mandeis que cruzemos os braços diante do lobo vermelho que investe. A isto nossa consciência se opõe”.

Lembrei-me desta frase com especial tristeza, lendo a carta escrita por João Paulo 2º ao cardeal Willebrands (cfr “L'Osservatore Romano”, 6-11-83), a propósito do quingentésimo aniversário do nascimento de Martinho Lutero, e assinada no dia 31 de outubro p.p. data do primeiro ato de rebelião do heresiarca, na Igreja do castelo de Wittenberg.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

O Pe. Gabriele Amorth, famoso exorcista,
partiu para a eternidade

O Pe. Gabriele Amorth, exorcista da diocese de Roma
O Pe. Gabriele Amorth, exorcista da diocese de Roma
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Agência Boa Imprensa – ABIM



Em 16 de setembro [2016], aos 91 anos de idade faleceu o Exorcista da diocese de Roma, que sempre alertou a respeito do perigo da crescente ação diabólica na atualidade.

Em memória do Revmo. Pe. Gabriele Amorth transcrevemos a seguir uma importante entrevista que ele concedeu com exclusividade para a revista Catolicismo e publicada em sua edição Nº 596, de agosto de 2000.

O Padre Gabriele Amorth, da Pia Sociedade de São Paulo é muito apreciado por seus livros sobre Nossa Senhora e sua atividade apostólica jornalística. Seu programa na Radio Maria peninsular contava com 1.700.000 ouvintes.

O Pe. Amorth tornou-se mundialmente conhecido com o lançamento de sua obra Um exorcista conta-nos, em 1990. Tal obra alcançou notável êxito editorial na Itália, tendo sua tradução portuguesa obtido várias edições.

A partir de então, a mídia internacional vem focalizando a atuação desse sacerdote, nomeado Presidente da Associação Internacional dos Exorcistas.

Solicitadíssimo por inúmeras pessoas necessitadas de amparo contra as insídias diabólicas, o Pe. Amorth exerce intenso e extenuante trabalho apostólico.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

“Cara e coroa” religioso do terremoto da Itália

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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O terremoto que assolou a Itália central no mês de agosto deixou diversas lições, nem sempre bem focalizadas na mídia e nas redes sociais.

Mais uma vez, a Providência fez sentir sua mão protetora sinalizando aos homens por onde passa a via da salvação: a mediação universal de Nossa Senhora, maternalmente extremosa nos momentos da maior dificuldade e dor.

Em Pescara del Tronto, uma das cidades mais devastadas pelo sismo, uma imagem da Virgem Maria permaneceu intacta em meio à destruição geral.

Logo depois da catástrofe, a imagem da Mãe de Deus foi encontrada íntegra entre os escombros.

Ela era cultuada habitualmente num nicho de cristal suspenso a dois metros de altura, voltado para a rua, como é frequente na Itália.

Ela ficou intacta, apesar da violência do abalo, e não é o primeiro caso registrado em terremotos, furacões e tsunamis no que vai do século XXI.


As tão repetidas e admiráveis circunstâncias não nos permitem duvidar da intervenção providencial nesses fatos.

Eles nos estimularam a criar uma página especial, aonde estamos recolhendo notícias sobre esses sinais milagrosos, esperançosos e fora do comum:

CLIQUE AQUI Imagens intactas nas catástrofes. Por quê?

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Cardeal Pie: dever dos cristãos vendo a Igreja assediada pelos maus

Tapeçaria do Apocalipse. Castelo de Angers, França.
Tapeçaria do Apocalipse. Castelo de Angers, França.
Luis Dufaur
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“Eu quero dizer bem forte, meus filhos, que hoje mais do que nunca a força principal dos maus está na fraqueza dos bons, e o nervo de Satanás entre nós é o esvaziamento do cristianismo nos cristãos. (...)

“A grande provação estará próxima, estará longe – ninguém o sabe, e não ouso fazer vaticínios a esse respeito, pois estou de acordo com Bossuet quando diz: ‘Eu tenho medo de pôr minhas mãos sobre o futuro’”. (Explication de l'Apocalypse, cap. 20. Edit. Lebel, T. m, p. 478).

