segunda-feira, 29 de julho de 2019

Dos Templários até os Apóstolos dos Últimos Tempos, uma reflexão

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim: Pauperes commilitones Christi Templique Salomonici), ou Cavaleiros Templários, Ordem do Templo, ou Templários, foi uma ordem militar de Cavalaria que existiu na Idade Média entre 1118 e 1312.

Foi fundada em 1118 durante a Primeira Cruzada para proteger os peregrinos a Jerusalém. Os fundadores foram Hugo de Payens e mais 8 cavaleiros, que tiveram o apoio de André de Montbard, tio de São Bernardo de Claraval e do rei Balduíno II de Jerusalém.

Os seus membros faziam votos de pobreza, castidade, devoção e obediência, usavam mantos brancos com a cruz vermelha, e o seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros.

Eles se estabeleceram no monte do Templo em Jerusalém, e de ali provém o nome. No local existira o Templo de Salomão.

O prédio foi usurpado pelos muçulmanos que o renomearam Mesquita de Al-Aqsa e se encontra em pé.

Em 1127, o Papa Honório II reconheceu a Ordem.

Na bula papal Omne datum optimum, de 29 de março de 1139, o papa Inocêncio II lhe outorgou isenções e privilégios, como construir seus oratórios e serem enterrados neles.

A regra da ordem dos Templários foi escrita por São Bernardo de Claraval
A ordem foi um modelo da caridade em toda a Cristandade, seus membros formaram as melhores unidades de combate nas Cruzadas, estabeleceram o embrião do sistema bancário, e ergueram muitas fortificações na Europa e Terra Santa.

A Ordem do Templo recebeu muitas doações de terras na Europa que usava para plantar trigo, cevada e criar animais. O lucro ia para financiar a guerra santa na Palestina.

Em 14 de outubro de 1229, o papa Gregório IX na bula Ipsa nos cogit pietas, os isentou de pagar o dízimo para as despesas da Terra Santa, atendendo “à guerra contínua que sustentavam contra os infiéis, arriscando a vida e a fazenda pela fé e amor de Cristo”

O contemporâneo Jacques de Vitry os descreve como “leões de guerra e cordeiros no lar; rudes cavaleiros no campo de batalha, monges piedosos na capela; temidos pelos inimigos de Cristo, e suavidade para com Seus amigos”. (Moeller, Charles, 1912. «The Knights Templars.». In: New Advent. The Catholic Encyclopedia. (em inglês). New York: Robert Appleton Company)

Os templários não temiam morrer para defender os peregrinos. Não passavam de 400 cavaleiros em Jerusalém no auge da Ordem mas eram o terror dos muçulmanos. Nas casas da Europa eram selecionados os que substituiriam os falecidos em Terra Santa.

O cavaleiro templário era destemido. Ele protegia a alma com a armadura da fé, e o corpo com a armadura de aço.

Ele é, portanto, duplamente armado sem ter medos de demônios nem de homens. (São Bernardo de Claraval, De Laude Novae Militae, in Stephen A. Dafoe. «In Praise of the New Knighthood». TemplarHistory.com)

A regra dessa ordem militar foi escrita por São Bernardo e sua divisa foi extraída do livro dos Salmos: “Non nobis Domine, non nobis, sed nomini tuo ad gloriam” – “Não a nós, Senhor, não a nós, mas pela glória de teu nome” (Sl. 115:1).

Em 25 de novembro de 1177, os Templários travam contra o exército de Saladino a batalha de Monte Gisardo, livremente abordada em filmes como Kingdom of Heaven.

O iníquo e excomungado rei Filipe IV de França, o Belo, aplicou sua influência sobre o papa Clemente V, sob a sua dependência, para lhes confiscar todos os bens.

Para isso, desferiu um estrondo de descrédito, acusando os Templários de heresia, imoralidade, sodomia e diversos outros crimes.

Entre os falsos crimes que lhes eram imputados estava o fato adorar uma cabeça, ao que tudo indica o Santo Sudário hoje em Turim.

A ordem de prisão foi redigida em 14 de setembro de 1307 no dia da exaltação da Santa Cruz, e na sexta-feira 13 de outubro de 1307 todos os cavaleiros que estavam em território francês foram detidos.

O “Pergaminho de Chinon”: o Papa e o Concílio de Vienne reconhecem não haver heresia nos templários. Mas, a ordem já tinha sido dispersada, seus bens confiscados e nunca mais se reconstituiu.
O “Pergaminho de Chinon”: o Papa e o Concílio de Vienne
reconhecem não haver heresia nos templários.
Mas, a ordem já tinha sido dispersada,
seus bens confiscados e nunca mais se reconstituiu.
A partir de 1310, a Igreja institui sua própria investigação sobre a Ordem.

Nessa depuseram 573 cavaleiros, todos em defesa da Ordem e afirmando que as confissões foram arrancadas no tribunal francês por meio da tortura.

Clemente V transferiu todos os bens Templários para os Hospitalários, exceto os de Portugal, de Castela, de Aragão e de Maiorca, os quais ficariam na posse dos monarcas.

