Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
continuação do post anterior: O olhar dos santos e o de Nossa Senhora em La Salette
Mélanie descreveu também o pranto de Nossa Senhora:
“A Santa Virgem chorava quase o tempo todo enquanto falava. Suas lágrimas corriam lentamente até os joelhos e desapareciam como faíscas de luz.
“Eram brilhantes e cheias de amor. Eu desejava consolá-la, para que não chorasse mais. Mas me parecia que tinha necessidade de mostrar suas lágrimas, para melhor evidenciar seu amor esquecido pelos homens.
“Eu quis me jogar nos seus braços e dizer-lhe: Minha mãe querida, não choreis!
“Quero vos amar por todos os homens da terra. Mas parece que Ela dizia: Há tantos que não me conhecem.
“As lágrimas de nossa terna mãe, longe de diminuir seu ar de Majestade, Rainha e Senhora, pareciam embelezá-la, torná-la mais bela, mais poderosa, mais cheia de amor, mais maternal, mais encantadora.
“Eu talvez tivesse ingerido suas lágrimas, que faziam meu coração estremecer de compaixão e de amor.
“É compreensível que vendo chorar uma mãe, e uma tal mãe, se queira empregar todos os meios imagináveis para a consolar, para transformar suas dores em alegria”.
A luz e a voz de Nossa Senhora
“A Santa Virgem – continua Mélanie – estava envolta em duas claridades.