Mas o certo é que, na medida em que o mundo se aproxima de seu final, os maus e os sedutores terão sempre mais vantagem: Mali autem et seductores proficient in pejus (II Timoth., III, 13).

Não se encontrará quase mais Fé sobre a terra” (Luc., XVIII, 8), ou seja, ela terá desaparecido quase completamente de todas as instituições terrenas.

Os próprios fiéis apenas ousarão fazer profissão pública e social de sua Fé. Divisão, separação, divórcio das sociedades em relação a Deus: isso é o que nos é dado ver por São Paulo como um sinal precursor do fim que irá se consumando dia a dia: nisi venerit discessio primum (II Thessal. ,I, 3).

A Igreja, sociedade visível, sem dúvida ficará cada vez mais reduzida a proporções meramente individuais e domésticas.

Ela, que em seu início dizia: “O espaço me fica estreito, abri espaço para mim onde eu possa morar”: Angustus est mihi locus, fac spatium mihi ut habitem (Is., XLIX, 20), verá seu terreno disputado palmo a palmo; será sitiada, assediada por toda parte; tão grande como foi através dos séculos, tentar-se-á reduzi-la na mesma proporção à pequenez.

Por fim, haverá para a Igreja na terra como que uma verdadeira derrota: “será dado à besta fazer a guerra aos santos e vencê-los” (Apoc., XIII, 7). A insolência do mal atingirá o auge.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Cardeal Pie: no dia em que o Papado
parecerá sucumbir nas mãos do mal

O Cardeal Pie, bispo de Poitiers, teve luzes proféticas.
O Cardeal Pie, bispo de Poitiers, teve luzes proféticas.
Luis Dufaur
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Notícia histórica do Cardeal Pie


O Cardeal Luis Eduardo Pie (1815 – 1880), foi bispo de Poitiers, França, elevado ao Cardinalato pela brilhante apologia da infalibilidade pontifícia no Concílio Vaticano I. Ele ficou famoso pelo seu “ultramontanismo” [literalmente = além das montanhas, apelativo dado aos franceses defensores do Papado] e pela sua ativa apologia do reinado social de Cristo Rei.

No Grande Seminário de Saint-Sulpice, em Paris, se destacou na polêmica contra os eclesiásticos “galicanos” [defensores de falsas prerrogativas do governo leigo francês, ou “galo”]. Ele foi ardido pregador contra o liberalismo, o relativismo e o livre pensamento condenado pelos Papas.

Em 12 de julho de 1843 escreveu uma carta que definia sua orientação autenticamente católica: “O partido neo-católico liberal é um filho da Revolução; e a Revolução é satânica na sua essência”.

Foi vigário da catedral e vigário geral da diocese de Chartres. Em 28 de setembro de 1849, o Papa Pio IX o nomeou bispo da diocese de Poitiers, ilustrada pelo ensinamento de Santo Hilário, Doutor da Igreja.

Ele resumia sua ação com a frase de São Paulo: instaurare omnia in Christo.

Exerceu grande influência sobre o conde de Chambord, pretendente legítimo ao trono da França. Foi muito hostilizado pelos bispos favoráveis a uma conciliação com o liberalismo positivista anticristão. Esses bispos defendiam um carunchado e insincero “cristianismo moderado”.

O bispo de Poitiers lhes respondia que “o diabo se chacoalha violentamente no seio do cristianismo moderado”, o qual segundo ele, era uma das mais danosas formas de subversão.

domingo, 31 de julho de 2016

Dói o silêncio do Papa

No fundo: a igreja de Saint-Etienne du Rouvray, cenário do sacrílego crime islâmico. Na frente: crucifixo na igreja de St-Vincent em Baux-de Provence.
No fundo: a igreja de Saint-Etienne du Rouvray, cenário do sacrílego crime islâmico.
Na frente: crucifixo na igreja de St-Vincent em Baux-de Provence.
Roberto de Mattei
(1948 - )
professor de História,
especializado nas ideias
religiosas e políticas no
pós-Concilio Vaticano II.




O primeiro mártir do Islã em terra da Europa tem um nome.

É o padre Jacques Hamel, assassinado enquanto celebrava a Santa Missa no dia 26 de julho, na igreja paroquial de Saint-Etienne-du-Rouvray, na Normandia.

