segunda-feira, 9 de maio de 2016

Centenário de Fátima: cresce o temor pelos castigos anunciados

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs



Quanto mais se avizinha o centenário das aparições de Fátima, mais cresce o sentimento de que se aproxima o cumprimento das terríveis advertências feitas por Nossa Senhora em 1917 caso o mundo não obedecesse ao seu apelo à penitência.

É de toda evidência que esse apelo não foi atendido. A partir de então os costumes morais se degradaram até atingir um ponto inimaginável, e a corrupção invadiu todas as esferas oficiais, civis e eclesiásticas.

Nossa Senhora fez também um pedido muito específico e incontornável, com condições claramente definidas: além da penitência e emenda dos costumes, a consagração nominal da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, a ser feita pelo Papa com o concurso de todos os bispos do mundo.

Esse pedido não foi atendido, como aliás observou, entre outros, o Pe. Gabriele Amorth, exorcista oficial de Roma, a diocese do Papa.

É claro que o centenário de Fátima não significa necessariamente o cumprimento dos castigos anunciados, mas é uma circunstância que convida a pensar neles e no meio de afastá-los mediante a penitência e a efetivação da consagração da Rússia nas condições fixadas por Nossa Senhora.

Neste contexto histórico e moral, o Santuário de Fátima, em Portugal, registrou em 2015 a maior afluência de peregrinos desde que iniciou a contagem do número: 6,7 milhões.



Os devotos vieram de 162 países. A casa dos pastorzinhos mais visitada foi a de Lúcia – 336.299 pessoas – mais que as dos santos Jacinta e Francisco.

No Dia Nacional da Universidade Católica Portuguesa, o bispo de Leiria-Fátima, Dom Antônio Marto, disse que a mensagem de Fátima “depois das Escrituras” é a “denúncia mais forte e impressionante do pecado do mundo” e “convida toda a Igreja e o mundo a um sério exame de consciência”, informou a agência Zenit.

A declaração veio de encontro à preocupação de inúmeros fiéis. Infelizmente, as personalidades eclesiásticas evitavam falar dos horizontes espantosos que se abririam caso o mundo não fizesse penitência, abandonasse os maus costumes, e a Rússia não fosse consagrada.

Bispo de Fátima: a mensagem de Fátima é a
“denúncia mais forte e impressionante do pecado do mundo”
Em lugar disso, pregadores e grandes eclesiásticos preferiam se referir a Nossa Senhora de Fátima e sua mensagem de modo meigo ou neutro, evitando a grave urgência de abandonar o pecado e abrir os olhos do povo para a Rússia enquanto instrumento da cólera divina.

O bispo de Leiria-Fátima acrescentou que a mensagem de Fátima não visa só ao benefício espiritual pessoal dos devotos, mas tem “um alcance histórico e mundial: situa-se no centro das preocupações mundiais e dos acontecimentos históricos mais trágicos do século XX”.

O prelado exemplificou com “os dois grandes conflitos: a primeira e a segunda Guerra Mundial; os totalitarismos estalinista e nazista; a ‘mentira sistemática’ na hora de reescrever a história; um programa de negação de Deus”.

E lembrou as “dezenas de milhões de vítimas feitas em nome da pureza radical da ideologia, da revolução ou da raça, elevadas à categoria de novas divindades”.

Entretanto, o bispo não mencionou o flagelo do comunismo, que se abateria como instrumento de Deus sobre a Terra se a humanidade não abandonasse os maus costumes.

Tampouco mencionou o incumprimento da consagração da Rússia ao Coração Imaculado de Maria, condição que Nossa Senhora colocou para haver paz no mundo.

E é precisamente essa cada vez mais longínqua paz que preocupa mais e mais os homens, enquanto a imoralidade cresce a ponto de ter coonestações, até do divórcio, na mais alta esfera da Igreja Católica.

Em boa medida, a crise que vive o Brasil é devida à difusão dos “erros da Rússia” que estão sendo veiculados por partios e movimentos comunistas ou cripto-comunistas e clérigos "progressistas".

Em 1917, Nossa Senhora quis prevenir o mundo, e portanto o Brasil, contra esses erros. Mas, a indispensável reforma dos costumes não aconteceu e a imoralidade na família e na política só piorou.

Confira: Exortação pós-sinodal Amoris laetitia: primeiras reflexões sobre um documento catastrófico


3 comentários:

  1. Prezado Luís, obrigado por partilhar essas considerações tão oportunas e valiosas sobre o tempo histórico que estamos vivendo. De fato, devemos estar atentos aos sinais dos tempos, que são muitos, e as mensagens de Nossa Senhora de Fátima são uma chave de leitura para os acontecimento que estamos vivendo. Ontem estava escutando parte de uma entrevista com o Pe. Malachi Martin e ele comentava sobre a colossal omissão da hierarquia em relação ao pedido de Nossa Senhora de Fátima de consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração. Diante disso, como não esperar consequências funestas?!?! Nesse sentido gostaria de partilhar um vídeo sobre alguns sinais dos tempos em que estamos vivendo:
    Os Ricos Estão Fugindo Das Cidades, Sinais do Apocalipse.Paul Begley
    https://youtu.be/WzAcKtdHxW4
    Alex

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  2. A elite global já está se preparando para o pior.
    Paulo Coelho mostra seu abrigo subterrâneo
    https://youtu.be/XyD7uGw1y2k

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  3. Um fato interessante sobre a mensagem de Fátima veio à luz. Veja!
    Cardeal Ratzinger: Nós não publicamos todo o Terceiro Segredo de Fátima
    http://www.sensusfidei.com.br/2016/05/16/cardeal-ratzinger-nos-nao-publicamos-todo-o-terceiro-segredo-de-fatima/

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