Na Ile da Cité, em Paris, num cadafalso, em 18 de março de 1314 os cavaleiros Tiago de Molay, Hughes de Pairaud, Geoffroy de Charnay e Geoffroy de Gonneville bradaram inocência e a de todos os Templários, dos crimes e heresias. Mas foram queimados.

O chamado “Pergaminho de Chinon” declara que Clemente V pretendia absolver a ordem.

O Concílio de Vienne reconheceu que não se comprovou a heresia, mas disse que a Ordem devia ser suprimida ou remodelada.

Sete séculos após o processo, o “Pergaminho de Chinon” foi recordado em cerimônia realizada no Vaticano, a 25 de outubro de 2007, na Sala Vecchia do Sínodo. Cfr. também: Santa Sé absolveu os Templários, ordem que está nas origens do Brasil. E: "Os templários veneravam o Santo Sudário e por isso foram difamados, diz historiadora do Arquivo Secreto Vaticano"

Os Templários ficaram associados a lendas sobre segredos e mistérios.

Entre elas, uma quimérica ligação entre os Templários e a Maçonaria fundada em 1717, quatro séculos após o fim da ordem católica.

Nos documentos autênticos da inquisição dos Templários nunca houve uma única menção de qualquer coisa de semelhante.

Sede dos templários em Paris possuía quase 25% da urbe. Os monges secaram um pântano ligado ao rio Sena.
O bairro hoje conhecido como Marais repousa sobre suas ruínas e tem muitas ruas com o sufixo "du Temple".

Com últimos restos da Ordem dos Templários, o rei português Dom Dinis criou a Ordem de Cristo adotando por símbolo uma adaptação da cruz templária, que foi herdada pela heráldica brasileira.

Foi a Cruz das naus de Cabral, ainda presente em brasões oficiais brasileiros.

A “Terra da Santa Cruz” de uma maneira indireta foi a “Terra dos Templários”.


Uma reflexão: Dos Templários até os Apóstolos dos Últimos Tempos


Com a Ordem dos Templários existente e fiel à sua vocação teria sido impossível a Revolução gnóstica e igualitária que nos trouxe até o precipício de caos em que estamos.

O rei Filipe o Belo, motor primeiro do fechamento, também mandou esbofetear o Papa, fato simbólico do início dessa Revolução.

O inquérito pontifício demorou, mas não deu em nada e os templários foram absolvidos de toda suspeita.

Mas, nesse momento eles já estavam dispersos e seus bens todos perdidos, e não se reconstituíram.

A única herdeira legítima de propriedades e privilégios da Ordem do Templo foi a portuguesa Ordem de Cristo, descobridora do Brasil.

Uma espécie de revide de Deus.

Mas essa tampouco existe mais enquanto ordem religiosa.

Hoje com esse nome há um prêmio concedido pelo governo português.

Nenhum outro grupo que usou ou usa o nome de templário tem continuidade legítima com a Ordem inicial.

As acusações de sociedade secreta, etc., visam essas associações. Portanto, não atingem os templários históricos.

Por que não se reconstituíram?

Acredito firmemente que a Providência Divina tem preparado algo que vai recolher a herança dos templários com um esplendor imensamente maior.

Será a Ordem dos Apóstolos dos Últimos Tempos anunciada profeticamente por santos da dimensão de São Luis Maria Grignon de Montfort e por Nossa Senhora na aparição de La Salette.


(Reflexões de Plinio Correa de Oliveira, livremente colhidas e adaptadas)


segunda-feira, 22 de julho de 2019

Pe. Amorth e exorcismo: como se defender do diabo

Padre Gabriele Amorth e demônio exorcizado,  detalhe da porta de bronze da catedral de Pisa
Padre Gabriele Amorth e demônio exorcizado,  detalhe da porta de bronze da catedral de Pisa
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






APONTAMENTOS COLHIDOS ENQUANTO ASSISTIA AO VÍDEO. NÃO SÃO AO PÉ DA LETRA, MAS TENTAM REGISTRAR OS CONSELHOS ESSENCIAIS.

Pergunta: O que é o diabo?

Pe. Gabriele Amorth: É um puro espírito criado por Deus. Foi submetido a uma prova porque Deus quis que todos os seres inteligentes chegassem à felicidade da visão beatifica com mérito pessoal, nunca pela força.

Os anjos foram submetidos a uma prova de humildade e obediência. Satanás que era o mais esplendoroso deles se rebelou contra Deus e convenceu uma grande quantidade de anjos a se opor.

Foi um ato de orgulho e rebelião feito com uma inteligência e com uma consciência de tal maneira perfeita que dele não se volta atrás.

Pergunta: por que?

Pe. Gabriele Amorth: Uma vez perguntei a um demônio se eles são muitos. E respondeu: somos tantos que se fôssemos visíveis obscureceríamos o sol. Portanto a quantidade é enorme. A quantidade dos anjos é sem dúvida maior.