Dois muçulmanos exaltando o Islã invadiram a igreja, e depois de tomar alguns fiéis como refém, degolaram o celebrante e feriram gravemente outro fiel.

Sobre a identidade dos agressores e o ódio anticristão que os moveu não pairam dúvidas.

Em sua agência de notícias Amaq, o Estado Islâmico definiu os dois assaltantes de “nossos soldados”.

O nome de Jacques Hamel se soma ao de milhares de cristãos que todos os dias são queimados, crucificados, decapitados em ódio à sua fé.

Mas o massacre de 26 de julho marca uma guinada, porque é a primeira vez isso que acontece na Europa, lançando uma sombra de medo e consternação nos cristãos do nosso continente.

Obviamente não é possível proteger 50.000 edifícios religiosos na França, e um análogo número de igrejas, paróquias e santuários na Itália e em outros países.

Cada sacerdote é objeto de eventuais ataques, destinados a se multiplicarem, sobretudo após o efeito emulativo engendrado por esses crimes.

“Quantas mortes são necessárias, quantas cabeças decepadas, para que os governos europeus compreendam a situação em que se encontra o Ocidente?”perguntou o cardeal Robert Sarah.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Pe. Jacques Hamel R.I.P.: o crime revelador do Islã,
e não só do Islã...

Padre Jacques Hamel R.I.P., degolado na Missa por imigrantes islâmicos
Padre Jacques Hamel R.I.P.,
degolado na Missa por imigrantes islâmicos
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
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Vivamente impactados pelo brutal e sacrílego assassinato do Pe. Jacques Hamel, oferecemos a nossos leitores uma tradução livre do inteligente e vibrante comentário de Antoine Burckhardt publicado em seu blog Civilisation Chrétienne. 



O martírio do Pe. Hamel: o tormento dos cristãos orientais agora é o nosso


A ameaça se realizou. Um padre foi degolado por muçulmanos enquanto celebrava a missa. Isso não aconteceu no Iraque, na Nigéria ou no Paquistão, mas numa pequena cidade da Normandia, sob o céu macio da nossa França como diz a canção.

Alguns estão atônitos face ao horror e se perguntam: por que nós? Por que um padre? Por que um homem de 86 anos?

E eles não saem do atordoamento: o padre Hamel mantinha relações amigáveis com a comunidade muçulmana. A mesquita de Saint-Etienne du Rouvray foi construída num terreno oferecido pela paróquia da cidade, informou “Le Point”. 

O medo é legítimo e atinge a todos nós, mas a surpresa é no fundo uma grave falta nossa.

Durante anos, nós, os cristãos ocidentais, vínhamos sendo avisados pelos nossos irmãos orientais que conhecem o furor islâmico há séculos.

Em 10 de agosto de 2014, o arcebispo de Mosul, Iraque, Mons. Amel Nona advertiu os europeus numa entrevista ao “Corriere della Sera”:

Policial diante da prefeitura de Saint-Etienne du Rouvray após o crime anunciado. D. Amel Nona: “vós vos tornareis vítimas do inimigo que recebestes em vossa casa”
Policial diante da prefeitura de Saint-Etienne du Rouvray após o crime anunciado.
D. Amel Nona: “vós vos tornareis vítimas do inimigo que recebestes em vossa casa”
“Nosso sofrimento hoje constitui o prelúdio daquele que os europeus ocidentais e cristãos vão sofrer no futuro próximo (...) vós acolheis em vossos países um número crescente de muçulmanos. (...) Vós deveis assumir posições fortes e corajosas (...) vossos valores não são os valores deles (...) Se vós não percebeis em tempo, vós vos tornareis vítimas do inimigo que recebestes em vossa casa”.

Mas, a Europa e o mundo cristão adormecido ficaram surdos às previsões do arcebispo Nona. Agora elas se tornaram realidade.

A agradável esplanada do restaurante, o belo passeio à beira-mar e agora uma pequena igreja provincial: já não há na França refúgio para se proteger do ódio dos islâmicos.

O arcebispo de Rouen apelou para a fraternidade e as mais altas autoridades do Estado invocaram a unidade nacional. Mas esses apelos humanistas não vão ajudar.

Os nossos algozes, escreve Burckhardt, querem nos apresentar sua própria interpretação da palavra “Islã”. E, em verdade, é uma versão única de arma na mão pingando nosso sangue. É claro que eles acham que em parte já ganharam.

O nosso hino nacional já não é cantado com vibração. A hierarquia eclesiástica descreve também como “vítimas” àqueles que vêm de assassinar brutalmente um de seus ministros, como diz o comunicado do arcebispo no site da diocese “Rouen Catholique”.

As sociedades doentes batem em aqueles que identificam a doença e receitam o remédio. Cantam as doçuras do “viver juntos”, mas falam com virulência sem precedentes contra os fabricantes de “ódio” e os semeadores de “divisão”, leia-se contra você e eu, que não aguentam mais tanta felonia.

Fim do Ramadan intercultural na igreja de Saint-Jean-Baptiste em Molenbeek, presidida pelo pároco e os imames do bairro dos terroristas
Fim do Ramadan intercultural na igreja de Saint-Jean-Baptiste em Molenbeek,
presidida pelo pároco e os imames do bairro dos terroristas
Abre-se as igrejas para a comemoração do Ramadã, como fez a igreja de São João Batista, no bairro de Molenbeeck, Bruxelas, bairro de onde tinham saído os assassinos que poucos meses antes ceifaram dezenas de vidas no aeroporto e no metrô da capital belga. O ágape ecumênico foi noticiado pelo site da Igreja Católica na Bélgica.

Não há lugar para famílias cristãs mas sim para famílias muçulmanas no avião papal. Veja-se a notícia do “Le Journal du Dimanche”.

Saudamos como libertadores dos nossos “vícios” consumistas e capitalistas aqueles que vêm para tomar posse da terra de nossos antepassados. Ver por exemplo.

Finalmente, se nos inocula tranquilizantes confeccionados com argumentos ridículos: todos os muçulmanos não são terroristas, alguns deles estão entre as vítimas...

Sim, nem todos os muçulmanos são terroristas, mas todos aqueles que atualmente proclamam agressivamente o Islã, o são sem sombra de exceção.

Terão os jihadistas necessidade de uma insurreição geral da população muçulmana na Europa para atingir seus objetivos numa guerra civil?

Passeata de muçulmanos no Reino Unido
Passeata de muçulmanos no Reino Unido
Não. Eles só precisam do silêncio benevolente mas cúmplice – inclusive discreto – de sua comunidade e da passividade da nossa.

Alguns europeus exasperados pela incapacidade dos nossos governos poderão se envolver por sua vez em abusos visando muçulmanos.

Então surgirá entre eles a “necessidade” de uma unidade entre “moderados” e radicais de todas as arestas.

Aqueles que atualmente são 15% da nossa população serão tratados como se fossem a metade.

Para o retorno da “paz civil”, os muçulmanos serão sistematicamente aceitos em “diálogos de paz” que irão moldar o futuro dos nossos filhos.

O contador populacional vai continuar fazendo seu trabalho, o afluxo de “refugiados” prosseguirá, e então nós nos abaixaremos para agradecer a tolerância que os “mais moderados” vão mostrar para nós.

O rei muçulmano Boabdil entrega as chaves de Granada à rainha e ao rei Fernando de Aragão, seu esposo. Francisco Pradilla y Ortiz (1848–1921).
O rei muçulmano Boabdil entrega as chaves de Granada à rainha Isabel
e ao rei Fernando de Aragão, seu esposo.
Francisco Pradilla y Ortiz (1848–1921).
Se quisermos evitar esse cenário dantesco, é em Isabel a Católica expulsando os mouros de Granada que devemos procurar inspiração tão rapidamente quanto possível.

Caso contrário, a Europa em breve conhecerá o destino das cristandades outrora florescentes no Norte de África: em algumas décadas ela irá integrar o sinistro mundo regido pelo Corão e pela cruel lei islâmica, a Sharia.


segunda-feira, 18 de julho de 2016

São Pio X: a crise do mundo moderno,
a vinda do Anticristo e a vitória de Deus

São Pio X nos primeiros anos de pontificado
São Pio X nos primeiros anos de pontificado
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs



Neste blog reproduzimos pronunciamentos de fontes católicas avalizadas – Santos, Doutores e mestres reconhecidos pela sua ortodoxia e fidelidade à Igreja – que falaram no mesmo sentido das profecias de Nossa Senhora em La Salette, segundo ficou registrado em documentos de verificada autenticidade.

A continuação, no mesmo sentido, reproduzimos excertos da primeira encíclica do Papa São Pio X (1903-1914), a E Supremis (Do alto desta cátedra), de 4 de outubro de 1903 (AAS, vol. XXXVI, 1903-1904, pp. 129-139).

Nela o santo pontífice ensina sobre a corrupção e apostasia que corrói o mundo moderno e arrastra à destruição das sociedades humanas.

A crise universal é de tal maneira grande que o Papa julgava necessário atrair a atenção dos fiéis de estarmos assistindo à iminente chegada do Anticristo.

“Do Anticristo, escreve São Pio X, o homem, com uma temeridade sem nome, usurpou o lugar do Criador, elevando-se acima de tudo o que traz o nome de Deus”.

Isto ele ensinava em 1903, 57 anos após a mensagem de La Salette e antes mesmo de Nossa Senhora aparecer em Fátima para lançar um derradeiro apelo.

Uma encíclica tem para os católicos uma autoridade muito superior à das revelações privadas, mesmo as aprovadas pela autoridade eclesiástica ou bafejadas pelos Pontífices Romanos.

Veja os excertos:

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Fátima, misterioso e maternal aviso

Pe. David
Francisquini

Sacerdote da Igreja do
Imaculado Coração de Maria
Cardoso Moreira (RJ)




O dia 13 de maio de 2017 — do qual apenas um ano nos separa — revestir-se-á de invulgar importância.

Será o centenário de um acontecimento histórico que marcou profundamente o século XX e continua a marcar o século XXI: uma Senhora de aspecto deslumbrante aparece em Fátima (Portugal) a três crianças na Cova da Iria, e lhes revela uma Mensagem destinada ao mundo inteiro.

Era a Santíssima Virgem, que abria assim ao mundo contemporâneo o caminho da conversão e de radiosas esperanças, o que devia dar-se através da oração, da penitência, da mortificação e da mudança de vida.

Bastou que Nossa Senhora lhes aparecesse para que as crianças levassem a sério o que a Mãe do Céu lhes dissera.


Lúcia, Jacinta e Francisco — assim se chamavam — procuraram meios de se oferecer a Deus como vítimas pelos pecados do mundo, a fim de consolar o Coração Imaculado de Maria.

Caso a humanidade atendesse aos pedidos de Nossa Senhora em Fátima, converter-se-ia a Rússia, evitar-se-iam as duas guerras mundiais, e seria afastada a crise sem precedentes que grassou na Igreja.

Mas, como tal não se deu, a Rússia espalhou seus erros pelo mundo subvertendo a sociedade, sobretudo a família e a religião. A humanidade foi flagelada por duas grandes guerras que ceifaram milhões de vidas.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

O Saque de Roma, um castigo misericordioso

O Saque de Roma em 1527. Autor italiano do século XVII.
O Saque de Roma em 1527. Autor italiano do século XVII.
Roberto de Mattei
(1948 - )
professor de História,
especializado nas ideias
religiosas e políticas no
pós-Concilio Vaticano II.




Neste blog postamos muitas visões e revelações, conferidas por autoridades da Igreja, que falam de avisos divinos sobre futuros castigos e perdões.

O artigo que apresentamos a continuação é de natureza estritamente histórica e se refere a um fato trágico passado de grande relevância: o Saque de Roma acontecido em 1527.

Ele é um exemplo da importância dos avisos providenciais, das consequências tremendas que decorrem de não ouvi-los e, também, das grandes misericórdias que a Providência oferece aos homens inclusive na hora de puni-los justamente por seus pecados.

A Igreja vive uma época de desvio doutrinário e moral. O cisma é deflagrado na Alemanha, mas o Papa não parece dar-se conta do alcance do drama.

Um grupo de cardeais e de bispos propugna a necessidade de um acordo com os hereges. Como sempre acontece nas horas mais graves da História, os eventos se sucedem com extrema rapidez.

No domingo, 5 de maio de 1527, um exército descido da Lombardia entra no Gianicolo [uma das sete colinas de Roma]. O Imperador Carlos V, irado pela aliança política do Papa Clemente VII com o seu adversário, o rei francês Francisco I, tinha feito avançar um exército contra a capital da Cristandade.

Naquela noite, o sol esvaneceu-se pela última vez sobre a beleza deslumbrante da Roma renascentista. Cerca de 20.000 homens, italianos, espanhóis e alemães, entre os quais os mercenários Landskchnechte, de fé luterana, estavam se preparando para atacar a Cidade Eterna.

terça-feira, 7 de junho de 2016

A crise da Igreja à luz do Segredo de Fátima

A destruição de Jerusalém foi prefigura das crises trágicas da História. David Roberts (1796 – 1864)
A destruição de Jerusalém foi prefigura de crises trágicas da História. David Roberts (1796 – 1864)
Roberto de Mattei
(1948 - )
professor de História,
especializado nas ideias
religiosas e políticas no
pós-Concilio Vaticano II.



O ano do centenário de Fátima (2016-2017) foi aberto no dia de Pentecostes com uma notícia rumorosa.

O teólogo alemão Ingo Dollinger referiu ao site OnePeterFive que após a publicação do Terceiro Segredo de Fátima, o cardeal Ratzinger lhe teria confiado: “Das ist noch nicht alles!” — “Isto ainda não é tudo”.

A Sala de Imprensa do Vaticano interveio com um desmentido imediato, no qual se diz que “o Papa emérito Bento XVI comunica ‘não ter falado com o Prof. Dollinger sobre Fátima’.

E afirma claramente que as frases atribuídas ao Prof. Dollinger sobre este tema ‘são puras invenções, absolutamente não verdadeiras’ e reitera decididamente: ‘A publicação do Terceiro Segredo de Fátima é completa’.”

O desmentido não convence aqueles que, como Antonio Socci, sempre sustentaram a existência de uma parte não revelada do segredo, que falaria do abandono da fé por parte dos líderes da Igreja.

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Há exato um século: o Anjo de Portugal
introduzia o grande anúncio

Conjunto escultural representando a aparição do Anjo de Portugal aos três pastorinhos de Fátima, na Loca do Cabeço, perto de Aljustrel
Conjunto escultural representando a aparição do Anjo de Portugal
aos três pastorinhos de Fátima, na Loca do Cabeço, perto de Aljustrel


continuação do post anterior: Há 100 anos: aparições do Anjo de Portugal preparavam a Mensagem de Fátima




Antonio Augusto Borelli Machado

Antes das aparições de Nossa Senhora, Lúcia, Francisco e Jacinta — Lúcia de Jesus dos Santos, e seus primos Francisco e Jacinta Marto, todos residentes na aldeia de Aljustrel, freguesia de Fátima — tiveram três visões do Anjo de Portugal, ou da Paz.


Primeira aparição do Anjo


A primeira aparição do Anjo deu-se na primavera ou no verão de 1916, numa loca (ou gruta) do outeiro do Cabeço, perto de Aljustrel, e desenrolou-se da seguinte maneira, conforme narra a Irmã Lúcia:

“Alguns momentos havia que jogávamos, e eis que um vento forte sacode as árvores e faz-nos levantar a vista para ver o que se passava, pois o dia estava sereno. 

Então começamos a ver, a alguma distância, sobre as árvores que se estendiam em direção ao nascente, uma luz mais branca que a neve, com a forma de um jovem transparente, mais brilhante que um cristal atravessado pelos raios do sol.

À medida que se aproximava, íamos-lhe distinguindo as feições: um jovem dos seus 14 a 15 anos, de uma grande beleza. Estávamos surpreendidos e meio absortos. Não dizíamos palavra.
Ao chegar junto de nós, disse:

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Há 100 anos: aparições do Anjo de Portugal
preparavam a Mensagem de Fátima

As aparições do Anjo de Portugal prepararam a Mensagem de Fátima.


“As revelações de Fátima sobrepujam tudo quanto a Providência tem dito aos homens na iminência das grandes borrascas da História”


“O Império Romano do Ocidente se encerrou com um cataclismo iluminado e analisado pelo gênio de um grande Doutor, que foi Santo Agostinho. O ocaso da Idade Média foi previsto por um grande profeta, São Vicente Ferrer.

“A Revolução Francesa, que marca o fim dos Tempos Modernos, foi prevista por outro grande profeta, e ao mesmo tempo grande Doutor, São Luís Maria Grignion de Montfort.

“Os Tempos Contemporâneos, que parecem na iminência de se encerrar com nova crise, têm um privilégio maior. Veio Nossa Senhora falar aos homens.

“Santo Agostinho não pôde senão explicar para a posteridade as causas da tragédia que presenciava. São Vicente Ferrer e São Luís Grignion de Montfort procuraram em vão desviar a tormenta: os homens não os quiseram ouvir. Nossa Senhora a um tempo explica os motivos da crise e indica o seu remédio, profetizando a catástrofe caso os homens não a ouçam.

“De todo ponto de vista, pela natureza do conteúdo como pela dignidade de quem as fez, as revelações de Fátima sobrepujam pois tudo quanto a Providência tem dito aos homens na iminência das grandes borrascas da História.

“Os diversos pontos das revelações relativos a este tema constituem propriamente o elemento essencial das mensagens. O mais, por importante que seja, constitui mero complemento.”

Plinio Corrêa de Oliveira


A mensagem de de Fátima,
essa grande desconhecida



Antonio Augusto Borelli Machado

Não é fácil discernir o que há de mais central na Mensagem de Fátima.

Revelada aos poucos por desejo expresso de Nossa Senhora ou por determinações humanas, é tão rica em aspectos relevantes que, conforme o feitio próprio de alma de cada um, ele se deterá ora num, ora noutro desses aspectos, sem fixar-se em nenhum como o seu substrato fundamental.

Ora, quando num assunto qualquer não se discerne o ponto essencial, sua compreensão fica gravemente prejudicada. Nessas condições, pode-se dizer que a Mensagem de Fátima é desconhecida do grosso do público, mesmo do público devoto, no que ela tem de mais próprio a mover as almas.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Milagres de Nossa Senhora e do Santíssimo Sacramento
no terremoto do Equador

Nossa Senhora de Monserrate saiu indene do terremoto, Montecristi
Nossa Senhora de Monserrate
saiu indene do terremoto, Montecristi
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs



Uma imagem de Nossa Senhora de Monserrate emergiu intacta das ruínas da torre de uma igreja a ela consagrada na cidade de Montecristi, no Equador, durante o terremoto de abril, emocionando os fiéis.

Não só a imagem, mas também seu vestido de ouro e sua pequena coroa – símbolo de sua realeza – saíram totalmente intactos.

Nossa Senhora de Monserrate chegou a Montecristi no século XVI, trazida por missionários espanhóis e já tinha sobrevivido a assaltos de piratas e a investidas de governos anticlericais.

Agora, o jornal “The New York Times” conta que ela está atraindo mais fiéis que os milhares que nos meses de novembro vão venerá-la em sua festa.

A imagem de Nossa Senhora de Monserrate tornou-se um símbolo da proteção divina que nunca desfalece.

“Ela é a mãe que cuidou de nós no terremoto”, dizia o pároco Pe. Ángel Toaquiza. “E que ela tenha ficado intacta foi necessário nada menos que um milagre”, acrescentou.

Da igreja nada ficou e o número dos mortos atingiu várias centenas.

Voluntários nos escombros da torre da Basílica em Montecristi
Voluntários nos escombros
da torre da Basílica em Montecristi
O ofício pelos defuntos era rezado na rua, aos pés da imagem inexplicavelmente salva.

Ela teria sido enviada pelo imperador Carlos V e deveria ter seguido para Lima, no Peru.

Mas Nossa Senhora teve outros planos.

O navio inexplicavelmente não conseguia sair do porto, até que o capitão decidiu deixar a imagem na cidade.

Muitos milagres lhe eram atribuídos antes do terremoto.

Incontáveis testemunhos da proteção de Nossa Senhora de Montserrate a seus devotos no colossal abalo telúrico falam apenas dos mais recentes.

Durante o mesmo terremoto, na cidade de Playa Prieta, a 200 km de Guayaquil, a superiora das Siervas del Hogar de la Madre, Irmã Estela Morales, de 40 anos, não pensou em salvar sua vida, mas em resgatar o Santíssimo Sacramento presente no sacrário da capela da comunidade, noticiou ACI Prensa.

E foi precisamente isso que a salvou. Esqueceu-se de si e pensou sobretudo em Jesus Cristo, presente verdadeiramente nas Sagradas Espécies. E Jesus cuidou dela.

Assim ficou o convento das irmãs 'Siervas del Hogar de la Madre' de Playa Prieta. Sor Estela saiu viva das ruínas com o Santíssimo Sacramento
Assim ficou o convento das irmãs 'Siervas del Hogar de la Madre' de Playa Prieta.
Sor Estela saiu viva das ruínas com o Santíssimo Sacramento
“Quando ela já tinha o Senhor entre suas mãos – conta um relatório da comunidade – tudo desabou em volta dela, e ela mesma foi cair no andar de baixo. Ela pensou em resgatar o Senhor antes que salvar sua própria vida, e o Senhor a resgatou”.

Outras 10 religiosas ficaram presas entre os escombros. As irmãs Merly, Guadalupe e Mercedes ficaram desaparecidas durante muito tempo sob o entulho.

O socorro demorou pelo acúmulo de ruínas. Elas se animavam entre si rezando e cantando, sobretudo quando parecia que a morte tinha chegado e se sentiam afogadas pela falta de oxigênio.

Mas no terremoto faleceu a Irmã Clare Crockett, bem como as noviças Jazmina, Mayra, Maria Augusta, Valeria e a postulante Catalina.

A imagem de Nossa Senhora da Luz, em Tarqui, Manta, intocada pelo terremoto.
A imagem de Nossa Senhora da Luz,
em Tarqui, Manta,intocada pelo terremoto.
Na paróquia de Tarqui, em Manta, uma das zonas costeiras mais afetadas pelo sismo, a imagem de Nossa Senhora da Luz também permaneceu intacta em sua redoma de vidro depois do funesto terremoto de 7,8 graus de 16 de abril, segundo informou a agência ACI Digital.

A urna da Virgem Maria, padroeira das Oblatas de São Francisco de Sales, não sofreu qualquer dano, apesar de a escola em que estava ter ficado totalmente destruída.

A Irmã Maria del Carmen Gómez, da comunidade de Manta, explicou que

“não foi somente a Virgem que permaneceu intacta dentro da sua urna, mas também Jesus Sacramentado. Estava num pequeno oratório na entrada do colégio e foi sepultado.

Os paramentos litúrgicos usados para a celebração eucarística e outra imagem menor de Nossa Senhora da Luz ficaram intactos”.

Fato análogo aconteceu na paróquia da Virgem do Rosário, na mesma localidade. O templo foi gravemente atingido, mas a imagem de Nossa Senhora que estava na entrada permaneceu em seu lugar.

O fato fez com que os habitantes da cidade refletissem muito.

Também em Tarqui, na paróquia da Virgem do Rosário, a imagem entronizada na fachada ficou em seu lugar enquanto tudo caía.
Também em Tarqui, na paróquia da Virgem do Rosário,
a imagem entronizada na fachada
ficou em seu lugar enquanto tudo caía.
Ainda hoje, como talvez nunca antes, os inimigos da Fé na Presença Real de Cristo na Eucaristia estrebucham, desrespeitando-a e entregando- a para pessoas indignas. Também o inferno ruge contra a devoção a Nossa Senhora.

Até quando durará esta ofensiva satânica?

Será preciso que o mundo caia em ruínas, como nessas cidades equatorianas, para que os homens reconheçam a majestade de Jesus Cristo e de sua Mãe, a Corredentora, que é também a Medianeira de todas as graças e a onipotência suplicante?

Se essa hora tremenda chegar para a humanidade, os exemplos da proteção do Céu àqueles que no Equador foram seus filhos fiéis na adversidade se verificarão em maior escala e de modo surpreendente.